A Horse With No Name

cavalo

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Mon Dyh | Murderer


Markus Worbs | drums
Harald Künemund | acoustic guitars
Andreas Pröhl | vocals, guitar
Harald Frohloff | bass


1980 | MURDERER

Don't You Break My Heard
Murderer
Trying
Magic Piano
Just A Minute
Neetle Must Not Lay Down
One Second Man
Encounterd The Edge
All Along The Watchtower
Have You Ever Loved A Woman

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Sex Pistols

Primeiro e único álbum da banda britânica de punk rock Sex Pistols.

Os Sex Pistols duraram como banda por volta de dois anos, no final da década de 70, mas foi tempo suficiente para que eles mudassem radicalmente a cara da música. Com suas letras cruas, niilistas e violentas performances ao vivo, a banda revolucionou o Rock and Roll, sendo uma das principais influências do punk rock.

Por trás de suas táticas de choque e negativismo havia uma crítica social cuidadosamente pensada para gerar altíssimo impacto. O álbum articulava com perfeição a frustração, raiva e insatisfação da classe trabalhadora inglesa com o establishment.

O grupo abriu caminho para incontáveis outras bandas fazerem o mesmo, mas nenhuma foi tão abusada. É fácil ver como a energia da banda e sua atitude geraram uma revolução musical. Originalmente lançado em 1977, Never Mind The Bollocks não perdeu sua fúria ou originalidade com o passar do tempo.

1977 - Never Mind The Bollocks,
Here's The Sex Pistols

01. Holidays In The Sun
02. Bodies
03. No Feelings
04. Liar
05. God Save The Queen
06. Problems
07. Seventeen
08. Anarchy In The U.K.
09. Submission
10. Pretty Vacant
11. New York
12 . E.M.I.

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

The Dog That Bit People



John Caswell | vocals, guitar
Michael Hincks | vocals, bass
Bob Lamb | drums
Keith Millar | vocals, guitar, keyboards


1971 | THE DOG THAT BIT PEOPLE

01. Goodbye Country
02. The Monkey And The Sailor
03. Lovely Lady
04. Sound of Thunder
05. Cover Me in Roses
06. Someone, Somewhere
07. A Snapshot of Rex
08. Red Queen's Dance
09. Mr Sunshine
10. Tin Soldier
11. Walking
12. Reptile Man
13. Merry Go Round (Bonus)

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Walter Franco


Um dos mais renomados, vanguardistas e geniais compositores brasileiros da década de 70, Walter Franco é um dos nomes mais importantes da música brasileira e um dos primeiros a fazer música concreta no país. Contestador, deixou quatro grandes discos nos anos 70, antes de entrar em uma reclusão e ser recuperado no ano 2000, com um documentário e no ano seguinte, com um novo disco. Desde então, Walter tem se apresentado e mostrado seu talento pelo país. Um enorme talento que merece uma homenagem humilde, mas sempre reverente.

Poucas pessoas sabem quem é Walter Franco, algo bem normal em um país que desconhece os artistas com mais de 10 anos de carreira ou quem busca um caminho totalmente pessoal e não se prende às armadilhas da indústria musical.

Mas, esse paulista nascido em 6 de janeiro de 1945, em São Paulo, foi um dos principais expoentes da música brasileira dos anos 70, ao lado de Jards Macalé, Itamar Assumpção, e por que não, Arnaldo Baptista.

Desde jovem, Walter mostrou tendências artísticas e por isso resolveu estudar teatro, onde compunha trilhas para algumas peças, além de se apresentar em festivais na virada dos anos 60 para os 70. Conseguiu alguma projeção quando Geraldo Vandré defendeu sua canção "Não se Queima um Sonho", entre outras.

Porém, seu primeiro momento solo aconteceu em 1972, no Festival Internacional da Canção, da Rede Globo, quando tocou "Cabeça". A confusão começou quando o júri formado por Nara Leão, Roberto Freire, Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Décio Pignatari, resolveu premiar aquela música estranha, experimental, com poesia cortada, com o primeiro lugar, apesar das vaias da platéia.

Se a platéia odiou, o que dirá a conservadora emissora, nos anos de chumbo da ditadura. O resultado é que o júri foi demitido. Mas, o momento de tensão ficou ainda maior, quando Roberto Freire foi ao palco e denunciou toda a armação, junto com o grupo Pholhas. Acabou sendo preso por isso.

Walter já tinha chamado atenção suficiente para conseguir um contrato e em 1972 assinou com a Continental. O produtor escolhido para a empreitada seria o radialista Walter Silva, o Pica-Pau, mas ele resolveu chamar o amigo Rogério Duprat, para a missão, por não entender muito as idéias de seu xará.

Com total liberdade no estúdio, o apoio de Duprat, e a melhor tecnologia disponível na época, Walter estréia com o clássico disco Ou Não (também conhecido como Disco da Mosca ou Disco Branco). A capa trazia apenas uma mosca ao centro de um capa branca e apenas o título na contra-capa.

Ou Não foi um lançamento revolucionário. Walter utilizava técnicas incomuns, como a poesia concreta, repetições de fragmentos de letras e arranjos extremamente elaborados. Não são poucos os que consideram como a melhor estréia de um artista brasileiro.

No ano seguinte, Walter saiu com o show "A Sagrada Desordem do Espírito" onde se apresentava sozinho, com um violão e em posição de lótus. Seu único companheiro era a mesa de mixagem comandada por Peninha Schmidt e que era usada como uma orquestra, dando liberdade para Walter criar em cima do palco.

Walter e Jards Macalé durante o Festival AberturaEm 1975, Walter participa do Festival Abertura, com a música "Muito Tudo", ao lado de amigos, como Jards Macalé.

A música é uma homenagem a alguns ídolos, casos de João Gilberto e John Lennon. Os arranjos ficaram com o maestro Júlio Medaglia. E, para variar, Walter foi duramente vaiado pela platéia, apesar do terceiro lugar obtido.


Walter conseguiu mais uma polêmica quando ele, o flautista Tony Osanah e Medaglia subiram ao palco para apresentar a canção. Sob vaias intensas, e sem ter como se apresentarem, os três começaram a jogar um estranho jogo de dados, até que Medaglia rasgou a partitura e a atirou no público.

Mas nada disso seria páreo para o novo trabalho de Walter. Gravado em outubro de 1975 e lançado no ano seguinte, Revolver mostrava um Walter totalmente diferente. Antes de mais nada, o nome do disco é tirado do verbo "revolver" e não uma tradução do disco dos Beatles lançado em 1966 (até porque em português seria Revólver).

Contudo, há uma enorme influência de John Lennon na obra. Primeiro, porque Walter se veste de terno branco, como Lennon na capa de Abbey Road e em diagonal. Segundo, porque a sonoridade está mais perto do rock, com guitarras, e principalmente da sonoridade do ex-Beatle com sua Plastic Ono Band.

O álbum é uma pérola do começo ao fim, abrindo com "Feito Gente", um rock enérgico, conciso e com versos maravilhosos: "feito gente / feito fase / eu te amei / como pude / fui inteiro / fui metade / eu te amei / como pude... fui a vela / fui o vento / eu te amei / como pude / a partida / fui a volta...". Outros momentos inesquecíveis são a vinheta de sete segundos "Apesar de tudo é muito leve", a linda "Cachorro Babucho". Um dos discos mais importantes da nossa música, seja rock ou MPB, com Walter mostrando-se mais inspirado do que nunca e buscando novos horizontes.

Walter só voltaria a lançar um novo disco em 1978. O resultado seria outra obra-prima: Respire Fundo, que levou oito meses de gestação e mais de 200 músicos envolvidos.

O disco traz grandes clássicos, casos da faixa-título e de "Coração Tranqüilo", com o belíssimo verso "Tudo é uma questão de manter / a mente quieta / a espinha ereta / e o coração tranqüilo", explicitando a influência da filosofia oriental em sua vida e obra.

No ano seguinte, Walter lança outra obra fundamental, Vela Aberta. O disco trazia a controversa canção "Canalha", que rendeu a ele, novamente, vaias quando foi defendida no Festival da Tupy. Berrada, gritada, Walter recebeu enormes vaias e defendeu sua obra, dizendo que não estava chamando ninguém de canalha e apenas falando de uma dor canalha, que é a dor da existência de todo ser humano.

Outro grande momento é a faixa título, composta com seu pai, Cid Franco, que escreveu a letra.

Em 1981, ele ainda participou do festival, MPB-Shell, com a música "Serra do Luar", grande sucesso posteriormente na voz de Leila Pinheiro. No ano seguinte, lança um último disco antes da reclusão, apenas com seu nome, pela pequena gravadora Lança.

Após o disco, Walter desapareceu da mídia, fazendo poucos e esparsos shows. Sua voz só foi ouvida novamente, quando em 2000, foi realizado o documentário Walter Franco Muito Tudo, de 25 minutos e rodado em 16 mm, e com depoimentos do poeta Augusto de Campos (um de seus grandes fãs e amigo), que traduziu o poema "Um Lance de Dados", de Mallarmè, além de entrevistas com Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Jards Macalé, Lívio Tragtenberg, Leila Pinheiro e Itamar Assumpção.

Em 2001, Walter voltou aos estúdios e lançou Tutano, seu último disco pela pequena yesbrazil? e posteriormente pela Trama e com participações especiais, como a de Arnaldo Antunes.

Ele ainda continua dando seus shows, sendo reverenciado pelos novos músicos e por gente que não o conhecia, mas que acabaram virando novos fãs.

Em 2001, os dois primeiros discos dele foram relançados na série "Clássicos da MPB - Série Dois Momentos", com a edição produzida pelo baterista dos Titãs, Charles Gavin.

Por | Mofo

1971 | TEMA DO HOSPITAL
(Compacto)


01. Tema do Hospital
02. Tire Os Pés do Chão






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1973 | OU NÃO

01. Mixturação
02. Água e Sal
03. No Fundo do Poço
04. Pátio dos Loucos
06. Flexa
07. Me Deixe Mudo
08. Xaxados e Perdidos
09. Doido de Fazê Dó
10. Vão de Boca
11. Cabeça

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1975 | REVOLVER

01. Feito Gente
02. Eternamente
03. Mamãe D´água
04. Partir do Alto / Animal Sentimental
05. Um Pensamento
06. Toque Frágil
07. Nothing
08. Arte e Manha
09. Apesar de Tudo é Muito Leve
10. Cachorro Babucho
11. Bumbo do Mundo
12. Pirâmides
13. Cena Maravilhosa
14. Revolver

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1978 | RESPIRE FUNDO

01. Respire Fundo
02. Fado do Destino
03. Coração Tranquilo
04. Lindo Blue
05. Até Breve
06. Criaturas
07. Os Bichos
08. Plenitude (Ubiqüidade)
09. Govinda
10. Berceuse dos Elefantes

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1980 | VELA ABERTA

01. Vela Aberta
02. O Dia do Criador
03. Canalha
04. Corpo Luminoso
05. Divindade
06. Tire os Pés do Chão
07. Como Tem Passado
08. Feito Gente
09. Me Deixe Mudo
09. Bicho de Pelúcia
10. O Blues é Azul

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1982 | WALTER FRANCO

01. Luz Solar
02. Quem É?
03. Luz da Nossa Luz
04. Pega no Ar
05. Mundo Pensativo
06. Filho Meu
07. Remador
08. No Exemplar de um Velho Livro
09. Paz do Mundo
10. Raça Humana

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2001 | TUTANO

01. Nasça
02. Quem Puxa aos Seus Não Degenera
03. Tutano
04. Na Ponta da Língua
05. Totem
06. Zen
07. Ai, Essa Mulher
08. Intradução
09. Senha do Motim
10. Cabeça
11. Gema do Novo
12. Acerto com a Natureza
13. Distâncias
14. Muito Tudo

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Os Brazões

Integrada por Miguel e Roberto nas guitarras, Eduardo na bateria e Taco no Baixo, Os Brazões era a banda que acompanhava Gal Costa no final dos anos 60.

Cultivavam um estilo imerso no tropicalismo, com altas doses de psicodelia, evidenciada pela guitarra fuzz de Roberto e pela guitarra wah wah de Miguel. O rico trabalho de percussão, as letras em português e a utilização recorrente de ritmos regionais, completam a fórmula sonora dos Brazões. Uma comparação com Santana não é de todo errônea.

Os Brazões é uma das mais intressantes bandas da psicodelia brasileira. Este disco, que em determinados momentos parece estar a frente do seu tempo, com pinceladas bastante elaboradas de rock e até de fusion, lamentavelmente é o único legado da banda. Um grupo que com certeza poderia ter ido muito longe.

Por | Progresiva 70s

1969 | OS BRAZÕES

01. Pega a Voga Cabeludo
02. Canastra Real
03. Módulo Lunar
04. Volkswagen Blue
05. Tão Longe de Mim
06. Carolina, Carol Bela
07. Feitiço
08. Planador
09. Espiral
10. Gotham City
11. Momento B8
12. Que Maravilha

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Neumeier-Genrich-Schmidt | Psychedelic Monsterjam


Mani Neumeier | drums
Ax Genrich | guitar
Dave Schmidt | bass


NEUMEIER-GENRICH-SCHMIDT
2004 - Psychedelic Monsterjam

Bong
(Do You Want To) Boogie In Bombay
Stone In
Stone Out
Moonlight Flight
Next Time See You At The Dalai Lhama
Rising Sun
Electric Junk
Mushroom Moon

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Led Zeppelin | Tour Over Europe 1980 | Dortmund




1980 | DORTMUND

DISC 1
01. Train Kept A Rollin'
02. Nobody's Fault But Mine
03. Black Dog
04. In The Evening
05. The Rain Song
06. Hot Dog
07. All Of My Love
08. Trampled Underfoot
09. Since I've Been Loving You

DISC 2
01. Achilles Last Stand
02. White Summer
03. Kashmir
04. Stairway To Heaven
05. Rock And Roll
06. Whole Lotta Love Intro
07. Heartbreaker
08. Whole Lotta Love

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sonic Youth


Poucas bandas gozam do prestígio do Sonic Youth. Apesar de nunca ter alcançado o sucesso comercial de seus seguidores, sua influência acabou marcando a história da música pop de forma incontestável graças à explosão do “grunge”, no início da década passada, um momento único na história da música, quando as bandas do underground saíram dos porões e viraram o mainstream de cabeça para baixo, fazendo com que o seu som fosse o “acessível”, o “rentável”, etc.

Além de sua música ser uma espécie de ponte entre o punk dos anos 70, o experimentalismo do Velvet Undeground e o som de Seattle dos anos 90, Thurston Moore, guitarrista e líder não declarado da banda, foi quem levou o Nirvana à Geffen, o que possibilitou a explosão comercial desta e de todas as bandas que acabaram despontando para as paradas em sua carona (Smashing Pumpkins, Pearl Jam, Soundgarden, Pavement, entre muitas outras).

Goo foi o primeiro disco da banda por uma grande gravadora, a Geffen, que um ano depois lançaria Nevermind. Apesar de já ser uma banda veterana, com cinco discos nas costas (entre eles clássicos do calibre de Sister e Daydream Nation), era uma situação completamente nova para Thurston, Kim, Lee e Steve. Dessa vez fazer um grande disco não era suficiente; torná-lo acessível para o grande público também fazia parte do jogo e, para isso, teriam que mudar um pouco da essência de seu som. Um disco como Evol jamais seria satisfatório para os executivos, algo experimental como Daydream Nation menos ainda. Apesar disso, não poderiam mexer em demasia na sonoridade da banda, por motivos óbvios: a integridade artística e o aval dos fãs que apreciavam o Sonic Youth desde seus primórdios. Visivelmente, não era uma situação fácil, a banda precisaria de uma boa dose de criatividade e um arsenal de grandes melodias. Felizmente, o Sonic Youth não é o tipo de banda que entra em estúdio por bobeira, e aliou esses dois lados opostos da moeda em um só. Experimentando, abusando das guitarras, mas sobre melodias mais “fáceis” (o que, em momento algum, significa “simplórias” ou “banais”) do que as dos álbuns anteriores. E graças a isso gravou um disco maravilhoso, um dos melhores de sua carreira (senão o melhor). ... (continua)

Por | Francisco Marés

1989 | GOO

01| Dirty Boots
02 | Tunic (Song for Karen)
03 | Mary-Christ
04 | Kool Thing
05 | Mote
06 | My Friend Goo
07 | Disappearer
08 | Mildred Pierce
09 | Cinderella's Big Score
10 | Scooter + Jinx
11 | Titanium Exposé

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Leno | Vida e Obra de Johnny McCartney


“Vida e Obra de Johnny McCartney” é considerado o CD mais importante da carreira solo de Leno, e foi gravado em fitas, entre novembro de 1970 e janeiro de 1971. Foi um momento em que ele deixa de lado, a questão das baladas tão presentes na Jovem Guarda, e mostra-se como um artista independente, vanguardista, crítico, rebelde, um ser politizado. Nessa época, ele fazia sucesso com a balada romântica “Festa de 15 anos” e resolveu dar uma guinada. “Eu sempre fui roqueiro, mas sempre estourava com músicas lentas. Eu queria mostrar o meu lado mais rock’n’roll”, revela. Tendo sido vetada pela Ditadura Militar em 1971, a obra que teve os Beatles, mais precisamente a dupla Lennon & McCartney, como inspiração para o compositor, ficou perdida durante 25 anos! O projeto criado em parceria com Raul Seixas reaparece em 1995, para a grande surpresa de Leno, que dava as fitas de seu inédito “Vida e Obra de Johnny McCartney” por perdidas! Acontece que elas são descobertas por acaso nos arquivos da Sony Music! Leno, então, decide remasterizar a gravação e editá-la em CD, criando seu próprio selo, o Natal Records, e lança sua obra composta em parceria com Raulzito.

Leno passou o ano de 1979 morando em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas quase não compunha, pois estava ligado mais em cantar e tocar e quando voltou a residir em Natal, começou a se dedicar a compor e realizar shows. Guardava para si a lembrança de Raul Seixas, um cara simples que gostava de música. “Gosto muito da lembrança dele em mim, apesar das distâncias”. Essas lembranças ficam mais evidenciadas e tomam conta da vida de Leno quando este apresenta ao público o relançamento do disco “Vida e Obra de Johnny McCartney”, álbum considerado pela crítica especializada internacional como um dos melhores do rock. Foi o terceiro disco de sua carreira solo e teria sido gravado em 1970, porém a gravadora CBS vetou o projeto por achar que ele não era comercial. “Tinha umas músicas censuradas, como ‘Sr. Imposto de Renda’ e ‘Sentado no Arco-íris’. Segundo Leno, este disco antecipou muita coisa que viria a acontecer apenas nos anos 80 em termos musicais, além de ter influenciado a carreira de Raul Seixas.

Das 13 músicas do disco, seis são em parceria com o baiano. Leno comenta que “talvez a partir daí Raul tenha criado a vontade de ser cantor, pois ele não era muito a fim. Foi um laboratório para ele”.

O verdadeiro Rock já se faz presente logo na primeira faixa, “Johnny McCartney”, que é uma sátira à busca da fama tão em voga hoje em dia: “Ainda hei de ser famoso um dia / Meu nome nos jornais você vai ler / Vou ganhar mais de um milhão / Comprar o meu carrão cantando na TV / Vai pagar pra me ver no cinema / Do que me fez, irá se arrepender / Daqui pra frente sou galã lhe ofuscando / Com meu terno de lamê / Johnny McCartney vou ser).

É uma letra bem atual! Por tudo isso, “Vida e Obra de Johnny MacCartney” é considerado um disco seminal para o rock brasileiro, pós-Jovem Guarda, e deve constar em qualquer discoteca básica do estilo, onde guitarras, bateria e baixo ganham mais expressão, pela primeira vez, no rock brasileiro.

Por | Lúcia M. Zanetti

1995 | VIDA E OBRA DE JOHNNY McCARTNEY (1971)

1. Johnny McCartney
2. Por Que Não?
3. Lady Baby
4. Sentado no Arco-íris
5. Pobre do Rei
6. Peguei uma Apollo
7. Sr. Imposto de Renda
8. Não Há Lei em Grilo City
9. Convite para Ângela
10. Deixo o Tempo Me Levar
11. Contatos Urbanos
12. Bis
13. Johnny McCartney

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Huckle | Wilde Blue Yonder


Huckle: guitar, mandolin, voice
Paul Gellman: piano, fiddle, guitar
Wendi Sinclair: voice
Tommy Agostino: bass, vocals
Bob Walshaw: drums
Straw: wooden stick drums
Sky Sylamuth: : guitar (on Flowers To The Sun)


1976 | WILD BLUE YONDER

Wild Blue Yonder
Rolling River
I Surrender
Flower To The Sun
She's Coming Home
Beautiful You Are
High For Sky
Gather The Children
Wild Night

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Ad Infinitum


Todd Braverman / keyboards
Craig Wall / guitarist
Iian Goldman / keyboards, vocals
Mike "Goose" Seguso / vocals


1998 | AD INFINITUM

Ad Infinitum
Immortality
Waterline
Physician Heal Thyself
A Winter's Tale
Rain Down
Overland
All Hallows Eve
Neither Here Nor There
Ad Infinitum (Reprise)

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Amy Winehouse


Segundo e último álbum de estúdio gravado por Amy Winehouse, Back to Black foi uma sensação geral no mundo da música. Lançado oficialmente em outubro de 2006, o disco alcançou progressivamente os números mais altos dos rankings musicais, as notas mais altas em revistas especializadas e críticas elogiosas, focando principalmente na evolução de Amy Winehouse e sua ousadia em guinar a criação musical para algo menos jazzístico-clássico, uma espécie de antônimo de Frank, o seu primeiro álbum.

A própria cantora, em entrevistas posteriores, disse que não queria seguir na mesma pegada do jazz “puro”, com acordes mais complexos, harmonias que precisavam de maior cuidado, retoques e revisões. Sua intenção era trazer algo mais despojado, mais… “popular”, e por isso mesmo percebemos que Back to Black se aproxima de ritmos, tons e melodias realmente mais diretas, embora ainda traga um excelente trabalho de musicalização.

O mix de estilos e a maior liberdade que Winehouse teve para trabalhar fez de Back to Black um grande acerto musical. Seus produtores permitiram maiores experimentações e até apoiaram o trilha mais soul/R&B que a cantora propunha. Também as composições sofreram uma sensível alteração. Enquanto o tom quase prepotente (alguns geniais) das letras de Frank apontavam para uma independência feminina em relação ao homem e uma “pouca importância” dada ao relacionamento; em Back to Black, o tom é de uma amargura genuína, algo vindo da vida pessoal da artista, que acabara de terminar um relacionamento e esteve, em meados de 2005, com sérios problemas relacionados a drogas pesadas e álcool.

Essa postura nada defensiva e mais ousada se faz sentir em todo o álbum. Já de início, o grande single do disco, Rehab, é uma canção visivelmente pessoal e impossível de não “viciar” que a ouve. Ritmo, cadência de notas, forte realismo e melodia tornaram Rehab um verdadeiro hit musical, e certamente serviu como cartão de visitas para a venda do disco, que em pouco tempo já era um dos maiores sucessos no Reino Unido, voltando ao topo de venda em 2011, quando a cantora morreu, aumentando também o número de downloads e alcançando o primeiro lugar no iTunes em diversos países.

Temos em seguida o pessimismo melódico e a verdade nua e crua de You Know I’m no Good, que apesar de maravilhosamente bem cantada traz algo na letra algo que pode ser contestado por muitos fãs de certos Bonds: uma citação elogiosa a Roger Moore.


Me and Mr Jones tem a cara de r&b dos anos 50-60, com vocal feminino durante toda a canção e forte toque na marcação de ritmos, mesmo com instrumentos melódicos. Just Friends foi um dos hits do álbum e uma das canções mais seguras, mais simples e mais poderosas. Na voz de Amy Winehouse a mensagem e a própria música tornaram-se ainda mais interessantes e chamativos. Assim é o caso de Back to Black, a música-título do álbum. Não se trata de algo simples como Just Friends, mas traz o meso poder na voz e a mesma potência musical encontrada em Rehab - mais compassada, dissonante e com vocal acompanhando alguns trechos.

Love is Losing Game se opõe a Tears Dry on Their Own. Duas canções com composições absolutamente fantásticas (embora eu goste muito mais da letra da primeira, por considerá-la mais poética) e com visões ou posições diferentes – talvez também momentâneas – em relação ao amor. No caso de Tears Dry, temos uma mudança no final, com tons ascendentes e maior exposição vocal da cantora. Wake Up Alone é outra canção musicalmente simples, onde o verdadeiro trabalho está na voz da intérprete, que no refrão volta com o vocal de acompanhamento, mais uma vez lembrando o soul sessentista.

O mesmo clima intimista é visto em Some Unholy War, uma canção bastante subestimada e que a cantora gostava bastante, tanto que sempre caprichava nos arranjos em suas performances na TV ou acústicas (para a BBC) quando ia cantá-la. He Can Only Hold Her é o tipo de música que eu chamo de “fim de álbum”, não no sentido negativo que parece, mas como um elogio mesmo, por ser bem escolhida para a posição, pela letra e composição musical, que fecha o ciclo melódico apresentado em todo o disco.

Back to Black também foi a sensação do 50º Grammy Awards, levando os prêmios de Gravação do Ano (Rehab), Canção do Ano (Rehab), Artista Revelação (Amy Winehouse), Melhor Álbum Pop e Melhor Interpretação Vocal Feminina (Rehab - Amy Winehouse).

Antes da morte de Amy Winehouse, muitos críticos de música e mesmo outros analistas falavam da promessa que a artista fizera: após a recaída que teve em seguida ao lançamento de Back to Black, conseguir se livrar das drogas, ter um filho e então gravar um álbum que ela já estava preparando. Hoje, ficamos imaginando o que poderia vir em seguida. Com o lançamento do primeiro álbum póstumo da cantora, Lioness: Hidden Treasures, tivemos contato com outras gravações suas, demos de canções que entraram com outro arranjo para Frank ou Back to Black, e algumas inéditas. É de se lamentar uma perda tão grande para a música, mas nunca deixar de apreciar tão potente trabalho.

Por | Luiz Santiago

2006 | BACK TO BLACK

01 | Rehab
02 | You Know I'm No Good
03 | Me & Mr Jones
04 | Just Friends
05 | Back to Black
06 | Love Is a Losing Game
07 | Tears Dry on Their Own
08 | Wake Up Alone
09 | Some Unholy War
10 | He Can Only Hold Her
11 | Addicted

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Karma


Esquecido num sítio na periferia do Rio, o compositor, guitarrista e fundador de O Terço e do Karma, Jorge Amiden, tenta recuperar a saúde abalada pelo uso de drogas e das (pouquíssimas) viagens que fez com LSD no início dos anos 1970. "Foram muito boas, mas custei a voltar delas", diz o nosso afável Syd Barrett. Jorge é o compositor da inesquecível 'Tributo ao Sorriso' (em parceria com Hinds) e de tantas outras canções geniais do repertório de O Terço (1970 a 1971) e do Karma (1972). Era ele o principal arquiteto dos vocais harmoniosos de ambas as bandas. Além do mais, gravou um antológico LP com o Karma, participou do disco 'Sonhos e Memórias' de Erasmo Carlos e integrou a banda de Milton Nascimento. Depois, com o cérebro golpeado, se afastou dos palcos. Seguiu-se, então, um longo e indesejável ostracismo. Mas Jorge quer voltar, quer a música "viva" de volta a sua vida. E nós, órfãos de sua brilhante musicalidade, torcemos para que ele encontre o fio da meada, a luz no fim do túnel, a glória de um final fez.

Após romper com O terço, Amiden logo encontrou novos parceiros. Com Luiz Mendes Junior (violão e vocal) e Alen Cazinho Terra (baixo e vocal), irmão de Renato Terra, o guitarrista daria início a sua trajetória de pouco mais de um ano como líder do Karma. Ramalho Neto, da RCA, não teve dúvidas em contratar a banda antes mesmo de ouví-la. Reconhecia o talento de Amiden e antevia um belo disco do Karma para a RCA.

E foi o que aconteceu. Pouco tempo depois, a RCA distribuía na praça o LP homônimo do Karma, uma obra antológica que merece constar de qualquer lista dos melhores discos da história do rock brasileiro. Com uma sonoridade predominantemente acústica servindo de base para a primorosa vocalização do trio, 'Karma' é recheado de canções brilhantes, como 'Do Zero Adiante' (Amiden e Mendes Junior), 'Blusa de Linho' (Amiden e Rodrix) e a revisitada 'Tributo Ao Sorriso' (Amiden e Hinds). Esta, levada quase até seu final em a capela, servia para realçar ainda mais a força vocal do conjunto. Vale destacar a participação do baterista Gustavo Schroeter (então integrante da Bolha), que ajudou a abrilhantar o disco com sua batida sempre consistente, arrojada e precisa.

E foi com Gustavo na bateria que o Karma fez o show de lançamento do disco no Grajaú Tênis Clube. Lamentavelmente, este pequeno tesouro concebido por Amiden jamais foi reeditado. Possivelmente hiberna nos arquivos da RCA desde o seu lançamento, em 1972, como hibernam tantas outras obras importantes nos arquivos das gravadoras brasileiras.

Em sua curta vigência sob a liderança de Amiden, o Karma ainda participou do VII Festival Internacional da Canção Popular, em setembro de 1972. Foi quando defendeu 'Depois do Portão' (Amiden e Mendes Junior). Em 1973, nos primeiros meses do ano, durante um show no Clube de Regatas Icaraí, em Niterói, depois de misturar bebida com drogas, Amiden perde o controle do próprio cérebro. O solo de guitarra parece interminável... Depois, sentado à beira da praia com Mário, se perde em plano existencial paralelo, vagando inseguro e solitário pelo lado escuro da lua.

Jorge só encontra a saída do enovelado e desconhecido labirinto no dia seguinte, quando percebe que o mundo não é mais o mesmo, o Karma não é mais o mesmo, a música não é mais a mesma...E nem sua vida seria mais a mesma. Dos palcos, se afasta...para na calma do tempo, quem sabe uma luz como guia, em dado momento, conceda algum dia seu retorno sereno.

Por | Som Barato

1972 | KARMA

01. Do Zero Adiante
02. Blusa de Linho
03. Você Pode Ir Além
04. Epílogo
05. Tributo ao Sorriso
06. O Jogo
07. Omissão
08. Venha Pisar na Grama
09. Transe Uma
10. Cara e Coroa

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

A Bolha


A Bolha foi uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome The Bubbles. Participou ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e de TV que existia na capital carioca naquela época. No início tocavam apenas covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias e chegaram a gravar dois álbuns, em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978, mas voltaram a ativa em 2004, chegando a gravar um novo álbum, para então pararem novamente.

Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos. Seus integrantes deram origem ou integraram várias bandas que fariam sucesso na década de 1970 e na década seguinte como Bixo da Seda, Herva Doce, A Cor do Som, Roupa Nova e Hanói-Hanói.

Criada em 1965 pelos irmãos César e Renato Ladeira, filhos da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira, que tocavam guitarra solo e ritmo, respectivamente, juntamente com Ricardo no baixo e Ricardo Reis na bateria. A participação de Ricardo no baixo durou apenas algumas semanas devido a diferenças de visão sobre a banda. Lincoln Bittencourt foi recrutado para o baixo e, com essa formação, são convidados pela gravadora Musidisc a registrar um compacto simples com duas versões de músicas de sucesso: Não Vou Cortar o Cabelo, versão de "Break It All" da banda uruguaia Los Shakers, no lado A e Por Que Sou Tão Feio, versão do hit "Get Off Of My Cloud" dos Rolling Stones, no lado B. O convite se deu nos bastidores da gravação de um programa de TV e o compacto que se seguiu não fez muito sucesso devido a falta de divulgação por parte da gravadora e da banda.

Em 1968, são convidados por seu amigo Márcio Greyck para serem a banda de apoio na gravação de um álbum. O álbum é lançado em agosto de 1968 e abre portas para a banda, gerando o interesse da PolyGram em lançar um compacto com versões de duas canções dos Beatles extraídas do álbum branco, Ob-La-Di, Ob-La-Da e Honey Pie.3Esse compacto, assim como outros gravados entre 1966 e 1969 para as gravadoras Musidisc e PolyGram, não foi lançado na época, vindo a luz apenas em 2010 através de uma coletânea lançada no mercado europeu pela Groovie Records.

Ainda em 1968, César decide deixar a banda para se dedicar aos estudos, abandonando a carreira artística. Também Lincoln e, posteriormente, Ricardo deixariam a banda. Para o lugar deles, entram na banda Pedro Lima na guitarra solo, Arnaldo Brandão no baixo e Johnny na bateria. Com essa formação, o som da banda fica mais pesado, passeando por Cream, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e Black Sabbath mas, ainda assim, continuam como uma das grandes sensações do circuito de bailes de fim de semana carioca, chegando a tocar para mais de cinco mil pessoas.

César Ladeira, que havia deixado a banda em 1968, passou a estudar cinema e trabalhar junto com o avô, o diretor Adhemar Gonzaga, como assistente de direção. César, então, chama o The Bubbles para tocar no filme Salário Mínimo, de 1970. A banda participa com a canção de abertura do filme, dublando outra em uma cena e, ainda, com uma canção que toca numa boate em outra cena, todas de autoria do guitarrista Pedro Lima. Em 1970 ainda ocorreria mais uma mudança de formação: Johnny sai e dá lugar a Gustavo Schroeter na bateria.

Em 1970, foram convidados por Jards Macalé para acompanhar Gal Costa em um show que ela iria fazer na boate Sucata. O show tinha cenário de Hélio Oiticica, contava com a participação de um naipe de metais e de grandes músicos, como: Naná Vasconcelos, Márcio Montarroyos, Íon Muniz e Zé Carlos. A recepção de público e crítica para a banda foi excelente, sendo classificada, anos depois, como "inesperada" por Renato Ladeira.

Este sucesso renderia um convite para que Pedro, Arnaldo e Gustavo acompanhassem Gal em apresentações ao vivo e aparições na TV em Portugal, como o programa de Raúl Solnado gravado no teatro Monumental de Lisboa. Depois do programa, os três acompanharam Gal Costa até Londres para visitar Caetano Velloso e Gilberto Gil que estavam exilados e morando na capital inglesa. Ficaram uns dias na casa de um brasileiro que conheceram por lá, até se encontrarem todos de novo para participar do Festival da Ilha de Wight. Foram todos para assistir aos shows, mas, no acampamento do local, faziam jams acústicas que chamavam a atenção de todos a volta. Gustavo gravava tudo com um gravador de bolso e, um dia, Pedro pegou as fitas e mostrou para o pessoal da organização do festival. Todos foram convidados para tocar em um dos palcos alternativos ao principal, de forma acústica mesmo. Assistiram a The Who, The Doors, Sly and the Family Stone, Ten Years After (grupo de Alvin Lee), Chicago, Jethro Tull e Jimi Hendrix. Ainda passariam por Paris alguns dias depois e veriam Rolling Stones e Eric Clapton.

Após essa experiência na Europa, os três voltam para o Brasil e contam para Renato a decisão de seguir outro caminho, fazer música própria, em português, e parar de fazer covers e versões já que, segundo Gustavo, "não dava para fazer igual" a esses caras. Passam a compor e ensaiar um novo repertório, próprio, e mudam o nome para A Bolha. Emblemático foi um show que fizeram logo que voltaram do festival (no ginásio do clube Tamoios em Niterói ou no Clube Mauá em São Gonçalo), no qual tocaram apenas o repertório próprio e o público foi saindo no decorrer do show. A partir desse evento decidem fazer uma mudança mais paulatina, inserindo músicas próprias no repertório antigo.

O primeiro grande teste para o novo repertório foi a participação da banda no Festival de Verão de Guarapari, em fevereiro de 1971. A apresentação deles, assim como todo o festival, foi recheada de problemas. A mesa de som foi instalada atrás do palco, houve problemas com o governo militar da época e a banda experenciou problemas com os técnicos de som que desligavam o som toda vez que Renato Ladeira girava o microfone imitando o Roger Daltrey do Who.

Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo LP de Leno. Este produtor era ninguém menos do que Raul Seixas que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum Vida e Obra de Johnny McCartney, que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.

Ainda em 1971, participam do VI Festival Internacional da Canção defendendo a música 18:30 de Eduardo Souto Neto e Geraldo Carneiro. Como era comum na época, era lançado um compacto com as músicas concorrentes no festival e a banda aproveitou e incluiu Sem Nada no lado A e ainda Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô no lado B. O compacto foi lançado pela gravadora Top Tape. Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: Zoilógico e Vapor Barato.

Após quase um ano sem tocar em lugar nenhum, em 1973 lançam seu primeiro álbum, Um Passo à Frente, pela gravadora Continental. O álbum traz músicas com um toque mais progressivo, chegando algumas a ter dez minutos de duração. O álbum não foi bem recebido pelo público, tendo vendagem pequena.

No ano seguinte, participam da gravação do primeiro compacto duplo de Raul Seixas com Não Pare na Pista, Trem das Sete, Como Vovó já Dizia e Se o Rádio Não Toca, tocando em Não Pare na Pista e Como Vovó já Dizia. Como as coisas esfriaram e ficaram meio fracas, Gustavo Schroeter foi para o Veludo e Arnaldo Brandão saiu da banda. Entram Serginho Herval, na bateria, e Roberto Ly, no baixo. Com esta formação, participam do festival Banana Progressiva, em 1975. Ainda em 1975, Renato Ladeira deixa a banda para tocar no Bixo da Seda e para o seu lugar é escolhido Marcelo Sussekind.

Em 1977 gravam o seu segundo disco, É Proibido Fumar cujo som marca uma volta ao rock clássico e ao hard rock, mais próximo do som da Jovem Guarda. Renato Ladeira participaria do disco apenas como compositor. A seguir realizam uma turnê abrindo para Erasmo Carlos sendo que, na sequência, tocavam como banda de apoio do artista. Esta turnê contou com a volta de Renato Ladeira nos teclados, tornando a banda um quinteto. Durante a turnê a banda grava o álbum novo de Erasmo, Pelas Esquinas de Ipanema, que sairia em julho de 1978. Logo após o fim da turnê, a banda encerra as suas atividades.

Vários componentes de A Bolha tocaram com músicos famosos da MPB, como Caetano Veloso e Raul Seixas. Além disso outros grupos surgiram a partir da desfragmentação, como A Cor do Som, Herva Doce, Outra Banda da Terra (que acompanhou Caetano Veloso), Roupa Nova e Hanói-Hanói, entre outros.

Em 2004, o diretor José Emílio Rondeau convidou Renato Ladeira para ser diretor artístico do seu novo filme, 1972. Renato mostrou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70 e o diretor se interessou, então ele chamou seus velhos companheiros de banda para gravarem aquelas músicas para o filme. Da reunião acabou surgindo a vontade de gravar um novo disco com aquele material e mais alguns covers, gerando o álbum É Só Curtir, de 2006, pela gravadora Som Livre. Apesar do lançamento do disco, a banda não chegou a sair em turnê.

Em 2010, saiu uma coletânea com todos os singles da banda no mercado europeu, tanto os dois lançados como outros que apenas foram gravados, The Bubbles - Raw and Unreleased, pela Groovie Records

Texto | Wikipédia

1973 | UM PASSO À FRENTE

01. Um Passo A Frente
02. Razão de Existir
03. Bye My Friend
04. Epitáfio (Epitaph)
05. Tempos Constantes
06. A Esfera
07. Neste Rock Forever
08. 18.30 - Parte I (Bonus)
09. Os Hemadecons Cantavam Em Coro (Bonus)

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1977 | É PROIBIDO FUMAR

01. Deixe Tudo de Lado
02. Difícil é Ser Fiel
03. É Proibido Fumar
04. Estações
05. Sai do Ar
06. Consideração
07. Torta de Maçã
08. Luzes da Cidade
09. Clímax
10. Vem Quente Que Eu Estou Fervendo
11. Talão de Cheques

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2006 | É SÓ CURTIR

01. É Só Curtir
02. Não Sei
03. Cinema Olimpia
04. Sem Nada
05. Sub Entendido
06. Não Pare na Pista
07. Matermatéria
08. Cecília
09. Você Me Acende (You Turn Me On)
10. Rosas
11. Desligaram os Meus Controles

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2010 | RAW AND UNRELEASED

01. Não Vou Cortar O Cabelo (Break It All-Stereo 66)
02. Porque Sou Tão Feio (Get Off My Cloud-Stereo 66)
03. Trabalhar (For Your Love-66)
04. Ob-La-Di, Ob-La-Da (68)
05. Honey Pie (68)
06. Get Out Of My Land (Salario Minimo Ost-69)
07. The Space Flying Horse And Me (Salario Minimo Ost-69)
08. Não Vou Cortar O Cabelo (Break It All-Mono 66)
09. Porque Sou Tão Feio (Get Out Of My Cloud-Mono 66)
10. Trabalhar (For Your Love-66)
11 - Sem Nada (A Bolha-71)
12. Os Hemadecons Cantavam Em Coro Chôôôô (A Bolha-71)

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Linn County

Linn County foi formado em 1968 no Condado Linn, Iowa, EUA, com o nome “Linn County Blues Band”. A formação inicial da banda contava com Stephen Miller (órgão e vocal), Fred Walk (guitarra e sitar), Larry Easter (saxofones e flauta), Dino Long (baixo) e Ray “Snake’ McAndrew (bateria).

Em 1968 a banda assinou com a Mercury Records, se mudaram para San Francisco, Califórnia, e mudaram o nome para “Linn County”. Pela Mercury eles gravaram seu debut, “Proud Flesh Soothseer” e tocaram junto com bandas como Albert King, Led Zeppelin, Sly & the Family Stone, Eric Burdon & the Animals e Ten Years After.

No ano seguinte lançaram seu segundo disco “Fever Shot”, uma mistura de Blues, Hard, Soul e Jazz, destaque para faixa título e para a viajada “Suspended”. Logo após, a banda trocou a Mercury pela Philips, lançando por este selo seu álbum final “Till The Break Of Dawn”, com Clark Pierson na bateria, e que conta com uma vibrante releitura de “Boogie Chillen” de Jonh Lee Hooker.

Por | Alex Sala & João Lucas

1968 | PROUD FLESH SOOTHSEER

01 | Think
02 | Lower Lemons
03 | Moon Food
04 | Cave Song
05 | Protect And Serve/Bad Things
06 | Fast Days

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1969 | FEVER SHOT

01 | Girl Can't Help It
02 | Elevator Woman
03 | Too Far Gone
04 | Suspended
05 | Fever Shot
06 | Lonely Avenue
07 | Ground Hog Blues

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1970 | TILL THE BREAK OF DAWN

01 | Tell The Truth
02 | Monkey Man
03 | TV Free
04 | Wine Take Me Away
05 | Next Time You See Me
06 | Let The Music Begin
07 | Black Nights
08 | Boogie Chillun
09 | Further Up Till The Break

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Terreno Baldio


Considerado por muitos como o Gentle Giant brasileiro, o Terreno Baldio é um dos mais importantes grupos nacionais no estilo. Formado no início dos anos 70, o grupo estréia em 1975 com "Terreno Baldio", que sai pela gravadora Pirata em tiragem de 3000 cópias.

As fitas-master do álbum desapareceriam nesta mesma época impedindo novas prensagens. O grupo lançaria ainda mais um álbum, "Além das lendas...", antes de debandar, em 1978. Interessante o fato do tema do LP ter sido uma imposição da gravadora para fechar o contrato. A formação era ligeiramente diferente, com Ayres Braga (ex-Joelho de Porco) no lugar de Ascenção.

O Terreno voltaria a se reunir em 1993 para regravar o primeiro LP, dessa vez em inglês, para um (re)lançamento pela Progressive Rock Worldwide (com direito a faixas-extras). Ou seja, trata-se, na verdade, de um terceiro dico do grupo. A formação do Terreno "versão 93" é Kurk, Mello e Lazzarini.

1975 | TERRENO BALDIO

01 | Pássaro azul
02 | Loucuras de amor
03 | Despertas
04 | Água que corre
05 | A volta
06 | Quando as coisas ganham vida
07 | Este é o lugar
08 | Grite

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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Pannonia Allstars Ska Orchestra


Pannonia Allstars Ska Orchestra ou P.A.S.O. é uma banda de ska húngara formada em Budapeste em 2003. A banda faz uma fusão do reggae e ska jamaicanos com elementos de jazz e música tradicional húngara.

Feel the Riddim! é o quarto álbum da banda e foi lançado em 2009.


2009 | FEEL THE RIDDIM!

Hungarian Dish
Do The Rocka Style
Baw Out Fi We
Miu Miújság? feat, Harcsa Veronika
Budapest
Pon Di Corner
Big Bamboo
Vampires
River Of Life
Lucky Vacation
What Is Our Love For?
Skattila
New Generation
Tell It On The Mountains, feat. Sena
Rank With We
Melodica Man
Backstage Dub

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