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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sonic Youth


Poucas bandas gozam do prestígio do Sonic Youth. Apesar de nunca ter alcançado o sucesso comercial de seus seguidores, sua influência acabou marcando a história da música pop de forma incontestável graças à explosão do “grunge”, no início da década passada, um momento único na história da música, quando as bandas do underground saíram dos porões e viraram o mainstream de cabeça para baixo, fazendo com que o seu som fosse o “acessível”, o “rentável”, etc.

Além de sua música ser uma espécie de ponte entre o punk dos anos 70, o experimentalismo do Velvet Undeground e o som de Seattle dos anos 90, Thurston Moore, guitarrista e líder não declarado da banda, foi quem levou o Nirvana à Geffen, o que possibilitou a explosão comercial desta e de todas as bandas que acabaram despontando para as paradas em sua carona (Smashing Pumpkins, Pearl Jam, Soundgarden, Pavement, entre muitas outras).

Goo foi o primeiro disco da banda por uma grande gravadora, a Geffen, que um ano depois lançaria Nevermind. Apesar de já ser uma banda veterana, com cinco discos nas costas (entre eles clássicos do calibre de Sister e Daydream Nation), era uma situação completamente nova para Thurston, Kim, Lee e Steve. Dessa vez fazer um grande disco não era suficiente; torná-lo acessível para o grande público também fazia parte do jogo e, para isso, teriam que mudar um pouco da essência de seu som. Um disco como Evol jamais seria satisfatório para os executivos, algo experimental como Daydream Nation menos ainda. Apesar disso, não poderiam mexer em demasia na sonoridade da banda, por motivos óbvios: a integridade artística e o aval dos fãs que apreciavam o Sonic Youth desde seus primórdios. Visivelmente, não era uma situação fácil, a banda precisaria de uma boa dose de criatividade e um arsenal de grandes melodias. Felizmente, o Sonic Youth não é o tipo de banda que entra em estúdio por bobeira, e aliou esses dois lados opostos da moeda em um só. Experimentando, abusando das guitarras, mas sobre melodias mais “fáceis” (o que, em momento algum, significa “simplórias” ou “banais”) do que as dos álbuns anteriores. E graças a isso gravou um disco maravilhoso, um dos melhores de sua carreira (senão o melhor). ... (continua)

Por | Francisco Marés

1989 | GOO

01| Dirty Boots
02 | Tunic (Song for Karen)
03 | Mary-Christ
04 | Kool Thing
05 | Mote
06 | My Friend Goo
07 | Disappearer
08 | Mildred Pierce
09 | Cinderella's Big Score
10 | Scooter + Jinx
11 | Titanium Exposé

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