A Horse With No Name

cavalo

sexta-feira, 28 de maio de 2010

The Cure

:: DISINTEGRATION ::


Disintegration é um dos melhores álbuns da banda.

É belo, sombrio, angustiante e necessário.

1989 - DISINTEGRATION

01 - Plainsong
02 - Pictures Of You
03 - Closedown
04 - Lovesong
05 - Last Dance
06 - Lullaby
07 - Fascination Street
08 - Prayers For Rain
09 - The Same Deep Water As You
10 - Disintegration
11 - Homesick
12 - Untitled

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Suzanne Ciani

1986 | THE VELOCITY OF LOVE

Eighth Wave
Lay Down Beside Me
Velocity of Love
Malibuzios
History of My Heart

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sábado, 22 de maio de 2010

Jimi Hendrix



:: RASPANDO O TACHO ::
Por: Luiz Felipe Carneiro



Até que estava demorando um pouquinho para Janie Hendrix lançar mais algum CD póstumo com gravações de seu irmão. Quando colocou nas lojas o luxuoso box "The Jimi Hendrix Experience", os fãs pensaram que o tacho já havia sido todo raspado. Não. Janie falou que ainda tem material inédito para lançar pelos próximos dez anos.

A julgar por "Valleys of Neptune", álbum de sobras de Jimi Hendrix que chegou às lojas, muita coisa boa ainda pode aparecer por aí. Sob a batuta do engenheiro de som Eddie Kramer (que trabalhou nos álbuns originais de Jimi Hendrix), o álbum, embora não seja absolutamente inédito - diversas canções já são bem conhecidas, e foram lançadas em coletâneas póstumas anteriores do artista -, certamente, fará a festa dos órfão daquele que é considerado o maior guitarrista de todos os tempos.

Mesmo não sendo tão surpreendente como tem sido alardeado, "Valleys of Neptune" possui em suas faixas uma qualidade que faz jus a aura de Hendrix. As canções foram bem selecionadas, e nada está abaixo do selo de qualidade do guitarrista - o que é comum em trabalhos póstumos que são lançados diariamente por aí. Como exemplo, a faixa-título, um jazz-psicodélico que poderia estar presente em qualquer álbum lançado em vida por Jimi Hendrix. Aliás, um trecho da mesma gravação já havia sido lançado em 1990, no box "Lifelines", que foi retirado das lojas dois anos após o seu lançamento.

A canção que dá título ao álbum possui um acento pop, que é notado em várias das canções de "Valleys of Neptune", a começar pela sua primeira faixa, uma versão de "Stone free", gravada entre abril e maio de 1969, no Record Plant, com a presença de Billy Cox (baixo) e Mitch Mitchell (bateria). Aliás, 11 das 12 faixas do álbum foram gravadas em 1969, após o lançamento do álbum "Electric Ladyland", e antes de "Band of Gypsys" (1970).

Ou seja, essas gravações de 1969 representam um período interessante da carreira de Hendrix, o da transição da Experience para a Band of Gypsys. Inclusive, "Ships passing through the night" foi gravada na última sessão de estúdio do guitarrista com a Experience.Essa faixa, assim como as instrumentais "Lullaby for the summer" e "Crying blue rain" são inéditas em disco. Esta última - que conta com a adesão de Rocki Dzidzornu (o mesmo que tocou percussão na gravação de "Sympathy for the devil", dos Rolling Stones) -, ganhou novo baixo e nova bateria, gravados por Cox e Mitchell, em 1987. O mesmo processo de "revigoração" aconteceu com "Lover man" (em versão raivosa) e "Mr. Bad Luck", sendo que a última é a única faixa do álbum não gravada em 1969 - ela é de 1967, e chegou a ser testada por Hendrix nas sessões de gravação do álbum "Axis: Bold as Love", lançado no mesmo ano.

Canções já bastante conhecidas dos fãs de Jimi Hendrix, como "Fire", "Red house" (com mais de oito minutos de duração, e um solo fantástico de Hendrix) e "Hear my train a comin'", ganharam novas versões nesse "Valleys of Neptune". Versões diferentes das originais: as duas primeiras foram gravadas durante um ensaio para um show de Hendrix em Londres, enquanto que a segunda se destaca pelo solo arrasador do guitarrista, e pela bateria animal de Mitchell. "Sunshine of your love" ganhou uma versão mais pesada (e instrumental) do que a original do Cream, banda de seu "concorrente" Eric Clapton. Hendrix descontrói a canção, em solos rápidos e alucinantes.

"Valleys of Neptune" não deixa de ser mais uma forma de Janie Hendrix engordar as suas contas bancárias. Nada mal para quem viu o irmão uma vez ou outra. Mas o trabalho foi bem feito. Os fãs ficarão felizes. Tomara que os próximos lançamentos póstumos mantenham a mesma integridade de "Valleys of Neptune". Aliás, com o nome de Jimi Hendrix no meio, é o mínimo que se pode esperar.

2010 | VALLEYS OF NEPTUNE

01 | Stone Free
02 | Valleys of Neptune
03 | Bleeding Heart
04 | Hear My Train a Comin´
05 | Mr | Bad Luck
06 | Sunshine of Your Love
07 | Lover Man
08 | Ships Passing in the Night
09 | Fire
10 | Red House
11 | Lullaby for the Summer
12 | Crying Blue Rain

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

The Rolling Stones



Discoteca Básica - Capítulo Final

:: EXILE ON MAIN ST. ::

Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Em 1972, os Stones eram foras-da-lei - se bem que, agora, estavam fugindo dos impostos, e não dos demônios que os haviam perseguido três anos antes - e só aqueles de estômago forte conseguiam acompanhá-los. Quando a banda chegou à vila de Keef, no sul da França, levav junto apenas os amigos mais chegados, mas os 12 meses de gravação e mixagem de Exile On Main St. cobraram seu tributo. Havia, como sempre, o álcool e as drogas. Eles tinham escolhido morar e viver juntos numa mansão desconfortável - um antigo quartel-general dos nazistas -, o que acabou sendo um inferno. A decisão de Mick de desaparecer com Bianca só colaborou para o mal-estar geral.

Exile On Main St. foi, portanto, uma criação de Richards, mas ele não teria feito nada sem o melhor time de músicos de apoio com o qual havia tocado: Jimmy Miller (produção e percursão), Bobby Keyes (saxofone), Jim Pierce (trompete e trombone) e Nicky Hopkins (piano) estão presentes em todo o disco, fazendo um som relaxado que tanto esconde quanto valoriza a música. O conhecido fotógrafo Robert Frank foi contratado para criar a capa do álbum, seguindo a linha "e nós que somos esquisitos?". Depois ele acompanhou a turnê da banda pelos Estados Unidos para fazer um road movie, Cocksucker Blues, mas, quando os Stones viram o copião, perceberam claramente a diferença entre ser sexy e ser machista, e cancelaram o trabalho.

E a música? A banda odiou o álbum, mas, para quem gosta de rock, DNA do gênero está todo ali, espalhado por aqueles quatro lados muito melhores que The White Album. Nem tudo o que se ouve falar do disco é verdade, mas é melhor acreditar na lenda. Os Stones nunca mais seriam tão bons.

1972 | EXILE ON MAIN ST.

01 | Rocks Off
02 | Rip This Joint
03 | Shake Your Hips
04 | Casino Boogie
05 | Tumbling Dice
06 | Sweet Virginia
07 | Torn and Frayed
08 | Sweet Black Angel
09 | Loving Cup
10 | Happy
11 | Turd on the Run
12 | Ventilator Blues
13 | I Just Want to See His Face
14 | Let It Loose
15 | All Down the Line
16 | Stop Breaking Down
17 | Shine a Light
18 | Soul Survivor

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

The Rolling Stones


Discoteca Básica - Capítulo III

:: STICKY FINGERS ::

"Usamos metais pela primeira vez em Sticky Fingers - por influência 
de gente como Otis Redding e James Brown."
Charlie Watts, 2003


Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Sticky Fingers foi o primeiro LP lançado pelos Rolling Stones por seu próprio selo e o primeiro a apresentar ao mundo a famosa logomarca da língua de fora, desenhada por John Pasce - e o primeiro a chegar ao topo das paradas dos Estados Unidos e Inglaterra ao mesmo tempo.

As raízes do álbum estão no início de 1969, quando os Stones gravaram a base musical de "Brown Sugar", "Wild Horses" e do blues rural You Gotta Move, no Muscle Shoals Sound Studios. Essas faixas dão ao álbum um tom relaxado, numa mistura de blues, country e soul no estilo do Sul.

A música que abre o disco, "Brown Sugar", gira em torno de um irresitível riff de guitarra que tornou a canção um megassucesso mundial e um ítem obrigatório em festas, apesar de sua letra extremamente controvertida. "Bitch" entrelaça o sax de Bobby Keyes e o trompete de Jim Pierce com outro emocionante riff de guitarra. O naipe de metais se destaca novamente em "I Got The Blues", que evoca a paixão da banda pelas baladas de Otis Redding, enquanto Billy Preston acrescenta um toque de gospel com o órgão. O álbum está cheio de referências explícitas a drogas - como em "Sister Morphine", uma parceria com Marianne Faithful, que conta uma história sombria sobre o vício. A influência de Gram Parsons, amigo de Keith Richards, pode ser sentida nas duas canções country do álbum - a linda balada "Wild Horses" e a irônica "Dead Flowers".

O guitarrista Mick Taylor brilha, num estilo que lembra Carlos Santana, em "Can't You Hear me Knocking". "Moonlight Mile" traz um vocal emocionante de Jagger, ancorado por um generoso arranjo de cordas de Paul Buckmaster.

A capa de Andy Warhol, que mostra uma pélvis masculina envolta em jeans, vinha originalmente com um zíper, num arremate obsceno perfeito para um álbum dos Stones.

1971 | STICKY FINGERS

01 | Brown Sugar
02 | Sway
03 | Wild Horses
04 | Can’t You Hear Me Knocking
05 | You Gotta Move
06 | Bitch
07 | I Got the Blues
08 | Sister Morphine
09 | Dead Flowers
10 | Moonlight Mile

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terça-feira, 18 de maio de 2010

The Cult


Pure Cult: The Singles 1984-1995 é uma compilação de singles de The Cult, autorizado pela banda para substituir a anterior não autorizada High Octane Cult. É também uma reedição da colectânea de 1993, Pure Cult: for Rockers, Ravers, Lovers, and Sinners, com algumas pequenas alterações.


2000 | PURE CULT
The Singles 1984-1995


01 | She Sells Sanctuary
02 | Fire Woman
03 | Lil' Devil
04 | Spiritwalker
05 | The Witch
06 | Revolution
07 | Love Removal Machine
08 | Rain
09 | In The Clouds
10 | Coming Down (Drug Tongue)
11 | Edie (Ciao Baby)
12 | Heart of Soul
13 | Wild Flower
14 | Star
15 | Resurrection Joe
16 | Go West
17 | Sun King
18 | Wild Hearted Son
19 | Sweet Soul Sister

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

The Rolling Stones


Discoteca Básica - Capítulo II

:: LET IT BLEED ::

"É uma época muito dura, muita violência. A Guerra do Vietnã, 
a violência nas telas, a pilhagem, os incêndios."
Mick Jagger, 1995


Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

"Este é um disco que eu salvaria de um incêndio", declarou, enusiasmada Sheryl Crow. Era mais fácil comprar outro exemplar numa loja de discos usados, mas o sentimento é o que importa. Alguns álbuns dos Stones são importantes-e-interessantes-mas-nem-tão-bons-assim, e outros são cheios de músicas maravilhosas que agradam a qualquer um que tenha orelhas - e Let It Bleed é um dos melhores.

De fato, esse é o recheio de um sanduíche triplo. Beggars Banquet, Let It Bleed e Sticky Fingers eram a cereja do bolo de gravações feitas entre 1968 e 1970 - e o plano era lançar Sticky Fingers e um outro LP, em 1969.

Complicações contratuais impediram que isso acontecesse. Let It Bleed acabou se tornando um fecho visceral da década, com seu tom apocalíptico determinado por "Gimme Shelter" (o documentário sobre os Stones, com o mesmo título, mostra um fã sendo esfaqueado, em 1968, durante uma apresentação no Altamont Speedway).

O Contraste com os velhos rivais, os Beatles, não podia ser mais agudo: Let It Be é composto por blues chatíssimos e cordas melosas; Let It Bleed contém (como se queixou um crítico) "sexo sujo, sadomasoquismo, drogas pesadas e violência gratuita". Esses ingredientes tornam irresistível mesmo o que não é rock, como "Country Hook", "Let It Bleed" e "Love In Vain".

Mas também há hard rock. É difícil acreditar que a arrasadora "Midnight Gambler" e a tensa "Monkey Man" tenham sido compostas durante umas férias na Itália. E o disco ainda traz "You Can't Always Get What You Want", que começa como um hino e termina aos gritos.

Mick Jagger - que, em geral, fala mal de seu próprio trabalho - admite que Let It Bleed é "um bom disco, um de meus preferidos". O bom e velho Mick disse tudo.

1969 | LET IT BLEED

01 | Gimme Shelter
02 | Love in Vain
03 | Country Honk
04 | Live with Me
05 | Let It Bleed
06 | Midnight Rambler
07 | You Got the Silver
08 | Monkey Man
09 | You Can’t Always Get What You Want

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Triumph

Triumph é uma banda de rock/heavy metal do Canadá, que fez sucesso de meados da década de 1970 até o final dos anos 80. A banda começou sua carreira fazendo pequenos shows e apresentações em sua cidade natal, Toronto. Foi formada por Gil Moore, baterista e vocalista, Mike Levine, baixista e tecladista, e pelo famoso Rik Emmett, guitarrista, violonista, vocalista e compositor, que se conheceram em 1975. Hoje a banda não tem tanto reconhecimento, exceto no Canadá e no estado americano do Texas, onde possui um fã-clube muito numeroso.

O power trio, formado em 1975, frequentemente comparado ao também canadense Rush por seu estilo musical, começou tocando um hard rock muito particular, musicalmente bem estruturado, ao mesmo tempo em que deixava de lado os álbuns conceituais (em “moda” na época) e o experimentalismo.

A banda é considerada um dos pilares do heavy metal, mas os próprios integrantes rejeitam essa denominação. Certa vez, Gil Moore definiu o som da banda como um misto de Emerson Lake & Palmer com The Who. No entanto, as composições de Emmett, um eclético por natureza, mostraram uma banda tocando músicas cada vez mais próximas do rock progressivo. Além disso, cada álbum do Triumph trazia uma faixa solo de violão, frequentemente um “destaque” no meio de outras músicas mais pesadas e algumas baladas.

Uma vantagem do baterista Gil Moore era a sua capacidade de cantar e tocar bateria ao mesmo tempo, o que ocorreu em muitas faixas, como em "When the Lights Go Down" e "Allied Forces", por exemplo, apesar de sua técnica vocal nunca ter atingido um patamar muito elevado. Já Mike Levine, além de seus arranjos no teclado, foi importante para a banda por ter produzido os primeiros álbuns da banda e ser uma espécie de organizador das apresentações.

1979 - JUST A GAME

01. Movin' On
02. Lay It On The Line
03. Young Enough To Cry
04. American Girls
05. Just A Game
06. Fantasy Serenade
07. Hold On
08. Suitcase Blues

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1980 - PROGRESSIONS OF POWER

01. I Live for the Weekend
02. I Can Survive
03. In the Night
04. Nature's Child
05. Woman in Love
06. Take My Heart
07. Tear the Roof Off
08. Fingertalkin'
09. Hard Road

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1981 - ALLIED FORCES

01. Fool for Your Love
02. Magic Power
03. Air Raid
04. Allied Forces
05. Hot Time (In This City Tonight)
06. Fight the Good Fight
07. Ordinary Man
08. Petite Etude
09. Say Goodbye

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domingo, 16 de maio de 2010

The Rolling Stones


Discoteca Básica - Capítulo I

:: BEGGARS BANQUET ::

"Era uma época mágica, porque eu realmente consegui transformar minhas fantasias juvenis num estilo de vida."
Keith Richards, 1987


Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Os dois anos anteriores não tinham sido particularmente bons para os Stones. Mick Jagger e Keith Richards foram presos na casa de Keith em Sussex, o que resultou num processo judicial nocivo para sua imagem. O uso de drogas e repetidas detenções transformaram Brian Jones, o primeiro líder da banda, numa sombra do músico multitalentoso que havia sido. E Eles havia perdido o bonde da história psicodélica com o desorientado Their Satanic Majesty's Request.

Desse caos nasceu Beggars Banquet. Os Stones deixaram de lado a parafernália psicodélica dos estúdios e voltaram às suas raízes no blues e no country para produzir um disco acústico clássico, que também dava pistas do caminho mais sombrio que sua música tomaria um pouco mais tarde. A elegante "Jumpin' Jack Flash" os levou ao seu primeiro lugar nas paradas em dois anos e nela está um de seus riffs mais famosos. "Street Fighting Man" aderiu ao movimento de 1968, um gesto de apoio aos protestos estudantis e à desobediência civil. A épica "Simpathy For The Devil" une uma letra infame a uma despojada batida de samba. Há que se destacar a ausência de Jones no disco, embora sua slide guitar em "No Expectations" seja uma lembrança de glórias passadas.

A capa do álbum é um convite simples ao banquete do título, apesar de o fundo branco, infelizmente, remeter à obra-prima dos Beatles, conhecida com Álbum Branco, lançada algumas semanas antes. Mas isso não interferiu. O disco dos Stones vendeu aos milhares nos Estados Unidos e Inglaterra.

O sombrio country blues de Beggars Banquet se tornou a marca registrada do grupo, que os Rolling Stones exploraram à exaustão nos três álbuns posteriores. Os quatro anos seguintes, até o lançamento de Exile On Main St., de 1972, ainda permanecem como sua época de ouro.

1968 - BEGGARS BANQUET

01 | Sympathy for the Devil
02 | No Expectations
03 | Dear Doctor
04 | Parachute Woman
05 | Jigsaw Puzzle
06 | Street Fighting Man
07 | Prodigal Son
08 | Stray Cat Blues
09 | Factory Girl
10 | Salt of the Earth

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bill Withers


Show realizado em 6 outubro de 1972, no Carnegie Hall em Nova York. Acompanhado de grandes músicos Bill Withers expões suas frustrações e relatos de sua vida pessoal, bem como seus sonhos dilacerados.

Algumas canções em destaque: "Use Me", "Friend Of Mine ", "Ain't No Sunshine" - regravada por vários artistas dentre eles, Michael Jackson no início de sua carreira solo e Lighthouse Family na trilha sonora do filme "Um Lugar Chamado Notting Hill" - onde consta a versão original , " Grandma's Hands" e "Lean On".

Este disco é um grande documento para os que apreciam soul music.

Boa audição.

1972 | LIVE AT CARNEGIE HALL

01 | Use Me
02 | Friend Of Mine
03 | Aint No Sunshine
04 | Grandma's Hands
05 | World Keeps Going Around
06 | Let Me In Your Life
07 | Better Off Dead
08 | For My Friend
09 | I Can t Write Left-Handed
10 | Lean On Me
11 | Lonely Town, Lonely Street
12 | Hope She'll Be Happier
13 | Let Us Love
14 | Harlem
15 | Cold Balon

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quarta-feira, 12 de maio de 2010

T.S.O.L. | True Sounds Of Liberty

HELL AND BACK TOGETHER 1984-1990


01 | The Name Is Love
02 | One Shot Away live)
03 | Flowers By The Door
04 | Gimme Shelter (live)
05 | Colors (Take Me Away)
06 | It's Too Late
07 | In The Wind
08 | Strange Love
09 | Revenge
10 | Hit And Run
11 | Nothin' For You
12 | Red Shadows (live)
13 | Let Me Go
14 | All Along the Watchtower

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domingo, 9 de maio de 2010

Como morcegos à luz do sol

Mais uma noite em que as pílulas escorreram pela garganta como balas de goma.
Olhos cerrados e cérebro alerta.
A lua já encontra o sol anunciando um novo dia.
Mas não há começo sem fim.
Um moto-contínuo mantém o estado de alerta.
Não há ciclos; apenas permanência.
Mal-estar tomando conta e trajetos a serem trilhados, as vezes acompanhados do medo de não chegar.
Como morcegos à luz do sol.

...:: Jorge Carlet ::...

sábado, 8 de maio de 2010

T.S.O.L. | True Sounds Of Liberty

Considerada uma das mais importantes bandas Punk/Hardcore da Califórnia, o T.S.O.L. (True Sounds of Liberty) surgiu em 1979, formada por Jack Grisham (vocais), Ron Emory (guitarra), Mike Roche (baixo) e Todd Barnes (bateria). Influenciado por bandas como Misfits e Sex Pistols, eles lançam seu primeiro auto-intitulado EP em 1981. Com o lançamento do disco, eles conseguem uma pequena repercussão, abrindo shows para o Dead Kennedy’s e o The Damned . Em 1982 sai o álbum Dance with Me, que faz com que o T.S.O.L se torne uma banda conhecida em Los Angeles e São Francisco.Durante esta época, as bandas que abriam seus shows eram o Bad Religion, Social Distortion e o Adolescents.

Em 83 sai o EP Weathered Statues e posteriormente o disco Beneath the Shadows. Este disco seria o último com a formação original e sonoridade Punk.Estranhamente os membros da banda adotam nomes diferentes, Grisham passa a ser Jack Delauge, e Barnes torna-se Todd Scrivener.Estes dois últimos saem da banda , para seus lugares são recrutados Mitch Dean (bateria) e Joe Wood nos vocais (Joe era cunhado de Grisham).

Com essa formação, a banda passa a adotar um estilo Hard/Gótico e lançam Change Today (84), Revenge (86) e o grande álbum Hit and Run (87).Esse disco tinha uma sonoridade totalmente hard/glam e foi muito bem aceito para aqueles que curtiam grupos como Guns ‘n’ Roses e Faster Pussycat.Em 88 sai o disco T.S.O.L Live, com os sucesso da banda até então, como Hit and Run , Nothing for you e The name is love.

Em 1990 a banda grava o disco Strange Love, durante este período Emory e Roche deixam o grupo.Agora a banda não possuía mais nenhum membro original em sua formação.No ano seguinte é lançada a coletânea Hell and Back Together e a banda se dissolve, vale lembrar que esse disco possui apenas sucessos da fase Hard Rock do grupo.

O ano de 1991 marca a volta do Line-up original e também da fase Punk da banda, eles gravam o álbum Live-Original Members.Após esse lançamento a banda se dissolve novamente, só retornando em 1999, com o disco Anticop, este ano ficou marcado também pelo falecimento do baterista original Todd Barnes, depois de um longo período de luta contra o alcoolismo e as drogas.

O True Sounds of Liberty sempre será lembrado como uma banda verdadeiramente eclética, e que alcançou um sucesso rápido e merecido graças as suas grandes performances ao vivo e o talento de seus músicos.

1984 | CHANGE TODAY

Blackmagic
Just Like Me
In Time
Red Shadows
Flowers By The Door
American Zone
It's Gray
John
Nice Guys
How Do

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

John Lennon


Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Depois das confissões existenciais de seu álbum de estréia, Plastic Ono Band, o ex-beatle precisava de um pouco de utopia, uma pitada de esperança. Isso, somado à variada musicalidade do disco, garantida por um elenco de estrelas - George Harrison, Klaus Woorman, Nicky Hopkins, Jim Keltner, Alan White, King Curtis e alguns integrantes do Badfinger -, fez de Imagine um enorme hit, que chegou ao primeiro lugar nas paradas dos EUA e da Inglaterra, exatamente quando Lennon e Yoko Ono estavam se mudando para a América.

Imagine, produzido por Phil Spector no estúdio que Lennon havia construído em sua mansão inglesa, Tittenhurst, traz a canção pela qual o mundo se lembra da personalidade mais interessante dos Beatles, um hino à fé do homem no mundo melhor, mesmo diante de uma realidade desesperadora. O álbum também contém algumas das mlhores canções de amor já feitas para uma mulher - "Oh My Love" e "Jealous Guy" - e, ainda, sua parcela de puro rock'n'roll, ao estilo de Lennon, como no protesto político de "Gimme Some Truth" e na diatribe contra McCartney, "How Do You Sleep?".

Algumas faixas lembram temas introspectivos do passado, como "Crippled Inside" e "How?", mas o novo eixo central de vida descoberto por John em Yoko e também a produção de Spector - orquestrada mas, ainda assim, áspera - fizeram de Imagine seu disco mais equilibrado e bem realizado.

Trata-se do auto-retrato de um homem sensível e, ao mesmo tempo, agressivo, inseguro e arrojado, introspectivo mas socialmente atento. Só a faixa-título, um trabalho de incrível simplicidade, vai chamar a atenção para esta obra-prima imortal por gerações e gerações.

1971 | IMAGINE

01 | Imagine
02 | Crippled Inside
03 | Jealous Guy
04 | It's So Hard
05 | I Don't Want To Be A Soldier
06 | Gimme Some Truth
07 | Oh My Love
08 | How Do You Sleep
09 | How
10 | Oh Yoko!

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Temple Of The Dog



No ano de 1990, o grupo Mother Love Bone preparava-se para lançar em julho: Apple, seu primeiro cd. No dia 19 de março, quatro meses antes do lançamento, o vocalista e líder Andrew Wood, faleceria aos 24 anos por overdose de heroína. Um incidente que pôs fim a uma carreira e uma banda promissoras de Seattle, cidade berço de Pearl Jam, Nirvana, Alice in Chains e Soundgarden, citando apenas as mais importantes do movimento grunge, que redefiniu os rumos do rock na década de 90, poderia elencar vários outros exemplos desta massa criativa.

A desoladora dor da morte serviu como mola propulsora para o cd intitulado Temple Of The Dog. Este tributo a Andrew Wood, é uma empreitada idealizada por Chris Cornell (Soundgarden), que conspirou na harmoniosa junção de membros do Pearl Jam (Jeff Ament – Baixo, Stone Gossard – Guitarra, Mike McCready – Guitarra e Eddie Vedder – Vocal) e do Soundgarden (Matt Cameron – Bateria e Chris Cornell – Vocal). Destes músicos, Stone Gossard e Jeff Ament (ambos do Pearl Jam) eram da formação do Mother Love Bone.

O tributo lançado quase um ano depois (1991), só estourou graças a consolidação da fama do Pearl Jam e Soundgarden, pelos seus respectivos álbuns Ten e Badmotorfinger. O cd Temple of The Dog além dos padrinhos de peso, encontrou na canção “Hunger Strike“ um sucesso imediato.

Nos arranjos, a ótima cozinha por Jeff Ament (baixo) e Matt Cameron (bateria) passeia sem problemas nas guitarras de Mike McCready e Stone Gossard. Chris Cornell além de escrever e compor em todas as canções, ainda dá a entonação necessária ao álbum com um vocal sem emendas. Eddie Vedder pouco fez, além de um dueto com Chris em “Hunger Strike” e dando a graça como backing vocal em “Pushin Forward Back“, “Your Saviour“, “Reach Down” e “Four Walled World“, mas nada que apagasse o brilho do frontman do Pearl Jam.

Temple Of The Dog é um álbum de puro rock, sem soar datado, agradando de forma rápida e fácil quem curte melodias simples e bem trabalhadas. Em suas letras, carrega as dores da sociedade com a morte, miséria, fé e religião.

Texto: Na Rota do Rock

1991 | Temple Of The Dog

Say Hello 2 Heaven
Reach Down
Hunger Strike
Pushin Forward Back
Call Me a Dog
Times of Trouble
Wooden Jesus
Your Saviour
Four Walled World
All Night Thing

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Led Zeppelin



Lançado em 2007, totalmente remasterizado e com a inclusão de algumas músicas que não constam no álbum original.

1976 | THE SONG REMAINS THE SAME
(2007 | Remastered-Expanded)


# Disc 1
01 | Rock And Roll
02 | Celebration Day
03 | Black Dog
04 | Over The Hills And Far Away*
05 | Misty Mountain Hop*
06 | Since I've Been Loving You*
07 | No Quarter
08 | The Song Remains The Same
09 | The Rain Song
10 | The Ocean*

# Disc 2
01 | Dazed And Confused
02 | Stairway To Heaven
03 | Moby Dick
04 | Heartbreaker*
05 | Whole Lotta Love

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Bill Withers


O cantor e compositor William Withers, nascido no dia 4 de julho de 1938 em Slab Fork, West Virginia, teve sua grande chance através do tecladista Booker T. Jones, líder da banda Booker T. & The MG's. Os dois se conheceram em 1970, após um show dos MG's, e Jones ficou impressionado com a demo que Withers lhe mostrou, conseguindo para o cantor um contrato com a gravadora Sussex. Por essa época, Bill trabalhava como operário numa fábrica de aviões.

Em 1971, gravou dois discos, Man And Boy e Just As I Am. O segundo, produzido por Booker T. Jones e contando com a participação de Stephen Stills na guitarra, trazia a canção Ain't No Sunshine, que chegaria ao primeiro lugar do hit parade americano e daria a Withers o Grammy de melhor canção de rhythm & blues do ano. Still Bill, de 1972, incluiu o segundo grande sucesso de Bill Withers, Lean On Me.

No mesmo ano, Michael Jackson regravou Ain't No Sunshine. Na década seguinte, o músico continuou gravando, mas sem o mesmo sucesso. Seus discos passaram a trazer uma batida mais funkeada, em lugar da sonoridade típica do rhythn & blues dos anos 70.

A música de Bill Withers voltou a ser lembrada em 1999, com a inclusão de Ain't No Sunshine na trilha do filme Um Lugar Chamado Notting Hill (Notting Hill). Withers continua na ativa, fazendo muitos shows e gravando eventualmente.

1971 | JUST AS I AM

01. Grandma's Hands
02. Everybody's Talking
03. Harlem
04. Ain't No Sunshine
05. Do It Good
06. Hope She'll Be Happier
07. Let It Be
08. I'm Her Daddy
09. In My Heart
10. Better Off Dead
11. Moanin' And Groanin'
12. Sweet Wanomi

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1972 | STILL BILL

01. Lonely Town, Lonely Street
02. Let Me In Your Life
03. Who Is He And What Is He To You
04. Use Me
05. Kissing My Love
06. I Don't Know
07. Another Day To Run
08. I Don't Want You On My Mind
09. Take It All In And Check It All Out
10. Lean On Me

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sonic Youth


Sonic Youth foi uma das bandas mais inovadoras da década de 80. Tá certo, eles não inventaram o Noise Rock e nem nada na sua formula musical. O grande diferencial do Sonic Youth, que os tornou tão influencial e uma das mais importantes bandas de rock alternativo, foi justamente combinar suas influências em algo novo. Utilizando-se de feedback e do barulho característico do Noise Rock e transformando-os em músicas de rock de verdade. Sonic Youth pega carona no experimentalismo do Velvet Underground, porém da um passo à frente. Pega o barulho e transforma-o em pop. Pega a insanidade e transforma-a em canções de verdade. O rítmo punk do barulho desafinado.

Sister é um marco na história da banda. Embora não seja um cd tão bom quanto o "Daydream Nation", Sister com certeza foi mais importante. Esse cd resume tudo o que o Sonic Youth é. Dando mais um passo em direção à estruturas musicais mais consistentes que seu antecessor EVOL tinha provido, o uso de barulho, desafinações e distorções trazem uma textura profunda às musicas, o que é bastante complexo, original, e que funciona como a lei da gravidade nesse álbum.

Marcado, talvez não, com as melhores músicas do Sonic Youth, ou com suas mais famosas, Sister é recheado de ótimas músicas. A abertura, Schizophrenia, é a melhor do album. Embora não seja tão furiosa, é recheada do que o Sonic Youth faz de melhor, e sua atmosfera é com certeza uma das mais lindas que já experimentei musicalmente. Nela, todas as dissonâncias, barulhos e notas distorcidas são perfeitamente coladas, criando uma das músicas mais bem elaboradas do Sonic Youth. O álbum também marca destaque na Tuff Gnarl, desta vez uma música mais rápida, mais furiosa, e que explora bem mais o espírito desarmonico do Sister. Também temos a incrivelmente romântica Cotton Crown (Kotton Krown), uma prova de que Gordon e Moore deveriam cantar como dueto em mais músicas do Sonic Youth (o que, infelizmente, não acontece com frequência).

Sister tem uma atmosfera extremamente melancólica e negra. Ao mesmo tempo, quente e aconchegante. O fato de ter sido gravado inteiramente com equipamentos analógicos, dando a ele um espírito meio vintage. Com o uso inesperado de chaves de fenda, bastões de ferro enfiados no braço da guitarra, pisotear o baixo e outros tipos de bizarres, o Sonic Youth demonstra ser uma das bandas mais criativas da década, e no Sister e no seu sucessor Daydream Nation, eles provam o porquê de serem quem eles são.

1987 | SISTER

Schizophrenia
Catholic Block
Beauty Lies in the Eye
Stereo Sanctity
Pipeline/Kill Time
Tuff Gnarl
Pacific Coast Highway
Hot Wire My Heart
Cotton Crown
White Cross

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sábado, 1 de maio de 2010

The Cult

Antes de caírem no rock pesado e virarem uma cópia do Guns N' Roses, o Cult era uma das bandas mais interessantes do anos 80. Começaram como uma banda meio gótica, de batida meio tribal. O vocalista Ian Astbury dizia-se influenciado pelos índios norte-americanos e junto com o fabuloso guitarrista Billy Duffy formou uma das parcerias mais simpáticas da nova fase psicodélica que assolou a Inglaterra nos anos 80. Após formarem o Southern Death Cult, Death Cult e depois finalmente o Cult, a banda arregimentou uma legião de fãs. Fizeram um excepcional disco de hard, Electric, e depois caíram de boca no som mais pesado e foram colocados como uma banda de segunda linha. Uma injustiça para um dos grupos mais promissores da década.

Ian começou com a idéia de montar uma banda de rock influenciado pelos anos 60, logo após largar o exército. Depois de montar o Southern Death Cult, que conquistou um certo público e deu espaço para o cantor, ele resolveu desmontar a banda. Conheceu Billly, montaram o Death Cult, que rendeu a dançante God´s Zoo nas paradas independentes.

A banda debutou com Dreamtime, que trazia "Spiritwalker". Após isso, foi lançado um disco ao vivo, chamado Dreamtime Live at the Lyceum, que chegou a ser lançado na época como um brinde do primeiro álbum. O grupo já tinha sua posição consolidada na Inglaterrra como um dos principais nomes do neo-psicodelismo que atingira a Grã-Bretanha. A letra dizia algo como: "Eu quero minha hora do sonho, eu quero minha hora do sonho, A única coisa intocável que é minha. Eu irei usar meu cabelo comprido, ele é uma extensão do meu coração" - embora na letra do encarte esteja escrita "extensão da minha alma".

A música subiu várias posições nas paradas independentes, já que tinham assinado com a Beggar's Banquet, mesma gravadora do Bauhaus. Ian Astbury deixava seu cabelo cada vez mais comprido. Juntaram o baixista Jamie Stewart e deixaram a bateria com vários membros, sem ter um fixo. O som era bebido dos Doors, Pink Floyd, Love, e outras coisas.

"O Cult era uma banda que te chamava atenção no palco. Ian todo de preto, sendo acompanhado pela selvagem guitarra de Billy, tocando com toda aquela energia saindo deles. O público era formado por góticos, punks, harders, todo tipo. Tinha gosto para tudo. E você saía simplesmente chapado do ginásio. Parecia que tinha acabado de ver uma cerimônia, um ritual", lembra Ian McCulloch, vocalista do Echo and the Bunnymen.

O grupo era simplesmente idolotrado na Inglaterra, sendo cultuado mais até do que o nome sugere. O auge surgiu com o lançamento do álbum Love. Ainda uma excentricidade para o mercado norte-americano, o Cult foi tomando as paradas de sucesso de assalto e ganhando rasgados elogios da mídia, que via naquele quarteto um novo Led Zeppelin, embora a comparação ficasse mais forte com o álbum posterior Electric.

"Não podemos esquecer que o Cult fez ressurgir em muito a volta do Led nos anos 80. Eles tinham uma energia e carisma parecidos em palco", relembra Bono, do U2.

O disco foi gravado em 1985, e o primeiro single "She Sells Sanctuary", foi gravado entre os dias 11 e 15 de março. A versão de 12 polegadas, por incrível que pareça, chegou a sair no Brasil na época, mas passou em branco para variar. Mas nenhuma casa noturna ficava indiferente quando tocava. Era botar todo mundo para dançar.

Texto: Mofo

1985 | LOVE

01 | Nirvana
02 | Big Neon Glitter
03 | Love
04 | Brother Wolf, Sister Moon
05 | Rain
06 | Phoenix
07 | Hollow Man
08 | Revolution
09 | She Sells Sanctuary
10 | Black Angel

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