A Horse With No Name

cavalo

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Django Reinhardt

O guitarrista Django Reinhardt utilizou da sua ascendência cigana para se tornar o primeiro músico de jazz aclamado vindo da Europa. Nascido em 23 de Janeiro de 1910, em Liverchies, na Bélgica, Reinhardt cresceu em um acampamento cigano fora de Paris. Ele estudou violino, e depois um violão-banjo. Por volta de seus 13 anos, ele já era bom o bastante para tocar em Paris, e em 1922 ele começou a trabalhar profissionalmente.

Mas em 1928, um fogo na caravana mutilou os primeiros dois dedos da sua mão esquerda. Apesar da limitação, Reinhardt se reabilitou, desenvolvendo uma revolucionária técnica de dois dedos. Por volta de 1930, Reinhardt voltou a tocar, dessa vez em cafés no Montmarte enquanto absorvia o jazz das gravações americanas de Louis Armstrong, Duke Ellington, Joe Venuti e do violonista americano Eddie Lang.

Em 1934 ele conheceu o violinista Stephane Grappelli, com quem ele fundou o quinteto “Hot Club of France". O grupo alcançou aclamação internacional e no espaço de um ano gravou mais de 100 discos, incluindo sucessos do jazz, como "Dinah", "Tiger Rag", "Lady Be Good","Stardust" e "St. Louis Blues".

Entre os sucessos da dupla Reinhardt-Grappelli, estão "Djangology", "Minor Swing", “Bricktop", "Swing 39" e o hit internacional, "Nuages". Os críticos ignoraram o trabalho na época, mas agora os consideram clássicos. Muitos americanos que vieram para a Europa tocar com Reinhardt que se vestia como um príncipe cigano para lhe dar um ar de distinção.

Reinhardt se tornou rapidamente o jazzista mais importante da Europa, um fato que agitou muitos músicos americanos. Reinhardt tocou com o Quinteto até 1939, quando Grappelli se mudou para Londres para escapar da Segunda Guerra Mundial. Reinhardt viajou ao redor da Europa e África para fugir dos alemães, tocou em grandes bandas e formou um quinteto novo com o clarinetista Hubert Rostaing; Ele também compôs trabalhos sinfônicos e fez a trilha sonora para um filme de 1946, “Le Village De La Colere”.

Reinhardt fez um tour pelos Estados Unidos com Ellington em 1946, onde ele tocou com um violão amplificado pela primeira vez. Reinhardt voltou para a Europa desiludido com os Estados Unidos, e mudou o seu interesse para o bebop. Ele passou os anos restantes em Samois, França, tocando guitarra, viajando e gravando com um quinteto novo, que às vezes tinha a presença de Grappelli.

Reinhardt será lembrado por desenvolver uma voz de solo sem igual, forjada em raízes ciganas, contendo uma desenvoltura melódica combinada a um talento romântico. Reinhardt morreu de infarto no dia 16 de maio de 1953 em Fontainebleau, França.

1999 | DJANGO REINHARDT
Essential Masters of Jazz


01. Minor Swing
02. Saint-Louis Blues
03. Djangology
04. I'll See You In My Dreams
05. Swing Guitars
06. Bouncin' Around
07. Mystery Pacific
08. Sweet Chorus
09. Daphne
10. You Rascal You
11. Honeysuckle Rose
12. Nocturne
13. Sweet Georgia Brown
14. Charleston
15. Souvenirs
16. Viper's Dream
17. Nuages
18. Swing 39
19. Appel Indirect
20. Improvisation

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domingo, 26 de novembro de 2017

The Cranberries


The Cranberries é uma banda de rock formada em Limerick, Irlanda, em 1989. O grupo é formado pela vocalista Dolores O'Riordan, o guitarrista Noel Hogan, o baixista Mike Hogan e o baterista Fergal Lawler. Embora amplamente associado com o rock alternativo, o som da banda também incorpora indie pop, post-punk, folk e elementos de dream pop.

O Cranberries ganhou fama internacional nos anos 90 com seu álbum de estreia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?, que se tornou um sucesso comercial após ganhar atenção da mídia nos Estados Unidos. Foi uma das bandas de rock mais bem sucedidas dos anos 90 e vendeu mais de 40 milhões de álbuns em todo o mundo.

A banda alcançou quatro top 20 álbuns na Billboard 200 (Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?, No Need to Argue, To the Faithful Departed e Bury the Hatchet) e oito top 20 singles na Modern Rock Tracks "Linger", "Dreams", "Zombie", "Ode to My Family", "Ridiculous Thoughts", "Salvation", "Free to Decide" e "Promises").

No início de 2010, após um hiato de seis anos, o Cranberries se reuniu e começou uma turnê norte-americana, seguida por shows na América Latina e Europa. Em abril e maio de 2011, gravou seu sexto álbum de estúdio, Roses, lançado em fevereiro de 2012. Após o lançamento de Roses, a banda entrou em uma nova turnê, a qual passou pela Ásia e Oceania.

Noel e Mike Hogan, dois irmãos de Limerick, criaram a banda em 1989 e poucos meses depois, Fergal Lawler entra para o projeto cujo nome original era The Cranberry Saw Us, o saw us fazendo um trocadilho com sauce, molho em inglês (vale lembrar que cranberry é uma fruta típica da ilha irlandesa, no Brasil essa fruta é conhecida como oxicoco). Dolores O'Riordan fez o teste e ganhou o papel de vocalista principal, compondo a letra de "Linger". Sua voz é um elemento importante da sonoridade da banda.

Sua fita demo feita em casa teve bom resultado localmente e a banda logo gravou uma fita demo que ganhou muito interesse popular e da crítica. Após uma variedade de ofertas de gravadoras, decidiram assinar com a Island Records. Após um single inicial de pouco sucesso, abandonaram seu empresário. Seu segundo single, "Linger", e álbum de estréia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?, tornou-se um grande sucesso nos Estados Unidos e logo depois no Reino Unido. O single "Dreams" também tornou-se um sucesso, alcançando a 14ª posição nas paradas dos EUA.

Em 1994, O'Riordan casou-se com Don Burton, o gerente de turnê da banda. A posição de O'Riordan como líder da banda estava causando tensões dentro do grupo enquanto gravavam No Need to Argue, outro álbum de sucesso que incluía "Zombie", um protesto sobre a violência entre extremistas protestantes e católicos na Irlanda do Norte na época do conflito norte-irlandês. O álbum trouxe à banda imensa popularidade na Europa e Estados Unidos.


No meio de boatos sobre a iminente saída de O'Riordan da banda, o álbum To the Faithful Departed foi lançado, que vendeu bem apesar da crítica não ter gostado e também não atingiu o mesmo sucesso do álbum anterior. Nos próximos anos, a banda cancelou uma grande turnê programada e boatos de uma separação surgiram novamente. Eles lançaram Bury the Hatchet, com opiniões variadas da crítica, em 1999.

Em 2001, lançaram Wake Up and Smell the Coffee recebendo opiniões como "a magia está de volta". O álbum estreou na 46ª posição nas paradas dos EUA. A banda parecia estar de volta.

Uma coletânea de grandes sucessos, Stars - The Best of 1992-2002 foi lançada em 2002, junto de um DVD com os videoclipes da banda.

No entanto, em 2003 a banda anunciou que iria tomar algum tempo para suas carreiras individuais. Mais cedo naquele ano, O'Riordan tinha cantado a canção principal do filme A Paixão de Cristo, "Ave Maria", e tinha até composto uma canção para o filme Evilenko. O novo projeto de Noel Hogan é Mono Band. Em maio de 2007 foi lançado o álbum Are You Listening?, escrito integralmente por Dolores O'Riordan. As doze faixas são descritas por Dolores como um registro de suas experiências nos últimos anos, um diário íntimo transformado em canções.

Após a turnê de Dolores O'Riordan pelo mundo ao longo de sete meses e das novas produções da banda Arkitekt (Noel Hogan), o antigo produtor do The Cranberries, Stephen Street, decidiu lançar um álbum com músicas gravadas durante o ano de 2003 para o sétimo álbum do grupo, fato que não ocorreu devido a pausa dos integrantes no mesmo ano.

O próximo álbum então foi colocado em espera, após doze anos de turnês e promoção, com a venda total de álbuns da banda excedendo 42 milhões.

Em 27 de fevereiro de 2012, após 10 anos sem nenhum trabalho lançado, a banda lança Roses, seu sexto trabalho de estúdio, pela Downtown Records/Cooking Vinyl nos Estados Unidos e em Cooking Vinyl mundial. O álbum foi produzido por Stephen Street e gravado em maio de 2011 em Toronto e Londres. O primeiro single do álbum foi "Tomorrow".

Texto |

1993 | EVERYBODY ELSE IS DOING IT, SO WHY CAN'T WE?

01. I Still Do
02. Dreams
03. Sunday
04. Pretty
05. Waltzing Back
06. Not Sorry
07. Linger
08. Wanted
09. Still Can't...
10. I Will Always
11. How
12. Put Me Down

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1994 | NO NEED TO ARGUE

01. Ode to My Family
02. I Can´t Be With You
03. Twenty One
04. Zombie
05. Empty
06. Everything I Said
07. The Icicle Melts
08. Disappointment
09. Ridiculous Thoughts
10. Dreaming My Dreams
11. Yeat´s Grave
12. Daffodil Laments
13. No Need to Argue

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1996 | TO THE FAITHFUL DEPARTED

01. Hollywood
02. Salvation
03. When You're Gone
04. Free To Decide
05. War Child
06. Forever Yellow Skies
07. Rebels
08. I Just Shot John Lennon
09. Electric Blue
10. I'm Still Remembering
11. Will You Remember
12. Joe
13. Bosnia

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1999 | BURY THE HATCHET

01. The Cranberries
02. Loud And Clear
03. Promises
04. You And Me
05. Just My Imagination
06. Shattered
07. Desperate Andy
08. Saving Grace
09. Copycat
10. What's On My Mind
11. Delilah
12. Fee Fi Fo
13. Dying In The Sun
14. Sorry Son

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2001 | WAKE UP AND SMELL THE COFFEE

01. Never Grow Old
02. Analyse
03. Time Is Ticking Out
04. Dying Inside
05. This Is The Day
06. Concept
07. Wake Up And Smell The Coffee
08. Pretty Eyes
09. I Really Hope
10. Every Morning
11. Do You Know
12. Carry On - Dolores O'riordan
13. Chocolate Brown
14. Salvation
15. In The Ghetto

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2002 | STARS - THE BEST OF 1992-2002

01. Dreams
02. Linger
03. Zombie
04. Ode To My Family
05. I Can’t Be With You
06. Ridiculous Thoughts
07. Salvation
08. Free to Decide
09. When You’re Gone
10. Hollywood
11. Promises
12. Animal Instinct
13. Just My Imagination
14. You And Me
15. Analyse
16. Time Is Ticking Out
17. This Is The Day
18. Daffodil Lament
19. New New York
20. Stars

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2012 | ROSES
(Special Benelux Edition)


CD 1 | ALBUM
01. Conduct
02. Tomorrow
03. Fire & Soul
04. Raining In My Heart
05. Losing My Mind
06. Schizophrenic Playboy
07. Waiting In Walthamstow
08. Show Me
09. Astral Projections
10. So Good
11. Roses

CD 2 | LIVE IN MADRID
01. Analyse
02. Animal Instinct
03. How
04. Linger
05. Dreaming My Dreams
06. When You're Gone
07. Wanted
08. Salvation
09. Desperate Andy
10. I Can't Be With You
11. Ode To My Family
12. Free To Decide
13. Ridiculous Thoughts
14. Zombie
15. Shattered
16. Promises

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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Lester Young

O saxofonista tenor Lester Young ganhou notoriedade na primeira banda de Count Basie no final da década de 30, mostrando ao mundo do jazz algo ainda não imaginado: nem todos os tenores tocavam como Coleman Hawkins; e além do mais, apresentando uma nova forma de tocar swing. Utilizando a mesma base harmônica e rítmica de seus contemporâneos, Young introduzia um novo som e um sentido de tempo e movimento mais cool, criando uma alternativa de tocar que influenciaria toda uma geração de metais.

Young nasceu a 27 de agosto de 1909, em Woodville, Mississipi, e passou seus primeiros anos em torno de New Orleans. Pertencia a uma família musical por profissão e excursionava pelo sul com a banda familiar liderada pelo seu pai, Willis Young. Quando tinha 13 anos, Young já tocava violino, trompete e bateria quando se decidiu pelo saxofone. Entre 1927 e 1935 ele tocou em muitos grupos regionais, mas por breves períodos, inclusive nas bandas de King Oliver e Fletcher Henderson, onde provou que não poderia tocar como Hawkins.

Kansas City se tornou seu lar, e lá trabalhava na banda de Bennie Moten quando teve seu encontro com Basie. Em Chicago esses dois gênios ao gravarem "Lady Be Good" com um pequeno grupo, formaram uma parceria que iria durar anos e render frutos generosos para a história do jazz. O coração de Young está presente em todos os primeiros trabalhos feitos com a banda de Basie para a Decca e a Columbia.

Quando a guerra acabou,Young começou sua carreira de freelancer e continuaria com ela atá a sua morte. Ele participou de várias excursões do “Jazz At The Philharmonic” e gravando primeiro para a Aladdan e Savoy, depois para a Clef e Verve, que são os selos de Norman Granz, que foi o produtor da maioria de seus trabalhos finais. O melhor dele está em “Pres And Teddy” e “Jazz Giants 56”, ambos de janeiro de 1956.

A sua obra do pós-guerra é avaliada de uma forma muito controversa. Muitos consideram que seu estilo de fraseados curtos não foi revitalizado; outros consideram que esses são os anos do declínio, onde sua música foi alterada devido ao alcoolismo, drogas e à sua problemática vida emocional. Young faleceu em 15 de março de 1959, em New York, logo após de voltar de Paris, onde tinha gravado seu último álbum (Lester Young in Paris, Verve).

1999 | LESTER YOUNG
Essential Masters of Jazz

01. Lester Leaps In
02. Taxi War Dance
03. Blue Lester
04. Shoe Shine Swing
05. I'll Never Be the Same
06. Texas Shuffle
07. You Can Depend on Me
08. Body and Soul
09. I Got Rhythm
10. Jive at Five
11. Ghost of a Chance
12. Lester Leaps Again
13. Dark Rapture
14. Countless Blues
15. Sometimes I'm Happy
16. Destination K.C.
17. These Foolish Things
18. Oh, Lady Be Good
19. D.B. Blues
20. Back to the Land

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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

King Crimson


DISCIPLINE, BEAT, THREE OF A PERFECT PAIR

DISCIPLINE | Após o encerramento de atividades do King Crimson em 1974, o fundador e guitarrista Robert Fripp não pretendia voltar com a banda. Em 1981, ele planejou uma banda com o baterista Bill Bruford (da formação de 1974 do King Crimson), o baixista Tony Levin e, como prova de sua intenção de rumos totalmente diferentes daqueles levados com o King Crimson, admitiu um segundo guitarrista, Adrian Belew (que também assumiu os vocais), sendo que até então Fripp jamais tinha tocado com um segundo guitarrista. A banda se chamaria Discipline.

Nos ensaios, Fripp percebeu semelhanças entre a sonoridade do Discipline e do King Crimson. Entrando em concordância com os outros membros, Fripp decidiu que a "nova" banda seria uma nova fase do King Crimson.

Belew, vindo do Talking Heads, influenciou a sonoridade da banda, que ficou próxima do new wave, mas ainda mantendo as características do King Crimson.

Cada estrofe de "Elephant Talk" apresenta sinônimos para conversar, cada qual apresentando as palavras com uma letra: a, b, c, d e e. Elephant Talk viria a ser o título de um newsletter da banda, do qual Fripp ocasionalmente faz parte.

A versão original de "Matte Kudasai" trazia uma parte de guitarra de Robert Fripp que foi removida. Essa versão viria a ser lançada como faixa-bônus de edições posteriores do CD de Discipline, com o título "Matte Kudasai (alternate version)".

Matte Kudasai significa "espere por mim" em japonês.

A letra de "Indiscipline" foi baseado em uma carta escrita por Adrian Belew para sua esposa na época, Margaret Belew. O objeto misterioso pelo o qual o personagem da letra esta obcecado seria uma escultura que ela fez.

Na primeira vez em que "Thela Hun Ginjeet" foi executada ao vivo, partes da letra eram baseadas em uma gravação ilicita feita por Fripp de seus vizinhos tendo uma conversa agressiva, quando ele estava morando em Nova York (essa gravação foi usada na faixa NY3 de um disco solo de Fripp, Exposure). Enquanto "Thela Hun Ginjeet" estava sendo gravado para Discipline, Adrian Belew estava passeando pela Notting Hill Gate em Londres com um gravador buscando inspiração, quando foi surpreendido por uma gangue e, depois, pela polícia. Ao voltar para o estúdio, ele contou de forma descontraída aos seus colegas de banda o que acabara de lhe acontecer.

Sua fala foi gravada, e a gravação foi usada na versão de "Thela Hun Ginjeet" no Discipline, no lugar da gravação de Fripp. Versões ao vivo subsequentes usam uma versão relativamente mais longa da gravação, e algumas partes ocasionalmente são faladas diretamente por Belew.

A frase Thela Hun Ginjeet é um anagrama de "heat in the jungle", "calor na selva".

"The Sheltering Sky" vêm de um livro homônimo escrito por Paul Bowles. Bowles é freqüentemente associado à geração Beat, movimento que seria de grande influência no trabalho posterior do King Crimson, Beat. A faixa instrumental desse outro disco, Sartori in Tangier, também é inspirada por Bowles.

1981 | DISCIPLINE

01. Elephant Talk
02. Frame by Frame
03. Matte Kudasai
04. Indiscipline
05. Thela Hun Ginjeet
06. The Sheltering Sky
07. Discipline


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BEAT | Lançado em 1982. O disco continua o estilo iniciado pelo anterior, Discipline, uma mistura de rock progressivo e new wave.

O disco apresenta várias referências sobre autores e obras da geração beat. "Neal and Jack and Me" é a faixa mais obviamente inspirada pela geração beat. O Jack do título é o escritor beat Jack Kerouac, e Neal é um amigo de Jack, Neal Cassady.

O título de "Sartori in Tangier" vêm de um livro de Jack Kerouac, Satori in Paris, sendo que Paris foi substítuida por Tangier (uma cidade em Marrocos) por ser uma cidade conhecida pela grande presença de escrtiores da geração beat. "The Sheltering Sky", uma composição instrumental presente no disco anterior, têm seu título baseado em um livro homônimo do escritor Paul Bowles, constantemente associado com a geração beat. A história no livro é parcialmente localizada em Tangier.

Muitos indicam "The Howler" como sendo inspirado pelo poema Howl de Allen Ginsberg.

1982 | BEAT

01. Neal and Jack and Me
02. Heartbeat
03. Sartori in Tangier
04. Waiting Man
05. Neurotica
06. Two Hands
07. The Howler
08. Requiem

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THREE OF A PERFECT PAIR | Lançado em 1984. Os dois lados do LP original traziam uma diferença bem óbvia: o Lado A trazia faixas mais acessíveis, enquanto o Lado B têm músicas mais experimentais. Isso foi considerado como se fosse meio que uma concessão aos fãs do lado não-experimental do King Crimson, que não precisariam pular faixas exóticas em busca de músicas de assimilação mais fácil, podendo simplesmente ouvir um lado do disco.

No entanto, esse disco encerrava a trilogia new wave, constituída por Discipline, Beat e Three of a Perfect Pair, e os trabalhos posteriores viriam a enfocar o lado experimental da banda.

Após a turnê de Three of a Perfect Pair (que rendeu o vídeo Three of a Perfect Pair: Live in Japan), a banda deu uma pausa em suas atividades, retornando apenas em 1994.

1984 -THREE OF A PERFECT PAIR

01. Three of a Perfect Pair
02. Model Man
03. Sleepless
04. Man with an Open Heart
05. Nuages
06. Industry
07. Dig Me
08. No Warning
09. Larks’ Tongues in Aspic Part III

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Louis Armstrong


Texto: Clube de Jazz

"Eu tive o meu trompete, uma vida linda, uma família, o Jazz. Agora estou completo."

Um dos mais importantes músicos do século XX, o pioneiro do jazz, Louis Armstrong, nasceu em New Orleans no dia quatro de julho de 1900. Teve uma infância pobre, quase sempre cantando nas ruas por sobrevivência.

Em 1912 ele foi preso por dar tiros de pistola na festa de ano novo e portanto, conduzido a um reformatório. Apesar do infortúnio, foi nesse instituição que Armstrong aprendeu a tocar corneta e quando saiu do reformatório em 1914 ele começou a tocar nas bandas de jazz.

Como demonstrava talento, acabou nas graças do grande jazzista da época, o seu padrinho King Oliver, tocando em diversas formações, tanto em New Orleans quanto em Chicago.

No início dos anos vinte, Armstrong depois de gravar com Oliver seus primeiros discos, mudou para New York e lá trabalhou na orquestra de Fletcher Henderson. Durante esse período, Amstrong uma série de clássicos, tanto com os grupos de Henderson quanto com cantores de jazz e blues.

Através da interferência de sua mulher, a pianista Lil Hardin, Louis formou seus famosos Hot Five e Hot Seven, e durante essa época foi apelidado de "Satchmo" – abreviação de "Satchel Mouth" – devido às grande volume das bochechas obtido quando tocava trompete.

Em 1927 Armstrong trocou a corneta pelo trompete e nesse mesmo ano ele popularizou o estilo "scat" cantando "Heebies Jeebies". Com o passar do tempo, a popularidade de Armstrong cresceu muito, como seu estilo único de suingar, com sua voz grave dominando as ondas do rádio, tudo isso fazendo dele o músico de jazz mais famoso de sua época.

Em meados dos anos trinta ele fez sua primeira excursão na Europa, entre as inúmeras que realizou para difundir a cultura americana através de uma música única e vibrante. O estilo de tocar e cantar de Armstrong se tornou uma grande referência tanto para músicos quanto para cantores, como Bing Crosby e Ella Fitzgerald.

Seus poderosos solos transformaram o jazz de conjuntos que tocavam a música uniformemente para outras formações centradas nos solos e improvisos. Desafortunadamente, na metade dos anos 40, o jazz passou a ser comandado pelo bebop tornando o estilo de Armstrong ultrapassado, deixando de ser uma referência para os novos músicos.

Armstrong fundou um sextet denominado de All-Stars, um conjunto que se baseava nos estilos New Orleans e swing, grupo esse que tinha sempre a sua presença cativante e bem humorada. Continuou a excursionar com o seu grupo, como embaixador do jazz, até a sua morte ocorrida no dia seis de julho de 1971.

1999 | LOUIS ARMSTRONG
Essential Masters Of Jazz


01. West End Blues
02. Dinah
03. When It's Sleepy Time Down South
04. Weather Bird
05. Nobody Knows The Trouble I've Seen
06. Cornet Shop Suey
07. Solitude
08. When The Saints Go Marching In
09. I Can't Give You Anything But Love
10. Tight Like This
11. Lazy River
12. Willie The Weeper
13. Dear Old Southland
14. Swing That Music
15. I Wonder
16. St Louis Blues
17. Basin Street Blues
18. Stardust
19. Where The Blues Were Born In New Orleans
20. What Did I Do To Be So Black And Blue

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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tropicalia In Furs

Joel Stones, brasileiro radicado em Nova Iorque, dono da Tropicalia in Furs, loja de discos especializada em raridades psicodélicas e afins (fechada provisoriamente, segundo o próprio Joel), compilou e lançou em 2010 essa preciosidade chamada Brazilian Guitar Fuzz Bananas: Tropicalista Psychedelic Masterpieces, 1967–1976.

O disco traz 16 faixas pra lá de obscuras da lisergia garageira tupiniquim gravadas entre 1967 e 1976, de nomes conhecidos – o insano Serguei; Fábio, parceiro de Tim Maia; 14 Bis – e outros de quem nunca ouvi falar, como o sensacional Célio Balona ou a Banda de 7 Léguas.

O garimpo feito pelo cara trouxe à tona verdadeiras pérolas do rock nacional, e além de desenterrar esses artistas ele realizou um grande trabalho na versão física do álbum: tanto o CD simples quanto o vinil duplo vêm acompanhados por um livro em inglês e português, poster em 3D (com óculos) e um vídeo com comentários sobre a realização.

Então é isso. Como canta Ely Barros em “As turbinas ligadas”, ‘vamos decolar para um estranho paraíso, onde é preciso fugir da realidade…’

Essencial!

Texto retirado do blog | Pequenos Clásssicos Perdidos

2010 | BRAZILIAN GUITAR FUZZ BANANAS
Tropicalista Psychedelic Masterpieces 1967-1976


01. Célio Balona | Tema de Batman
02. Loyce e Os Gnomos | Era Uma Nota de 50 Cruzeiros
03. The Youngsters | I Want To Be Your Man
04. Serguei | Ouriço
05. Fábio | Lindo Sonho Delirante (L.S.D.)
06. Tony e Som Colorido | O Carona
07. 14 Bis | God Save The Queen
08. Banda de 7 Léguas | Dia de Chuva
09. Ton e Sérgio | Vou Sair do Cativeiro
10. Ely | As Turbinas Estão Ligadas
11. Os Falcões Reais | Ele Século XX
12. Marisa Rossi | Cinturão de Fogo
13. The Pops | Som Imaginário de Jimmi Hendrix
14. Loyce E Os Gnomos | Que é Isso?
15. Piry | Herói Moderno
16. Mac Rybell | The Lantern

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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Rodrigo Zanc


“Rodrigo Zanc, mais que um intérprete de canções, é a expressão espontânea dos sentimentos Quando canta uma canção que fala de saudade, nos vêm à tona todas as saudades que temos acumuladas no peito. Quando canta a natureza nos arremessa para campos virgens, regatos puros e límpidos como o cristal. Quando canta com alegria enche nossos lábios de sorrisos que há muito estavam encolhidos. Nos liberta das amarras emocionais, e nos faz desejar sermos felizes… Rodrigo Zanc, homem do mato, da cidade, homem das cavernas desconhecidas do nosso coração.”
Por Isaias Andrade

UM “CANTADÔ”

Araraquarense, filho de pais e avós criados no sítio, aos oito anos Rodrigo iniciou estudos de violão, por influência do avô, Juca Teixeira. Aos 17 migrou definitivamente para a viola brasileira e, desde então, amadureceu pesquisando e desenvolvendo a própria identidade: um cantador liberto de rótulos e tendências, dono de voz marcante e de enorme carisma, atributos que somados à responsabilidade e ao profissionalismo com os quais baliza a carreira, levaram-no a se tornar nome de destaque na cena musical independente.

Rodrigo canta explorando a sonoridade da viola brasileira de forma moderna e singular. Quem ouve pela primeira vez suas letras que passeiam pelos temas do cotidiano urbano e por influências rurais, prontamente torna-se admirador. Estas marcas já eram presentes e cativava plateias nos inúmeros festivais dos quais participou para tornar sua obra conhecida. Dentre eles, destacam-se cinco edições consecutivas do “Viola de Todos os Cantos” (EPTV/GLOBO), conquistando prêmios importantes.

Com o lançamento do CD “Pendenga” (2006), a carreira artística ganhou o devido impulso. Rodrigo passou a apresentar, então, uma identidade recheada de histórias, canções e “causos”, apoiada em um repertório de composições cristalinas, poéticas, com temáticas que começam na cidade e rondam o universo caipira, embaladas pelo som da viola brasileira.

Seus espetáculos, desde então, têm percorrido as inúmeras unidades dos circuitos SESC/SESI, já foram atração do CCBB (Circuito Cultural Banco do Brasil), bem como em eventos e festas promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, nos diversos municípios do interior de São Paulo.

As andanças com o primeiro disco levaram-no à Europa, em 2010. Por aqui, proporcionaram a oportunidade de dividir o palco com grandes representantes de nossa música, como Pena Branca e Zé Mulato e Cassiano.

Destas experiências, extraiu a inspiração e a motivação para lançar “Fruto da Lida”, em 2013. Álbum integralmente produzido por meio de Financiamento Coletivo (crowdfunding), conta com a participação de importantes compositores da Música Regional Brasileira e é recheado de histórias. Materializa a compilação de experiências vividas ao longo do “estradar” com a viola. Em 2014 o álbum foi selecionado para o 26º Prêmio da Música Brasileira.

No repertório do novo CD canções inéditas com os parceiros Fernando Mori, Isaias Andrade e Murilo Romano. Trabalho que deixa mais evidente o desapego do artista com modismos e tendências constantemente impostos pelo mercado. O trato com as composições, as harmonias, os arranjos, a colocação da voz nos remetem a um campo novo, belíssimo, porém pouco visitado.

Paralelamente à carreira, desenvolve, ainda, dois belos projetos: integra o grupo vocal do “Projeto 4 Cantos“, com Luiz Salgado, Cláudio Lacerda e Wilson Teixeira, e, também ao lado de Cláudio Lacerda, forma dupla em shows de Tributo à Pena Branca e Xavantinho, com concorridas apresentações que incluem o auditório do antigo Cine Olido, em São Paulo.

O grupo de quatro ases está na ativa desde 2011 e já realizou vários shows em unidades do SESC São Paulo, com excelente repercussão, interpretando apenas canções autorais. Ganhou as bênçãos de Rolando Boldrin em agosto de 2013, chegando ao palco do “Sr. Brasil”, programa exibido há anos pela TV Cultura. Em 2014, o Projeto 4 Cantos realizou itinêrancia patrocinada pelo Governo do Estado de São Paulo, através do ProAC. Em maio de 2014, Rodrigo tornou a participar do programa, desta vez, para contar e cantar seu álbum “Futo da Lida”.

Para 2016, além dos projetos já citados, Rodrigo prepara o show “Violas para Dominguinhos”. Neste, Zanc colocará todas as violas à disposição do mestre apresentando sua leitura dessa importante obra. De um lado a autoralidade do músico e intérprete, de outro os surgimentos dos novos sentidos em canções que foram imortalizadas por Dominguinhos, sertanejo por natureza.

Texto | Site Oficial

2006 | PENDENGA

01. Viola Enfeitiçada
02. Roda
03. Lobo – Homem
04. Grande Ser
05. Caipira Absoluto
06. Véio Cemitério
07. Rios
08. Coração Andante
09. Fumaça no Vento
10. Homem de Palavras
11. É Sempre Assim
12. Reflexão

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2013 | FRUTO DA LIDA

01. Poema em Canção
02. Eu Sou da Roça
03. Bons Amigos
04. Luz das Candeias
05. Ehu
06. Entalhes da Vida
07. Congada
08. Sítio Paraíso
09. Quem Saberia Perder
10. Santo Rei
11. Correr D'Água (Instrumental)

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sábado, 4 de novembro de 2017

Colosseum


Um disco revolucionário de uma banda revolucionária. Primeiro lançamento do selo Vertigo, o Colosseum era um time de egressos da Graham Bond Organisation e dos Bluesbreakers, junto com os novatos Dave Greenslade (teclados) e James Litherland (guitarra).

Jon Hiseman foi o fundador da banda e sua bateria tinha a inscrição “Jon Hiseman’s Colosseum”, tamanho prestígio que ele já desfrutava na época, exercendo naturalmente uma liderança no grupo. A banda foi essencialmente um grupo fusion, pelas suas aventuras portentosas nos territórios do blues, do jazz e do nascente rock pesado, dando espaço e protagonismo para o saxofone de Dick Heckstall-Smith e os teclados de Greenslade, e obviamente, com a bateria em primeiro plano.

O lado B do disco contém a suíte que dá nome ao disco, “Valentyne Suite” uma faixa extremamente envolvente e complexa, que merece dignamente ser rotulada como progressiva e de pioneira nessa denominação para o rock. A capa foi feita por Markus Keef, o mesmo artista gráfico responsável pela famosa estreia do Black Sabbath.

Texto retirado do blog | Consultoria do Rock

1969 | VALENTYNE'S SUITE

01. The Kettle
02. Elegy
03. Butty’s Blues
04. The Machine Demands a Sacrifice
05. Valentyne’s Suite
a. Theme One - January's Search
b. Theme Two - February's Valentyne
c. Theme Three - The Grass Is Always Greener

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