A Horse With No Name

cavalo

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Procol Harum


Procol Harum é uma banda britânica de rock progressivo formada no início dos anos 60. Eles são mais conhecidos por seu compacto "A Whiter Shade of Pale", número um nas paradas de sucesso inglesas.

Formada das cinzas de um grupo chamado "Paramounts" liderado por Gary Brooker e Robin Trower, a estreia ao vivo do Procol foi abrindo um concerto de Jimi Hendrix em 1967, o que levou a recém-lançanda "A Whiter Shade of Pale" ao topo das paradas. Um LP e outros compactos seguiram-se, mas sem alcançar o sucesso daquela primeira gravação.

Durante os anos 70 o grupo Procol Harum permaneceu mais popular do que outras bandas de rock progressivo mais sofisticadas, como Emerson, Lake & Palmer. O grupo continuou apesar das diversas mudanças na formação, mas o declínio das vendas decretou o fim do grupo em 1977.

A banda reuniu-se em 1991 para o lançamento de Prodigal Stranger, que não obteve muita repercussão. Uma nova encarnação do Procol, liderada por Brooker, está na estrada em turnê pelos EUA desde 1992.

O nome da banda foi escolhido por seu empresário, inspirado no nome do gato de um amigo seu. Traduzido do latim, significa algo como "Através dessas coisas".

O asteróide 14024 Procol Harum tem esse nome em homenagem à banda.

Texto | Wikipédia

1970 | HOME

01. Whisky Train
02. The Dead Man s Dream
03. Still There ll Be More
04. Nothing That I Didn t Know
05. About To Die
06. Barnyard Story
07. Piggy Pig Pig
08. Whaling Stories
09. Your Own Choice

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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Curved Air


Curved Air foi uma banda britânica pioneira do rock progressivo formada em 1969, por Francis Monkman (teclado e guitarra), Darryl Way (violino e vocal), Sonja Kristina Linwood (vocal), Florian Pilkington-Miksa (bateria) e Rob Martin (baixo). O grupo surgiu da banda Sisyphus, e foi nomeada por Monkman como referência à obra A Rainbow in Curved Air, do compositor contemporâneo Terry Riley.

A formação sofreu várias modificações, com Ian Eyre tomando o lugar do baixo no segundo álbum e Mike Wedgwood no terceiro. Outros membros incluem Eddie Jobson (posteriormente no Roxy Music, Frank Zappa e Jethro Tull), Stewart Copeland (The Police) e Tony Reeves (ex-Greenslade, Colosseum e John Mayall). Somente Sonja Kristina restou como membro original da banda. Monkman, posteriormente saiu da banda para tocar com John Williams na banda Sky.

Os músicos originaram-se de diferentes escolas musicais, variando da música erudita, música folk e música eletrônica, resultando em uma mistura de rock progressivo, folk rock e fusion no som da banda.

O primeiro álbum foi lançado em 1970. Air Conditioning alcançou a oitava posição nas paradas do Reino Unido. Em 1976 a banda gravou seu último álbum e acabou se dividindo.

Texto | Wikipédia

1975 | MIDNIGHT WIRE

01. Woman On a One Night Stand
02. Day Breaks My Heart
03. The Fool
04. Pipe of Dreams
05. Orange Street Blues
06. Dance of Love
07. Midnight Wire


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sábado, 23 de dezembro de 2017

Frank Sinatra


Francis Albert "Frank" Sinatra, era filho de dois imigrantes italianos: Natalia Garaventa, genovesa, mais conhecida como "Dolly", e Antonino Martino Sinatra. Siciliano, analfabeto e boxeador, o pai de Frank Sinatra imigrou para Nova York em 21 de dezembro de 1903, a bordo do Città di Millano SS, vindo juntamente com sua mãe, Rosa Sagliabeni e duas irmãs, Angela e Dorotea, o pai de Antonino, Francesco, avô paterno de Frank Sinatra, já estava em Nova York, trabalhando em uma fábrica de lápis.

Antonino (Anthony) e Dolly se casaram em 14 de fevereiro de 1914, e foram morar em Hoboken, na rua Monroe 415, onde tiveram seu único filho, Frank Sinatra.

Iniciando sua carreira musical na swing era com Harry James e Tommy Dorsey, Sinatra se tornou um artista solo de sucesso sem precendentes no início e meados dos anos 1940, assinando depois com a Columbia Records em 1943. Sendo um ídolo das "bobby boxers" (como eram conhecidas as jovens fãs de swing), ele lançou seu primeiro álbum, The Voice of Frank Sinatra em 1946. Sua carreira profissional estava parada no início da década de 1950, mas renasceu em 1953 ao vencer o Óscar de melhor ator secundário por sua performance em From Here to Eternity.

Ele assinou com a Capitol Records em 1953 e lançou vários álbuns com aclamação crítica (como In the Wee Small Hours, Songs for Swingin' Lovers, Come Fly with Me, Only the Lonely e Nice 'n' Easy). Sinatra deixou a Capitol e formou sua própria gravadora, Reprise Records em 1961 (encontrando sucesso em álbuns como Ring-a-Ding-Ding!, Sinatra at the Sands e Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim), realizou tours internacionais, e foi um dos fundadores do Rat Pack, além de fraternizar com celebridades e homens de estado, incluindo John F. Kennedy. Sinatra completou 50 anos em 1965, gravou a retrospectiva September of My Years, estrelou no especial de TV ganhador do Emmy Frank Sinatra: A Man and His Music, e lançou hits como Strangers in the Night e My Way.

Com o baixo número de vendas de suas canções e após aparecer em vários filmes mal recebidos pela crítica, Sinatra aposentou-se pela primeira vez em 1971. Dois anos depois, porém, ele voltou e em 1973 gravou vários álbuns, alcançando um "Top 40" com New York, New York em 1980. Usando seus shows em Las Vegas como ponto de partida, ele realizou turnês nos Estados Unidos e internacionalmente, até pouco antes de sua morte em 1998.

Sinatra também forjou uma bem sucedida carreira como ator, vencendo um Óscar de melhor ator secundário, uma nomeação para Oscar de melhor ator por sua performance em The Man with the Golden Arm, e aclamação crítica por sua performance em The Manchurian Candidate. Ele também estrelou em musicais como High Society, Pal Joey, Guys and Dolls e Um Dia em Nova Iorque. Sinatra foi homenageado no Prêmio Kennedy em 1983 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade de Ronald Reagan em 1985 e a Medalha de Ouro do Congresso em 1997. Sinatra também recebeu 11 Grammy Awards, incluindo o Grammy Trustees Award, Grammy Legend Award e o Grammy Lifetime Achievement Award.

Foi casado com Nancy Barbato e posteriormente com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e com a socialite Barbara Marx, com quem terminou seus dias. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV norte-americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música na década de 1950. Teve três filhos: Nancy Sinatra, Frank Sinatra Jr., e Tina Sinatra.

Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.

Sinatra apareceu em mais de cinquenta filmes, entre eles: "Anchors Aweigh" (1945), "On The Town" (1949), "From Here To Eternity" (1953), com o qual ganhou o Oscar, "The Man with the Golden Arm" e "High Society" (ambos de 1956), "The Manchurian Candidate" (1962) e "The First Deadly Sin" (1980). Fez parte do chamado Rat Pack, grupo de artistas muito ativo entre meados da década de 1950 e 1960.

Seus principais sucessos são "Fly Me to the Moon", "My Way" e "New York, New York". Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, "The Girl from Ipanema" brindou o grande encontro.

Texto | Wikipédia

2004 | THE PLATINUM COLLECTION

DISC 1
01. Come Fly With Me
02. Love And Marriage
03. I've Got You Under My Skin
04. Just One Of Those Things
05. Witchcraft
06. (Love Is) The Tender Trap
07. That Old Black Magic
08. They Can't Take That Away From Me
09. All The Way
10. I've Got The World On A String
11. Fools Rush In
12. Three Coins In The Fountain
13. It's Nice To Go Trav'ling
14. I Love Paris
15. Chicago
16. High Hopes

DISC 2
01. Young At Heart
02. I Get A Kick Out Of You
03. Learnin' The Blues
04. My Funny Valentine
05. The Lady Is A Tramp
06. Let's Get Away From It All
07. South Of The Border
08. It Happened In Monterey
09. You'd Be So Nice To Come Home To
10. Come Dance With Me (
11. September In The Rain
12. Cheek To Cheek
13. Moonlight In Vermont
14. Night And Day
15. On The Sunny Side Of The Street
16. I Could Have Danced All Night

DISC 3
01. You Make Me Feel So Young
02. Nice 'N' Easy
03. Here's That Rainy Day
04. Pennies From Heaven
05. April In Paris
06. From Here To Eternity
07. Someone To Watch Over Me
08. In The Wee Small Hours Of The Morning
09. I Thought About You
10. Too Marvelous For Words
11. Autumn Leaves
12. Dancing In The Dark
13. All Of Me
14. As Time Goes By
15. September Song
16. One For My Baby (And One More For The Road)

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

The Cure


Texto | Spectrum

Em 21 de abril de 1959 nascia em Blackpool, Inglaterra, aquele que seria o líder de umas das maiores e mais importantes bandas de Rock do cenário mundial. Seu nome era Robert Smith. Cresceu no bairro de Crowley, periferia de Sussex e desde cedo sofreu diversas influências musicais. Seus irmãos ouviam Beatles e Jimi Hendrix, e ainda havia a crescente onda punk da década de 70 na Inglaterra.

Com 16 anos, Robert forma a banda Malice que logo após viria a se chamar Easy Cure. Com ele, tocavam o guitarrista e tecladista Porl Thompson, o baixista Michael Dempsey, e o baterista (e depois tecladista) Laurence "Lol" Tolhurst. Ainda com o nome de Easy Cure eles participam, em abril de 1977, de um de um concurso musical na Alemanha, promovido pela gravadora "Hansa", cujo prêmio incluía a produção de uma demo-tape e um possível contrato de cinco anos. Eles ganham o concurso mas não conseguem gravar a demo, já que a gravadora esperava um som mais punk. Fazem alguns shows até o final daquele ano, mas permanecem chateados com a exigência da Hansa de fazer covers de punk rock.

Até março de 1978 eles ainda não haviam conseguido gravar nenhuma demo pela Hansa, então decidem investir numa gravação demo própria. Gravam as músicas Killing an Arab, Boys Don't Cry, Fire In Cairo, It's Not You e 10:15 Saturday Night. Levam a fita demo para várias gravadoras e Chris Parry, diretor artístico da Polygram inglesa, se interessa e posteriormente resolve produzir o primeiro single da banda. Assim, a banda, agora sem Porl Thompson, muda o nome para The Cure e Parry passa a empresariar a banda.

Em setembro de 1978 eles gravam o single Killing An Arab e com a divulgação promovida por Parry conseguem uma boa vendagem em pouco tempo.
Em 1979, enquanto faziam várias apresentações agendadas por Parry, o Cure começava a produzir aquele que seria o seu primeiro álbum: Three Imaginary Boys. O álbum tem uma boa aceitação embora não tenha emplacado logo de cara. Nos Estados Unidos, o disco é lançado em 1980, com o nome de Boys Don’t Cry.

Logo após, o Cure lança os singles Boys Don't Cry e Jumping Someone Else’s Train e o sucesso cresce cada vez mais.

No segundo álbum, 17 Seconds (1980), a banda começa a ter um significativo avanço na técnica de estúdio. Neste álbum, o acompanhamento sutil dos teclados, em arranjos de estrutura minimalista, contribui na construção de uma atmosfera já um tanto sombria e depressiva que os caracterizaria daí pra frente. A música A Forest impulsionou as vendas do álbum em todo o mundo e a banda arrisca a sua primeira turnê mundial. Todos os discos desde então apenas viriam a confirmar a popularidade crescente.

Dando continuidade com a mudança sonora, o terceiro álbum, Faith (1981), e o quarto, Pornography (1982), marcam a fase mais sombria do Cure refletindo um período muito conturbado de Robert Smith, perpassado por problemas com drogas e principalmente alcoolismo. As letras são muito tristes e os arranjos expressam toda a depressão de Robert. Em razão desses álbuns e dessa fase obscura, eles ganham o rótulo de góticos ou "darks", aqui no Brasil. Nesse período, há várias mudanças de formação da banda, inclusive com a saída de Simon Gallup por desentendimentos com Robert Smith. Nessa época Smith, chega a fazer algumas participações como guitarrista pelo Siouxsie and The Banshees.

Após essa fase conturbada, o Cure volta com uma proposta mais pop e um tanto quanto psicodélica. Smith já estava cansado dos discos estarem atraindo platéias cada vez mais raivosas e depressivas. Assim, esse tempo resulta num EP chamado Japanese Whispers (1983), com as clássicas The Walk, Lovecats e Let’s Go To Bed, basicamente eletrônicas.

Em 1984 é lançado The Top, considerado pela crítica como o melhor trabalho do Cure até então, ao contrário de Bob Smith, que o considerou o pior disco, por problemas de mixagem. Esse disco, mistura psicodelia, pop de boa levada e aquele toque soturno bem dosado.

O ano de 1985 foi marcado por uma virada na vida do Cure. A banda parou de consumir drogas e teve uma das melhores fases, com o sucesso do disco The Head on the Door, de altíssima rotatividade aqui no Brasil, com In Between Days (usada na abertura do programa Clip Clip, da Globo, em 1985 e 1986) e Close to Me (que ganhou o astronauta de prata da MTV como melhor clipe do ano em 1985). É um disco pop, em que a depressão dá lugar a uma leve melancolia.

O ano seguinte foi o da consagração da banda. Lançaram a coletânea Standing On The Beach que teve seu nome mudado para Staring At The Sea. Eles estouram em todo o mundo, fazendo dezenas de shows.

Em 1987, a banda passa semanas de reclusão em uma mansão campestre isolada do público, para começar a compor e ensaiar as músicas do próximo disco, Kiss Me Kiss Me Kiss Me. Lançado no dia 5 de maio de 1987, o disco trazia 17 faixas e alguns dos mais belos momentos da carreira do grupo. Mas o grande momento para os fãs brasileiros foi a presença do grupo no país, por duas semanas, aportando no Brasil no dia 19 de março 1987. A banda havia começado uma imensa turnê de 70 shows pelo mundo. Ao todo no Brasil, foram oito shows, apresentados nas cidades de Porto Alegre (dois), Belo Horizonte (um), Rio de Janeiro (dois) e São Paulo (três).


No ano seguinte, o Cure deu uma parada com os trabalhos. Robert Smith casa-se com sua noiva Mary, em agosto. Laurence Tolhurst sai da banda por motivos pessoais, e ainda tenta mover um processo para ficar com o nome e parte dos lucros da banda.

Em 1989 a banda lança o disco Disintegration, no geral gravado ao vivo, com muito baixo de seis cordas e arranjos elaborados e extensos, resultando em um disco melancólico, triste, mas bonito. Para muitos o disco significava o fim do Cure.

A banda lança em 1990, Mixed Up, um álbum de remixes velhos. Dois anos depois, o inédito Wish coloca o The Cure de volta nas rádios com a pop Friday I’m In Love. Assim eles voltam a rodar o mundo numa gigantesca turnê, tocando em espetáculos lotados, onde quer que fossem. Através do "Wish Tour", eles gravam em 1993, os discos ao vivo Show e Paris.

Depois de muita espera, em 1994 termina o processo movido por Laurence Tolhurst, tendo resultado a favor de Robert Smith e da gravadora Fiction Records.

Em 1996, o Cure se apresenta no Brasil novamente, agora na última edição do Hollywood Rock, motivados por uma abaixo-assinado que os fãs brasileiros organizaram. Nesse show, músicas de um álbum em andamento foram apresentadas, Wild Mood Swings. Esse disco é lançado assim que a banda retorna à Inglaterra. Logo depois, o Cure parte para uma nova turnê, a "The Swing Tour", que teve mais de 100 apresentações ao redor do globo.

Durante o ano de 1997, o Cure lança Galore, uma coletânea da segunda década de músicas do Cure, que inclui a nova canção Wrong Number. No começo de 1998, Robert Smith aparece em um episódio do desenho animado americano South Park, e participa da trilha sonora do filme Orgazmo, de Trey Parker e Matt Stone, com a música A Sign From God. Com a sua banda, Robert grava a música World In My Eyes para um tributo ao Depeche Mode e grava também More Than This para a trilha sonora do seriado The X-Files. No fim do ano, a banda volta aos estúdios ao lado do produtor Paul Corkett para a gravação de um novo disco, o qual só seria terminado em meados de 1999 e lançado oficialmente em 2000. Bloodflowers foi, na opinião de Robert, o disco mais perfeito lançado pela banda. Há rumores de que seria o último trabalho do Cure, mas isso não se concretiza posteriormente.

Em 2001, Robert reúne a banda novamente e o The Cure participa do festival alternativo europeu Roskilde. No mesmo ano é lançada a coletânea Greatest Hits, que vem com duas faixas inéditas, Cut Here e Just Say Yes. No embalo, também sai um DVD com o mesmo nome, trazendo diversos vídeo-clipes de toda a carreira do Cure.

O DVD épico Trilogy vem a seguir, em 2003, com shows em Berlim nos quais a banda tocou, em seqüência, três álbuns completos: Pornography, Disinte-gration e Bloodflowers. Como se não fosse o bastante para os fãs, os extras continham entrevistas da banda falando sobre as gravações do disco a ser lançado no ano seguinte.

No ano de 2004, após lançar no começo do ano o box set Join the Dots (uma compilação de material inédito, b-sides e versões alternativas, em quatro discos) a banda lança em junho o sucessor de Bloodflowers, intitulado simplesmente The Cure. O álbum acaba sendo elogiado pela crítica, com canções sombrias, atmosféricas, mas que não deixam de lado a veia pop do Cure. Os destaques são para End of The World, e também para as belas Lost e Before Three. Ainda, o primeiro álbum da banda (Three Imaginary Boys) é remasterizado e lançado para os fãs mais velhos. No ano seguinte o Cure sai novamente em turnê para divulgar seu novo disco.

Em 2005, a banda dá sequência aos lançamentos de remasterizações: Seventeen Seconds, Faith e Pornography (todos como "Deluxe Edition"). Em maio, os integrantes Perry Bamonte e Roger O'Donnel abandonam o The Cure sem apresentarem motivos. Porl Thompson é convidado a ocupar a função de guitarrista.

Já em 2006, é lançado, exclusivamente na Internet, a coletânea 4Play com novas versões de velhos clássicos. Em seguida, The Top, The Head On The Door e Kiss Me Kiss Me Kiss Me também entram na linha de remasterizações. Em maio é lançado o DVD e o CD The Cure Festival com trinta músicas extraídas de apresentações realizadas em diversos festivais do ano anterior. Desde então, há rumores de um novo álbum em fase de conclusão. Robert Smith chegou a admitir atravessar uma crise criativa para composição de novas letras. No entanto, em meados de 2007, a banda já visitava vários países em uma turnê mundial.

No ano seguinte, a banda passou a disponibilizar um single por mês a fim de despertar a curiosidade dos fãs. Finalmente, em outubro, é lançado oficialmente o décimo terceiro álbum da carreira. 4:13 Dream traz 13 faixas inéditas que não se propõem a inovar ou modernizar a identidade da banda. Este é um trabalho que ratifica o estilo Rock/Pop consagrado sem que, no entanto, seja repetitivo. De qualquer forma, um disco novo do The Cure é sempre um evento que, no mínimo, merece atenção dos velhos e novos ouvintes.

O The Cure foi, sem dúvida, uma das bandas mais importantes da década de 80. Responsáveis por grande parte dos hits dessa época, o grupo ainda continua fazendo história, mais de 25 anos após o lançamento do primeiro álbum. Com o lendário Robert Smith, o único remanescente desde o início, a banda ultrapassa os limites de qualquer rótulo que já tenha sido enquadrada e continua agradando a todos os adoradores do bom e velho Rock.

1979 | THREE IMAGINARY BOYS
(Deluxe Edition 2004)


CD 1 | Album

01. 10:15 Saturday Night
02. Accuracy
03. Grinding Halt
04. Another Day
05. Object
06. Subway Song
07. Foxy Lady
08. Meathook
09. So What
10. Fire In Cairo
11. It's Not You
12. Three Imaginary Boys
13. The Weedy Burton

CD 2 | Rarities 1977-1979

01. I Want To Be Old (Studio Demo)
02. I'm Cold (Studio Demo)
03. Heroin Face (Live)
04. I Just Need Myself (Studio Demo)
05. 10:15 Saturday Night (RS Home Demo)
06. The Cocktail Party (Group Home Demo)
07. Grinding Halt (Group Home Demo)
08. Boys Don't Cry (Studio Demo)
09. It's Not You (Studio Demo)
10. 10:15 Saturday Night (Studio Demo)
11. Fire In Cairo (Studio Demo)
12. Winter (Studio Out-Take)
13. Faded Smiles (Aka I Don't Know) (Studio Out-Take)
14. Play With Me (Studio Out-Take)
15. World War (Rare Album Track)
16. Boys Don't Cry (Extra Album Track)
17. Jumping Someone Else's Train (Extra Album Track)
18. Subway Song (Live)
19. Accuracy (Live)
20. 10:15 Saturday Night (Live)

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1980 | SEVENTEEN SECONDS
(Deluxe Edition 2005)


CD 1 | Album

01. A Reflection
02. Play For Today
03. Secrets
04. In Your House
05. Three
06. The Final Sound
07. A Forest
08. M
09. At Night
10. Seventeen Seconds

CD 2 | Rarities 1979-1980

01. I'm A Cult Hero (Vinyl Single By Cult Hero)
02. I Dig You (Vinyl Single By Cult Hero)
03. Another Journey By Train (Home Demo)
04. Secrets (Home Demo)
05. Seventeen Seconds (Live)
06. In Your House (Live)
07. Three (Alt Studio Mix)
08. I Dig You (Cult Hero Live)
09. I'm A Cult Hero (Cult Hero Live)
10. M (Live)
11. The Final Sound (Live)
12. A Reflection (Live)
13. Play for Today (Live)
14. At Night (Live)
15. A Forest (Live)

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1981 | FAITH
(Deluxe Edition 2005)


CD 1 | Album

01. The Holy Hour
02. Primary
03. Other Voices
04. All Cats Are Grey
05. The Funeral Party
06. Doubt
07. The Drowning Man
08. Faith
09. Carnage Visors (The Soundtrack)

CD 2 | Rarities 1980-1981

01. Faith (RS Home Demo)
02. Doubt (RS Home Demo)
03. Drowning (Group Home Demo)
04. The Holy Hour (Group Home Demo)
05. Primary (Studio Out-Take)
06. Going Home Time (Studio Out-Take)
07. The Violin Song (Studio Out-Take)
08. A Normal Story (Studio Out-Take)
09. All Cats Are Grey (Live)
10. The Funeral Party (Live)
11. Other Voices (Live)
12. The Drowning Man (Live)
13. Faith (Live)
14. Forever (Live)
15. Charlotte Sometimes (Single)

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1982 | PORNOGRAPHY
(Deluxe Edition 2005)


CD 1 | Album

01. One Hundred Years
02. A Short Term Effect
03. The Hanging Garden
04. Siamese Twins
05. The Figurehead
06. A Strange Day
07. Cold
08. Pornography

CD 2 | Rarities 1981-1982

01. Break
02. Demise
03. Temptation
04. The Figurehead
05. The Hanging Garden
06. One Hundred Years
07. Airlock: The Soundtrack
08. Cold
09. A Strange Day
10. Pornography
11. All Mine
12. A Short Term Effect
13. Siamese Twins
14. Temptation Two ("Lets Go To Bed")

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1984 | THE TOP
(Deluxe EditIon 2006)


CD 1 | Album

01. Shake Dog Shake
02. Birdmad Girl
03. Wailing Wall
04. Give Me It
05. Dressing Up
06. The Caterpillar
07. Piggy in the Mirror
08. The Empty World
09. Bananafishbones
10. The Top

CD 2 | Rarities 1982-1984

01. You Stayed... (RS Home Demo)
02. Ariel (RS Home Demo)
03. A Hand Inside My Mouth (Studio Demo)
04. Sadacic (RS Studio Demo)
05. Shake Dog Shake (Studio Demo)
06. Piggy In The Mirror (Studio Demo)
07. Birdmad Girl (Studio Demo)
08. Give Me It (Studio Demo)
09. Throw Your Foot (Studio Demo)
10. Happy The Man (Studio Demo)
11. The Caterpillar (Studio Demo)
12. Dressing Up (Studio Alt Mix)
13. Wailing Wall (Studio Alt Mix)
14. The Empty World (Live Bootleg)
15. Bananafishbones (Live Bootleg)
16. The Top (Live Bootleg)
17. Forever (Version) (Live Bootleg)

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1984 | CONCERT - THE CURE LIVE

01. Shake Dog Shake
02. Primary
03. Charlotte Sometimes
04. The Hanging Garden
05. Give Me It
06. The Walk
07. One Hundred Years
08. A Forest
09. 10:15 Saturday Night
10. Killing An Arab

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1985 | THE HEAD ON THE DOOR
(Deluxe Edition 2006)


CD 1 | Album

01. In Between Days
02. Kyoto Song
03. The Blood
04. Six Different Ways
05. Push
06. The Baby Screams
07. Close To Me
08. A Night Like This
09. Screw
10. Sinking

CD 2 | Rarities 1984-1985

01. Inbetween Days (RS Home Demo)
02. Inwood (RS Home Demo)
03. Push (RS Home Demo)
04. Innsbruck (RS Home Demo)
05. Stop Dead (Studio Demo)
06. Mansolidgone (Studio Demo)
07. Screw (Studio Demo)
08. Lime Time (Studio Demo)
09. Kyoto Song (Studio Demo)
10. A Few Hours After This... (Studio Demo)
11. Six Different Ways (Studio Demo)
12. A Man Inside My Mouth (Studio Demo)
13. A Night Like This (Studio Demo)
14. The Exploding Boy (Studio Demo)
15. Close To Me (Studio Demo)
16. The Baby Screams (Live Bootleg)
17. The Blood (Live Bootleg)
18. Sinking (Live Bootleg)

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1986 | STARING AT THE SEA, THE SINGLES

01. Killing An Arab
02. 10.15 Saturday Night
03. Boys Don't Cry
04. Jumping Someone Else's Train
05. A Forest
06. Play For Today
07. Primary
08. Other Voices
09. Charlotte Sometimes
10. The Hanging Garden
11. Let's Go To Bed
12. The Walk
13. The Love Cats
14. The Caterpillar
15. InBetween Days
16. Close To Me
17. A Night Like This

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1987 | KISS ME, KISS ME, KISS ME
(Deluxe Edition 2006)


CD 1 | Album

01. The Kiss
02. Catch
03. Torture
04. If Only Tonight We Could Sleep
05. Why Can't I Be You?
06. How Beautiful You Are
07. The Snakepit
08. Hey You!
09. Just Like Heaven
10. All I Want
11. Hot Hot Hot!!!
12. One More Time
13. Like Cockatoos
14. Icing Sugar
15. The Perfect Girl
16. A Thousand Hours
17. Shiver and Shake
18. Fight

CD 2 | Rarities 1986-1987

01. The Kiss (RS Home Demo)
02. The Perfect Girl (Studio Demo)
03. Like Cockatoos (Studio Demo)
04. All I Want (Studio Demo)
05. Hot Hot Hot!!! (Studio Demo)
06. Shiver And Shake (Studio Demo)
07. If Only Tonight We Could Sleep (Studio Demo)
08. Just Like Heaven (Studio Demo)
09. Hey You! (Studio Demo)
10. A Thousand Hours (Studio Demo)
11. Icing Sugar (Studio Alt Mix)
12. One More Time (Studio Alt Mix)
13. How Beautiful You Are... (Live Bootleg)
14. The Snakepit (Live Bootleg)
15. Catch (Live Bootleg)
16. Torture (Live Bootleg)
17. Fight (Live Bootleg)
18. Why Can't I Be You? (Live Bootleg)

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1989 | DISINTEGRATION
(Deluxe Edition 2010)


CD 1 | Album

01. Plainsong
02. Pictures Of You
03. Closedown
04. Love Song
05. Last Dance
06. Lullaby
07. Fascination Street
08. Prayers For Rain
09. The Same Deep Water As You
10. Disintegration
11. Homesick
12. Untitled

CD 2 | Rarities 1988-1989

01. Prayers For Rain (RS Home Demo)
02. Pictures Of You (RS Home Demo)
03. Fascination Street (RS Home Demo)
04. Homesick (Band Rehearsal)
05. Fear Of Ghosts (Band Rehearsal)
06. Noheart (Band Rehearsal)
07. Esten (Band Demo)
08. Closedown (Band Demo)
09. Lovesong (Band Demo)
10. 2 Late (Alt Version) (Band Demo)
11. The Same Deep Water As You (Band Demo)
12. Disintegration (Band Demo)
13. Untitled (Alt Version) (Studio Rough)
14. Babble (Alt Version) (Studio Rough)
15. Plainsong (Studio Rough)
16. Last Dance (Studio Rough)
17. Lullaby (Studio Rough)
18. Out Of Mind (Studio Rough)
19. Delirious Night (Rough Mix)
20. Pirate Ships (RS Solo) (Rough Mix)

CD 3 | Entreat Plus | Live At Wembley 1989

01. Plainsong
02. Pictures Of You
03. Closedown
04. Lovesong
05. Last Dance
06. Lullaby
07. Fascination Street
08. Prayers For Rain
09. The Same Deep Water As You
10. Disintegration
11. Homesick
12. Untitled

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1990 | MIXED UP

01. Lullaby (Extended Mix)
02. Close To Me (Closer Mix)
03. Fascination Street (Extended Mix)
04. The Walk (Everything Mix)
05. Lovesong (Extended Mix)
06. A Forest (Tree Mix)
07. Pictures Of You (Extended Dub Mix)
08. Hot Hot Hot!!! (Extended Mix)
09. The Caterpillar (Flicker Mix)
10. Inbetween Days (Shiver Mix)
11. Never Enough (Big Mix)

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1992 | WISH

01. Open
02. High
03. Apart
04. From The Edge Of The Deep Green Sea
05. Wendy Time
06. Doing The Unstuck
07. Friday I'm In Love
08. Trust
09. A Letter To Elise
10. Cut
11. To Wish Impossible Things
12. End

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1993 | SHOW

CD 1
01. Tape
02. Open
03. High
04. Pictures Of You
05. Lullaby
06. Just Like Heaven
07. Fascination Street
08. A Night Like This
09. Trust

CD 2
01. Doing The Unstuck
02. The Walk
03. Lets Go To Bed
04. Friday I'm In Love
05. Inbetween Days
06. From The Edge Of The Deep Green Sea
07. Never Enough
08. Cut
09. End

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1996 | WILD MOOD SWINGS

01. Want
02. Club America
03. This Is A Lie
04. The 13th
05. Strange Attraction
06. Mint Car
07. Jupiter Crash
08. Round & Round & Round
09. Gone!
10. Numb
11. Return
12. Trap
13. Treasure
14. Bare

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1997 | GALORE

01. Why Can't I Be You?
02. Catch
03. Just Like Heaven
04. Hot Hot Hot!!!
05. Lullaby
06. Fascination Street
07. Lovesong
08. Pictures Of You
09. Never Enough
10. Close To Me
11. High
12. Friday I'm In Love
13. A Letter To Elise
14. The 13th
15. Mint Car
16. Strange Attraction
17. Gone!
18. Wrong Number

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2000 | BLOODFLOWERS

01. Out Of This World
02. Watching Me Fall
03. Where The Birds Always Sing
04. Maybe Someday
05. The Last Day Of Summer
06. There Is No If...
07. The Loudest Sound
08. 39
09. Bloodflowers

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2001 | GREATEST HITS

CD 1
01. Boys Don't Cry
02. A Forest
03. Let's Go to Bed
04. The Walk
05. The Lovecats
06. Inbetween Days
07. Close to Me
08. Why Can't I Be You?
09. Just Like Heaven
10. Lullaby
11. Lovesong
12. Never Enough
13. High
14. Friday I'm in Love
15. Mint Car
16. Wrong Number
17. Cut Here
18. Just Say Yes

CD 2 | Acoustic
01. Boys Don't Cry
02. A Forest
03. Let's Go To Bed
04. The Walk
05. The Lovecats
06. Inbetween Days
07. Close To Me
08. Why Can't I Be You?
09. Just Like Heaven
10. Lullaby
11. Lovesong
12. Never Enough
13. High
14. Friday I'm In Love
15. Mint Car
16. Wrong Number
17. Cut Here
18. Just Say Yes

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2004 | THE CURE

01. Lost
02. Labyrinth
03. Before Three
04. Truth Goodness And Beauty
05. The End Of The World
06. Anniversary
07. Us Or Them
08. alt.end
09. I Don't Know What's Going On
10. Taking Off
11. Never
12. The Promise
13. Going Nowhere

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2008 | 4:13 DREAM

01. Underneath The Stars
02. The Only One
03. The Reasons Why
04. Freakshow
05. Sirensong
06. The Real Snow White
07. The Hungry Ghost
08. Switch
09. The Perfect Boy
10. This. Here And Now. With You
11. Sleep When I'm Dead
12. The Scream
13. It's Over

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domingo, 17 de dezembro de 2017

Babe Ruth


First Base do Babe Ruth é daqueles discos que me conquistaram logo na primeira orelhada. O álbum lançado pelo selo Harvest (EMI) em 1973 é a brilhante estréia da banda inglesa de Hatfield, e traz em suas 6 faixas uma interessante combinação de estilos, reunindo características do hard rock, rock progressivo, jazz e música pop.

Criado em 1971 pelo guitarrista Alan Shacklock e conhecido inicialmente como Shacklock, o grupo logo teve seu nome alterado para Babe Ruth, em homenagem ao lendário jogador de baseball americano George Herman “Babe Ruth”. Mudanças no line-up, cinco discos oficiais lançados entre 1973 e 1976, um longo recesso e o retorno em 2002 – quando começaram a compor o álbum Que Pasa, só finalizado em 2006. O certo é que o combo nunca mais alcançou o mesmo nível de qualidade musical de First Base.

A formação neste debut discográfico incluia Alan Shacklock (guitarra, vocais, órgão e percussão), Janita “Jenny” Haan (vocal), Dave Hewitt (baixo), Dick Powell (bateria e percussão) e Dave Punshon (piano e piano elétrico). Outros músicos que marcaram presença no Abbey Road Studios, em Londres, foram Gaspar Lawal (congas, bongos, kabasa), Brent Carter (saxofone) e Harry Mier (oboé), além de um quarteto de violoncelistas composto por Peter Halling, Clive Anstee, Manny Fox e Boris Rickleman.

Com arranjos bem estruturados, a arquitetura sonora era moldada por uma cozinha robusta, passagens sutis e estilosas de teclados, riffs e frases precisas a cargo do guitarrista Alan Shacklock (que também fez os arranjos e escreveu boa parte das composições) e claro, pelo poderoso e marcante vocal de Janita Haan. Seu canto, pode-se dizer, é algo próximo de uma mistura dos timbres vocais de Robert Plant e Janis Joplin. Um arraso!

Texto retirado do blog | Sinister Salad Musikal

1973 | FIRST BASE

01. Wells Fargo
02. The Runaways
03. King Kong
04. Black Dog
05. The Mexican
06. Joker
Bonus Tracks
07. Wells Fargo (7 Inch Version)
08. Theme From (For A Few Dollars More)

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Gong


Falar a respeito de bandas de rock progressivo às vezes é muito complicado. Carreiras com uma vasta discografia podem confundir e muito a cabeça de um aficcionado do gênero para que ele possa se decidir como vai se concentrar a ouvir os álbuns da sua banda favorita. Talvez a banda que seja mais “ousada” em termos de lançamentos seja o grupo franco-britânico Gong.

A carreira do Gong é repleta de muitas histórias e também de pontos desencontrados, causados principalmente por uma discografia tão vasta quanto foram suas constantes mudanças de formação. O grupo nasceu de uma história já confusa, sendo fundado em 1967 pelo guitarrista/vocalista australiano Daevid Allen, quando o mesmo teve seu passaporte negado para entrar no Reino Unido a fim de acompanhar o grupo Soft Machine, do qual Daevid fazia parte.

Impedido de tocar, Daevid teve que permanecer na França, país onde o Soft Machine tocou antes da Inglaterra, e lá, conheceu Gilli Smyth, uma jovem professora da Universidade de Sorbonne. Ambos tiveram uma relação mais que direta, algo que definiram como “união cósmica”, e decidiram passar a química de seu encontro para o formato de música. Surgiu assim a primeira encarnação do Gong, que contava ainda com Ziska Baum (vocais) e Loren Standlee (flauta).

Em dezembro de 1968, Allen e Gilli foram forçados a abandonar a França, já que estavam sendo perseguidos por fazerem parte da famosa revolução estudantil de 1968, indo parar no vilarejo de Deià, na Espanha. Segundo a lenda, a dupla passeava pelas bonitas regiões da cidade de Mallorca quando, entre montanhas e cavernas, ouviram o som de um saxofone. Dentro de uma caverna de Deià, estava escondido o saxofonista e flautista Didier Malherbe.

Outros contam que o primeiro encontro entre Didier e Allen ocorreu em maio de 1968, ainda em Paris, quando o Gong foi convidado para fazer a trilha sonora do filme “Continental Circus”, de Jérome Laperrousaz. Através dessa trilha, o Gong travou contato com o diretor de um pequeno selo independente chamado BYG, Jean Karakos. A amizade entre Karakos e Allen, regada a alucinógenos e papos sobre ufologia, exorcismo, rituais satânicos e culto ao paganismo, fez com que o Gong assinasse com a BYG, e através dela, lançou os discos mais cobiçados de sua carreira.

Magick Brother (1970) e Camembert Electrique (1971) são álbuns experimentais, contando com muitos convidados que exalam toda a efervescente cena psicodélica daquela época. Em Magick Brother, participam Earl Freeman (contrabaixo), Barre Phillips (contrabaixo), Dieter Gewissler (contrabaixo), Burton Greene (piano), Rachid Houari (bateria) e Tasmin Smyth (voz), além de Didier, Daevid e Gilli, enquanto em Camembert Electrique, estão presentes Didier, Daevid, Gilli, Christian Tritsch (baixo, guitarra) e Pip Pyle (bateria). Também pela BYG, Daevid gravou seu álbum solo, Bananamoon (1971), que conta com a participação dos membros do Gong bem como Maggie Bell nos vocais e Robert Wyatt na bateria.

Em junho de 71, o grupo se apresentou na segunda edição do Glastonbury Festival, seguido de uma extensa turnê pelo Reino Unido, onde conseguiram assinar com a recém fundada gravadora Virgin, e nessa época, estabeleceu uma formação regular, com Daevid (guitarra, voz), Gilli (voz), Didier (saxofone, flauta), Tim Blake (teclados, voz), Steve Hillage (guitarra), Christian Tritsch (guitarra), Francis Moze (teclados, baixo) e Rachid Houari (bateria, percussão).

Essa grande “família” do Gong passou a consumir diversos alucinógenos em uma fazenda no interior da França, principalmente Daevid, que tendo ao lado a genial cabeça de Steve Hillage (um dos principais guitarristas da Canterbury Scene) e também de Gilli, criou uma sociedade alheia de todo o resto do mundo, e que foi batizada de Planet Gong. Faziam parte dessa sociedade os oito membros do grupo mais alguns produtores, namoradas, roadies e também pequenos animais como gatos, cachorros e coelhos.

1973 | RADIO GNOME INVISIBLE
Part One | FLYING TEAPOT


01. Radio Gnome Invisible
02. Flying Teapot
03. The Pot Head Pixies
04. The Octave Doctors And The Crystal Machine
05. Zero The Hero And The Witch's Spell
06. Witch's Song / I Am Your Pussy



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Dentro da viagem de Daevie e Steve, começaram a compor diversas canções, que acabaram sendo registradas em uma trilogia fundamental do rock progressivo, batizada de Radio Gnome. A história de Radio Gnome em si narra a Mitologia Gong, e a primeira parte dessa mitologia está em Flying Teapot, lançado em 1973, onde as viagens vocais e instrumentais do Gong beiram a loucura em canções como as longas “Zero The Hero & The Witch’s Spell” e a própria faixa-título. Em todo o LP, está o início da mitologia, o qual ocorreu quando Allen vislumbrava uma lua cheia na páscoa de 1966 e acabou vendo seu futuro.

Em Flying Teapot, temos o começo de tudo, quando um fazendeiro criador de porcos e também Egiptologista Mista T Being vendeu um brinco mágico para um vendedor de rua que colecionava rótulos de chá e vendia bules antigos, chamado Fred the Fish. O brinco é um receptor de sinais do planeta Gong, e isso ocorre através de uma estação de rádio pirata, chamada Radio Gnome Invisible. Fish é um líder tibetano do grupo dos hymnalayas, e eles encontram-se regularmente em uma caverna para conversar com o Grande Yoga Cerveja Banana Ananda. Em cada encontro, Ananda canta a canção “Banana Nirvana Mañana”, enquanto bebe muita cerveja australiana. Essa é uma sátira baseada em experiências reais de Gilly e Daevid, supostamente pelo famoso encontro de Didier em uma caverna.

Enquanto as reuniões com Mr. Banana ocorrem, o herói da mitologia Gong, Zero the Hero, vive tranquilamente na Inglaterra, quando tem uma visão do futuro durante um passeio pela Charing Cross Road de Londres. Nessa visão, ele acaba sendo obrigado a procurar alguns heróis que possuem o tal brinco vendido para Fish, além de cultuar a uma série de duendes verdes com hélices sobre as cabeças, os Pot Head Pixies, que são os habitantes do Planeta Gong, e que vivem voando em torno de bules de chá.

Zero começa a sua busca atrás dos brincos e dos Pot Head Pixies, e então, um gato surge em sua vida, lhe oferecendo uma porção de batatas-fritas com peixe. Esse gato é na verdade uma bruxa, conhecida como Good Witch Yoni, que junto a porção de fritas e peixe, oferece um chá onde coloca, por engano, uma poção na qual enfeitiça Zero. Nesse ponto encerra-se a primeira parte da trilogia de Radio Gnome.

1973 | RADIO GNOME INVISIBLE
Part Two | ANGEL'S EGG


01. Other Side Of The Sky
02. Sold To The Highest Buddha
03. Castle In The Clouds
04. Prostitute Poem
05. Givin My Luv To You
06. Selene
07. Flute Salad
08. Oily Way
09. Outer Temple
10. Inner Temple
11. Percolations
12. Love Is How Y Make It
13. I Niver Glid Before
14. Eat That Phone Book Coda
15. Other Side Of The Sky (Single Version)
16. Ooby-Scooby Doomsday Or The D-Day Dj's Got The D.D.T. Blues (Bonus)
17. Love Is How Y Make It (1973 Vocal Mix)
18. Eat That Phone Book Coda (Early Version)

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A viagem instrumental e também criativa de Planet Gong foi tamanha que no álbum, os membros do Gong foram batizados com os seguintes nomes, tocando seus respectivos instrumentos: Dingo Virgin (PON voicebox, aluminium croonguitar & stumblestrum); Good Witch Yoni (Orgone box & space whisper); Hi T Moonweed the favourite (VCS 3box Cynthia size A & crystal machine); The Good Count Bloomdido Bad De Grass (Split sax ie tenna & soprasax & so flooth); Stevie Hillside (spermguitar, Gitbox & slow whale); The Submarine Captain (sideral slideguitar & Dogfoot); Francis Bacon (VCS3 fertilised elect piano & left bank uptightright pno & Shakesperian meat bass); Lawrence the alien (Drumbox kicks and knock); Rachid Whoarewe the Treeclimber (Congox) e ainda Venux De Luxe (Road crew & trux) e Wiz De Kid Lights & Duke (Switch doctor).

A expectativa do que irá acontecer com Zero the Hero está guardada para a segunda parte da trilogia. Angel’s Egg, lançado também em 1973, traz a saga do heroi sob a influência da poção mágica dada pela Bruxa Good Witch Yoni. Zero encontra-se viajando pelo espaço. Depois de acidentalmente bater em um piloto espacial chamado Captain Capricorn, Zero encontra o Planeta Gong, e lá, passa a viver com uma prostituta, a qual é a responsável por apresentear a ele a Deusa da lua, Selena.

É nesse ponto que a vida de Zero muda, e isso é retratado na nossa maravilha dessa semana. “Prostitut Poem” é um tema mais que fantasioso, e ao mesmo tempo encantador, onde os dotes vocais de Gilli, associados ao talento para criar sombrias camadas atmosféricas de teclados, guitarras e barulhos psicóticos, formam uma trilha sonora de assustar qualquer leigo no assunto.

A canção começa com o saxofone, baixo e os viajantes teclados, com Gilli primeiramente falando algumas frases em inglês: “Happy? I’m not Happy … I’m Sad” e depois algumas frases em francês, trazendo o tema no saxofone de Didier acompanhado por uma valsa-cabaré que, com vocalizações, acompanha a letra cantada em francês, em uma linda melodia feita por guitarra, saxofone, assovios, tablas, baixo e sintetizadores.

Os vocais franceses de Gilli são tão encantadores quando a melodia musical, em um tom de deboche e sensualidade característicos das canções francesas, entrando em uma viajante sessão com gritos e barulhos enquanto Gilli solta frases aleatórias, com a voz repleta de efeitos e simulando o encontro de Zero com Selena, que pode ser facilmente interpretado a uma relação sexual entre Zero e a prostituta, já que os gemidos gritos de Gilli claramente simulam isso, chegando ao bonito dedilhado de Hillage, onde Didier é o centro da atenção com suas intervenções no saxofone, e assim, a canção vai para seu encerramento, com a repetição do tema central, e Gilli dividindo os vocais tanto em francês quanto em inglês.

Uma canção simples, direta, mas tão importante para o contexto geral de uma trilogia como Planet Gong que sua simplicidade acaba elevando-a ao status de uma das melhores da carreira do grupo. Com ela, Zero passa a lutar por uma causa agora pessoal, já que ao ser apresentado a Selena, ele descobre seu terceiro olho, o qual é voltado aos prazeres carnais (como o sexo) e também a gula.

Depois disso, Zero, ainda sob efeito dos alucinógenos, continua sua viagem pelo Planeta Gong, encontrando então os Pot Head Pixies, os quais passam a tentar transformá-lo em mais um deles, ensinando-o como voar sobre os bules (em um sistema conhecido como Glidding) e levando-o para o One Invisible Temple of Gong. Dentro do templo, Zero conhece Angel’s Egg, uma incorporação de 32 Octave Doctors, os quais são descendentes do Grande Deus Célula (Great God Cell). O Angel’s Egg (Ovo do anjo) é construído através de plantas recicladas pelos Pot Head Pixies.

Um grande plano é revelado para Zero, que é o de dominar a Terra através da organização de um grande festival mundial de música, chamado Great Melting Feast of Freeks, onde então, Switch Doctor, um dos 32 Octave Doctors, que reside na Terra dentro da caverna de Banana Ananda, e que sabe da busca inicial de Zero pelo brinco por possuir informações do “quartel general dos Pot Heads”, chamado Invisible Opera Company of Tibet (C. O. I. T.), transmitindo todas as informações para o observatório do Planeta Gong através do Bananamoon Observatory, irá ativar um sistema que liberará o terceiro olho dos humanos, começando então uma nova era.

Aqui encerra-se a segunda parte de Radio Gnome. Os membros agora receberam os seguintes nomes e tocando os respectivos instrumentos: Bloomdido Bad De Grass (Didier Malherbe) no saxofone tenor, soprano, floot, bi-focal vocal; Shakti Yoni (Gilli Smyth) no space whisper e loin cackle; T. Being esq. (Mike Howlett) no basso profundo; Sub. Capt. Hillage (Steve Hillage) na lewd guitar; Hi T. Moonweed (the favorite) (Tim Blake) fazendo as vozes femininas; Pierre de Strasbourg (Pierre Moerlen) na bread & batteur drums, vibes, marimba; Mireille de Strasbourg (Mireille Bauer) no glockenspiel e Dingo Virgin (Daevid Allen) nos vocais, aluminium croon e glissando guitar

1974 | RADIO GNOME INVISIBLE
Part Three | YOU


01. Thoughts For Naught
02. A PHP's Advice
03. Magick Mother Invocation
04. Master Builder
05. A Sprinkling Of Clouds
06. Perfect Mystery
07. Isle Of Everywhere
08. You Never Blow Your Trip Forever
09. A PHP's Advice (Alternate Version)

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No encerramento da trilogia com You (1974), Zero deve retornar para a Terra e organizar o festival, ou morrer e se juntar aos demais Pot Head Pixies. Porém, ele acaba percebendo que a viagem pode ser ainda maior, e acaba perguntando a Hiram, o Grande Construtor, como transformar suas visões em algo concreto e também ter o seu próprio templo invisível. Depois disso, Zero estabelece para si mesmo que é necessário organizar o Great Melting Feast of Freeks, a ser realizado na Ilha de Todos os Lugares, em Bali.

Durante o evento, Switch Doctor liga o terceiro olho de todos, exceto o de Zero, por ser um olho voltado para os prazeres terrenos. Zero acaba perdendo seu terceiro olho e forçado a viver através de nascimentos e mortes que irão convergir em um Angel’s Egg, como constatamos nas também maravilhas “Isle of Everywhere” e “You Never Blow Yr Trip Forever”, onde essa visão assemelha-se a visão de re-incarnação do budismo, algo que Daevid começava a estudar naquele momento na vida real.

O Gong passou por diversas reformulações depois de You, tendo inclusive Bill Bruford participado da formação que encerrou o ano de 1974. O excesso de loucura vivido por Daevid foi tamanha que antes de um show na cidade de Cheltenham, em 1975, ele recusou-se a subir no palco por que uma parede de força estava evitando ele de fazer aquilo. Daevid saiu do Gong, assim como Smyth e Blake. Os demais continuaram excursionando pelo Reino Unido durante todo o mês de novembro de 1975, lançando Shamal naquele ano e começando uma nova fase, que foi batizada de Pierre Moerlen’s Gong, tendo na liderança o baterista Pierre Moerlen, e que lançou diversas maravilhas com o passar da carreira.

O som do Gong não é para qualquer um. Apreciar o que está contido nos álbuns da fase inicial e principalmente na trilogia de Radio Gnome é tarefa que dificilmente alguém consegue em uma audição inicial, e tão pouco em audições que não se preste atenção para os detalhes dos LPs e da história proposta, já que cada segundo é um tijolo fundamental para a construção de uma edificação gigantesca, e assim, somente a audição de uma única música de forma aleatória pode causar uma depreciação que não é devida justamente pela capacidade de criação do todo, e não só daquela canção, como é o caso de Angel’s Egg.

A capa de Angel’s Egg representa o que acontece no final de Flying Teapot e no início do LP. Da esquerda para a direita, temos primeiramente Zero comprando o peixe com fritas de uma linda bruxa. Essa bruxa oferece a ele um chá que contém a poção, e na casa da bruxa, Zero acaba dormindo, entrando em um estado de profunda viagem, onde, como um sátira a própria história criada por Daevid, ele se vê indo com sua cara direto para o meio das pernas de uma prostituta que o espera ansiosamente com as mesmas abertas, louca para mostrar a Zero a deusa da lua e deixando em destaque uma rosada vagina sedenta pela boca do herói da trilogia. Obviamente, essa capa foi proibida em diversos países, sendo a capa que saiu em lugares como Itália, Alemanha, Estados Unidos e Espanha, contendo apenas um ovo com asas e tendo o nome do LP.

O Gong de Daevid Allen voltaria anos depois, na década de 80 e anos 2000, sendo que outros Gongs surgiram nesse meio tempo, como New York Gong, Gongmaison e Mother Gong, sendo que o álbum de estreia do Mother Gong, Fairy Tale (1979), possui pelo menos mais uma maravilha, a fantástica “Wassilissa”. Todos esses grupos possuiam um que outro ex-integrante do Gong, com as mesmas maluquices e invenções do início de carreira do Gong original, mas jamais alcançando o impacto sonoro e criativo da trilogia Radio Gnome, que entre todas as maravilhas lançadas nos seus três álbuns, apresenta em “Prostitut Poem” a combinação exata de humor, delírios sonoros, esquisitice instrumental e talento vocal em uma única canção, digna de ser uma maravilha do mundo prog.

Por | Mairon Machado

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Lionel Hampton


Texto | Clube de Jazz

Lionel nasceu in Louisville, Kentucky, em 20 abril de 1909, mas foi criado em Chicago. Em 1928, ele mudou para Los Angeles, onde trabalhou com Paul Howards Serenaders, Les Hite e Louis Armstrong. Depois ele começou a tocar no Sebastians Cotton Club, em Culver City, Califórnia e na seqüência, passou a liderar seu próprio conjunto.

Em 1936, foi contratado por Goodman como vibrafonista, trabalhando no quarteto por quatro anos. Já em 1940, Hampton formou sua própria banda e desde essa época só tem realizado trabalhos como líder.

Em 1942, a sua gravação de "Flying Home" acabou se tornando um hino do swing, colocando Hampton como uma estrela e se tornou a plataforma de um pré-rhythm and blues ao lado do sax-tenor de Illinois Jacquet. Em 1947, Hampton participou de outra lendária gravação de swing, junto com Gene Norman na jam session "Just Jazz".

Através dos anos, centenas de nomes famosos tiveram seus começos nas bandas de Hampton, como Betty Carter, Dexter Gordon, Dinah Washington, Arnett Cobb, Quincy Jones e Clifford Brown. Hampton era um extrovertido showman, inclusive dançava tocando bateria e atacava o piano com dois dedos, fazendo com que os críticos e puristas torcessem o nariz, mas ninguém o esquecia como grande improvisador do swing.

Em 1985, ele cedeu seu nome ao festival de jazz da Universidade de Idaho, que é precedido por uma competição que reúne 1200 músicos pertencentes ao high school americano. Apesar de alguns problemas de saúde em razão da idade, Lionel Hampton continuou com um pouco da sua força vital nos anos 90.

Em janeiro de 2001, o vibrafone que ele tocou durante 15 anos, virou peça do National Museum of American History. Em 31 de agosto de 2002, com 93 anos, Lionel Hampton faleceu depois de sofrer um forte ataque do coração.

1999 | LIONEL HAMPTON
Essential Masters Of Jazz


1. Good Enough To keep: (Air Mail Special)
2. When Lights Are Low
3. Midnight Sun
4. Hamp's Boogie Woogie
5. One Sweet Letter From You
6. Jack The Bellboy
7. Buzzing Around With The Bee
8. Hot Mallets
9. Mingus Fingers
10. Stardust
11. Dinah
12. Sweethearts On Parade
13. Central Avenue Breakdown
14. Air Mail Special
15. Whoa Babe
16. Flying Home
17. I'm In The Mood For Swing
18. Muchacho Azul
19. Blue: (Because Of You)
20. Haven't Named It Yet

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Joy Division


Joy Division e New Order: da morte à vida; do rock gótico ao acid house
Mãe, eu tentei, por favor acredite
Eu estou fazendo tudo o que posso
Eu tenho vergonha das coisas pelas quais passei
Eu tenho vergonha da pessoa que eu sou”


Tradução livre (“Mother I tried please believe me/ I’m doing the best I can/ I’m ashamed of the things I’ve been put through/ I’m ashamed of the person I am”) da canção “Isolation” (1979), da banda Joy Division

Escreve Helena Uehara, autora de Joy Divison / New Order – Nada é mera coincidência: “18 de maio de 1980. Após assistir ao filme Stroszek, do alemão Werner Herzog, o seu diretor de cinema preferido, matou-se ao som de The Idiot [álbum de 1977], de Iggy Pop. Deixava um bilhete que dizia: ‘Nesse exato momento, eu queria estar morto. Eu simplesmente já não aguento mais’. (...) Um único e definitivo gesto, mudando o destino e a história de uma banda para sempre. Seu nome: Ian Curtis – vocalista e letrista do Joy Division”.

A morte de Ian Curtis pegou todos de surpresa. Seus companheiros de banda, Bernard Sumner (guitarra), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria) sabiam dos problemas pessoais do cantor – uma crise no casamento, causada pelo envolvimento de Ian com uma fã; a dependência das drogas e do álcool; a dificuldade de lidar com o sucesso meteórico do Joy Division, e a epilepsia, que o fazia se sentir infeliz e inferior aos demais –, mas nunca pensaram que ele poderia chegar ao extremo do suicídio. Ian Curtis contava 23 anos quando foi encontrado pela esposa, Deborah, enfocardo na cozinha de sua casa, um dia antes de partir para uma turnê nos EUA, que garantiria o sucesso da banda na América.

Tudo começou em 1977, quando Bernard Sumner, Peter Hook e Terry Mason, que viviam na proletária Manchester, saíram de um show da famosa banda de punk rock Sex Pistols decididos a fazer música. Posteriormente, Mason se tornaria empresário e road manager do conjunto, que precisou de um novo baterista, Stephen Morris. As letras e vocais couberam a Ian Kevin Curtis. Hook se recorda da formação do grupo, no final da década de 70, durante a efervescência do movimento punk inglês: “Eu e Barney [Bernard Sumner] estudamos juntos desde os 11 anos de idade. Conseguimos Stevie [Stephen Morris] através de um anúncio e costumávamos encontrar Ian nos shows, era um rosto constante nos shows, frequentávamos os mesmos lugares”.

Foi assim que surgiu o Warsaw – nome inspirado na música “Warszawa” , lançada por David Bowie naquele mesmo ano no disco Low. No ano seguinte, era lançado o primeiro álbum de uma banda de Londres chamada Warsaw Pakt, o que obrigou o conjunto a mudar a mudar de nome para evitar confusões. Nascia assim, o Joy Division, A Divisão da Alegria, nome retirado do livro The house of dolls, de Karol Cetinsky que narra uma história passada durante a II Guerra Mundial. A Divisão da Alegria era uma ala de um campo de concentração em que as prisioneiras judias eram obrigadas a se prostituírem como escravas sexuais dos oficiais nazistas.

O nome foi sugerido por Ian Curtis, que tinha uma quase obsessiva admiração pela cultura alemã, em especial símbolos do regime nazista, o Novo Cinema Alemão, de cineastas como Herzog e a música de vanguarda que estava sendo produzida naquele país, no final da década de 70. Peter Hook observa que, apesar de o Warsaw ter uma orientação punk, inspirado no som de David Bowie, Velvet Underground e Iggy Pop, naquela época, Curtis começou a se interessar pela nascente música eletrônica do Kraftwerk. O grupo germânico, considerado fundador do tecnopop, foi inspiração para que nos dois únicos álbuns lançados pelo Joy Division, Unknown Pleasures (1979) e Closer (1980) fossem incluídos a bateria eletrônica e o sintetizador, que permitiram efeitos sonoros que sugeriam atmosferas angustiantes e claustrofóbicas, além de gritos abafados e ecos guturais.

Se Ian se interessou pelas obras do Kraftwerk, principalmente o álbum Autobahn (1974), que simulava uma viagem de carro pelas vias expressas alemãs, e passou a influenciar os demais membros do Joy Division, os recursos eletrônicos depois iriam dominar a sonoridade do New Order, banda formada pelos integrantes remanescentes, após o suicídio de Curtis.

O fascínio por temas nazistas, sons que sugeriam atmosferas ao mesmo tempo oníricas e industriais – a título de curiosidade, o nome Kraftwerk, banda do Vale do Ruhr, zona fabril alemã, pode ser traduzido como Usina da Força ou Complexo Elétrico – e a admiração por Iggy Pop, um ícone do punk, que abria cortes nos braços e rolava em cacos de vidro durante apresentações com a sua banda, The Stooges, demonstrava que o vocalista do Joy Division tinha interesse por temas sadomasoquistas, em que as fronteiras entre dor e prazer eram tênues. Mais tarde, sua esposa, na biografia do cantor, Touching from a distance (ainda sem tradução no Brasil) escreve relatos de autoflagelação: “As drogas que tomavam obliteravam-lhe os sentidos. (...) Ian costumava frequentemente infligir dor em si mesmo para ver o quanto aguentava naquele estado anestésico. Utilizava cigarros para queimar a pele e batia nas pernas com sapatos de corrida”.


Essa combinação de elementos, somados à fantasmagórica voz de Curtis, as guitarras de Sumner, que parecem chorar, e a bateria de Morris, que invoca marchas militares, acabaram por criar uma das maiores expressões do chamado rock gótico (que junto da new wave, formaram o chamado post punk) e de toda a música. Ouvir o Joy Division é penetrar num mundo criado por Ian Curtis, e suas atmosferas enevoadas e sinistras. Suas letras revelam uma personalidade que procurava, através da dor, das drogas e da música, se auto-punir pela epilepsia, pela frieza com a esposa e a filha Natalie, recém-nascida; ao mesmo tempo, em canções como “Twenty four hours” de Closer, o letrista parece ter noção de seu estado psíquico e emocional: “Agora que eu percebi que tudo deu errado/ Preciso de terapia, e esse tratamento será longo demais./ (...)/ Preciso achar meu destino, antes que seja tarde demais”. (Tradução livre para “Now that I’ve realised how it’s all gone wrong,/ Gotta find some therapy, this treatment takes too long./ (...)/ Gotta find my destiny, before it gets too late”.) Ao que parece, contudo, o destino de Curtis era adentrar a eternidade, como protagonista de uma das mais trágicas histórias do rock.

Após o lançamento de Unknown Pleasures, pela Factory Records, de Manchester, o conjunto ganhou projeção nacional, tocando em importantes programas de rádio da BBC, principal emissora inglesa. O disco, produzido por Martin Hannett, foi um sucesso entre a crítica e no fim de 1981, alcançou a cifra de cem mil cópias vendidas. A arte da capa, de Peter Saville – que passou a ser colaborador fixo do Joy Division, e posteriormente, do New Order – foi uma dos precursores do minimalismo, corrente estética derivada da PopArt. Sobre um fundo negro, um relevo representa as ondas emitidas pela primeira pulsar – estágio em que uma estrela, mesmo morta, ainda produz uma frequência – descoberta por astrônomos. A sugestão foi de Bernard Sumner, que havia visto a imagem em uma enciclopédia de Astronomia.

O crítico francês Michka Assayas, porém, faz uma leitura positiva da atmosfera deprimente do primeiro álbum do Joy Division. Em resenha publicado em 1981, o jornalista escreveu: “Unknown Pleasures nos faz acreditar que ainda há alguma esperança, que é possível encontrar pessoas que não suportam a preguiça e indiferença alheia e que desenvolvem uma força interior quando confrontados com as desgraças da vida”. Assayas, assim, defendia que ao ser assumidamente triste e mórbida, a banda de Ian Curtis protestava contra a música do final da década 70, chamada pelo crítico como “valium musical” por ignorar completamente os anseios de uma juventude insatisfeita com os rumos políticos da Inglaterra de Thatcher. O texto também destaca o talento de Curtis ao iniciar o álbum com o verso “Eu estou esperando por guia que venha e me tome pela mão” (“I’ve been waiting for a guide to come and take me by the hand”) – da canção “Disorder” – , como símbolo de toda uma geração que se sentia perdida e sem rumo, esperando que um líder lhes indicasse um novo caminho a seguir.


Porém é com o álbum seguinte, Closer, ainda mais soturno e triste é que o Joy Dvision será para sempre lembrado como uma das mais importantes bandas do rock gótico. O segundo e último álbum da banda foi um estrondoso sucesso, chegando a ser o sexto mais vendido no Reino Unido, em 1981, e até hoje é citado em diversas listas como um dos melhores de toda a história da música. Sua sonoridade apresenta evoluções em relação ao seu antecessor e a principal diferença entre esse disco e Unknown Pleasures é a sofisticação que o produtor Martin Hannett empregou em cada instrumento isoladamente, um explícito desvio da fórmula punk. O resultado final é ainda mais claustrofóbico, mais austero, sombrio e deprimente. A utilização de sintetizadores e teclados na estrutura das músicas, sobretudo em “Isolation”, “Twenty Four Hours” e “Decades” também dá indícios de que o som do Joy Division, independentemente da permanência de Curtis, tornaria-se, mais tarde, similar ao que foi produzido pelo New Order.

O crítico Bruno McDonald observa que “ainda que o álbum de estreia, Unknown Pleasures, olhasse fundo para o abismo, era apenas música”. Em Closer, as letras de Curtis também tornam-se mais intensas, duras e amargas e são várias as referências a temas mórbidos, e mais especificamente, ao suicídio, sendo possível assim, notar que não há mais uma diferença entre o eu-lírico e os dramas pessoais do vocalista. A primeira referência à morte está na capa do álbum - uma foto do mausoléu da família Appiani, do Cemitério Monumental de Staglieno, em Gênova, na Itália –, concebida pelos artistas gráficos Peter Saville e Martyn Atkins, antes mesmo de ouvirem qualquer uma das faixas do novo disco do Joy Division, mas que, curiosamente, o imaginaram como a trilha sonora de um funeral.

Aliados ao suicídio de Ian Curtis, fato adiou em dois meses o lançamento de Closer, esses elementos acentuaram a atmosfera soturna e mística que envolveu o álbum, que ainda segundo McDonald, pode ser ouvido como “um amargo bilhete suicida”. Em 1994, o dono da Factory Records, Tony Wilson comentou sobre o disco: “É como se compô-lo tivesse piorado seu estado: deixou-se estragar por ele, em vez de apenas expressá-lo”.

Porém, antes de se matar, Curtis ainda teve tempo de gravar a canção que, provavelmente, é a mais popular do Joy Division. “Love will tear us apart”, além de representar a maturidade sonora da banda, é um bom exemplo da lírica dolorida do vocalista, que embora densa, ainda rendia refrões característicos da música comercial executadas em rádios FM. É nessa faixa que fica clara a maneira do letrista enxergar o mundo, e principalmente as relações interpessoais. “Quando se está apaixonado a tendência natural é querer estar junto à pessoa amada. No entanto, o amor é aquilo que os separa. (...) Para Ian Curtis, todo sentimento é dor, sobretudo o amor. (...)Ian precisa se ferir até sangrar para sentir que existe qualquer tipo de sentimento”, explica a autora Helena Uehara.

Assim é possível afirmar que a discografia do Joy Division, sobretudo pela lírica de seu vocalista, Ian Curtis, é um paradigma na principal dicotomia da música dos anos 80: a tênue fronteira entre o amor e a morte.

Texto e fotos retirados de: Jorwiki USP

1979 | UNKNOWN PLEASURES
(Remastered 2007)

CD 1 | Unknown Pleasures

01. Disorder
02. Day Of The Lords
03. Candidate
04. Insight
05. New Dawn Fades
06. She's Lost Control
07. Shadowplay
08. Wilderness
09. Interzone
10. I Remember Nothing

CD 2 | The Factory, Manchester Live 13 July 1979

01. Dead Souls
02. The Only Mistake
03. Insight
04. Candidate
05. Wilderness
06. She's Lost Control
07. Shadowplay
08. Disorder
09. Interzone
10. Atrocity Exhibition
11. Novelty
12. Transmission

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1980 | CLOSER
(Remastered 2007)

CD 1 | Closer

01. Atrocity Exhibition
02. Isolation
03. Passover
04. Colony
05. A Means To An End
06. Heart And Soul
07. Twenty Four Hours
08. The Eternal
09. Decades

CD 2 | University Of London Union Live 8 February 1980

01. Dead Souls
02. Glass
03. A Means To An End
04. Twenty Four Hours
05. Passover
06. Insight
07. Colony
08. These Days
09. Love Will Tear Us Apart
10. Isolation
11. The Eternal
12. Digital

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1981 | STILL
(Remastered 2007)

CD 1 | Still

01. Exercise One
02. Ice Age
03. The Sound Of Music
04. Glass
05. The Only Mistake
06. Walked In Line
07. The Kill
08. Something Must Break
09. Dead Souls
10. Sister Ray
11. Ceremony
12. Shadowplay
13. A Means To An End
14. Passover
15. New Dawn Fades
16. Transmission
17. Disorder
19. Decades
20. Digital

CD 2 | Live at High Wycombe Town Hall

01. The Sound Of Music
02. A Means To An End
03. Colony
04. Twenty Four Hours
05. Isolation
06. Love Will Tear Us Apart
07. Disorder
08. Atrocity Exhibition
09. Isolation (Sound Check)
10. The Eternal (Sound Check)
11. Ice Age (Sound Check)
12. Disorder (Sound Check)
13. The Sound Of Music (Sound Check)
14. A Means To An End (Sound Check)

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1988 | SUBSTANCE

01. Warsaw
02. Leaders Of Men
03. Digital
04. Autosuggestion
05. Transmission
06. She's Lost Control
07. Incubation
08. Dead Souls
09. Atmosphere
10. Love Will Tear Us Apart
11. No Love Lost
12. Failures
13. Glass
14. From Safety To Where
15. Novelty
16. Komakino
17. These Days

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1990 | PEEL SESSIONS

01. Exercise One
02. Insight
03. She's Lost Control
04. Transmission
05. Love Will Tear Us Apart
06. 24 Hours
07. Colony
08. Sound Of Music

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1995 | PERMANENT

01. Love Will Tear Us Apart
02. Transmission
03. She's Lost Control
04. Shadow Play
05. Day Of The Lords
06. Isolation
07. Passover
08. Heart & Soul
09. Twenty Four Hours
10. These Days
11. Novelty
12. Dead Souls
13. The Only Mistake
14. Something Must Break
15. Atmosphere
16. Love Will Tear Us Apart (Permanent Mix)

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1997 | HEART AND SOUL

CD 1
01. Digital
02. Glass
03. Disorder
04. Day Of The Lords
05. Candidate
06. Insight
07. New Dawn Fades
08. She's Lost Control
09. Shadowplay
10. Wilderness
11. Interzone
12. I Remember Nothing
13. Ice Age
14. Exercise One
15. Transmission
16. Novelty
17. The Kill
18. The Only Mistake
19. Something Must Break
20. Autosuggestion
21. From Safety To Where

CD 2
01. She's Lost Control (12'')
02. Sound Of Music
03. Atmosphere
04. Dead Souls
05. Komakino
06. Incubation
07. Atrocity Exhibition
08. Isolation
09. Passover
10. Colony
11. Means To An End
12. Heart And Soul
13. Twenty Four Hours
14. The Eternal
15. Decades
16. Love Will Tear Us Apart
17. These Days

CD 3
01. Warsaw
02. No Love Lost
03. Leaders Of Men
04. Failures
05. The Drawback
06. Interzone
07. Shadowplay
08. Excercise One
09. Insight
10. Glass
11. Transmission
12. Dead Souls
13. Something Must Break
14. Ice Age
15. Walked In Line
16. These Days
17. Candidate
18. The Only Mistake
19. Chance (Atmosphere)
20. Love Will Tear Us Apart
21. Colony
22. As You Said
23. Ceremony
24. In A Lonely Place (Detail)

CD 4
(Live At The Factory)
01. Dead Souls
02. The Only Mistake
03. Insight
04. Candidate
05. Wilderness
06. She's Lost Control
07. Disorder
08. Interzone
09. Atrocity Exhibition
10. Novelty
(Live At Prince Of Wales Conference Centre, London)
11. Autosuggestion
(Live At Winter Gardens, Bournemouth)
12. I Remember Nothing
13. Colony
14. These Days
(Live At Lyceum Ballroom, London)
15. Incubation
16. The Eternal
17. Heart And Soul
18. Isolation
19. She's Lost Control

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1999 | PRESTON
(Live | 28 February 1980)

01. Incubation
02. Wilderness
03. Twenty Four Hours
04. The Eternal
05. Heart And Soul
06. Shadowplay
07. Transmission
08. Disorder
09. Warsaw
10. Colony
11. Interzone
12. She's Lost Control

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1999 | WARSAW
(Demo 1981)


01. The Drawback
02. Leaders of Men
03. They Walked in Line
04. Failures
05. Novelty
06. No Love Lost
07. Transmission
08. Living in the Ice Age
09. Interzone
10. Warsaw
11. Shadowplay
12. As You Said
13. Inside the Line
14. Gutz
15. At a Later Date
16. The Kill
17. You're No Good for Me

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2000 | THE COMPLETE BBC RECORDINGS

01. Exercise One
02. Insight
03. She's Lost Control
04. Transmission
05. Love Will Tear Us Apart
06. 24 Hours
07. Colony
08. Sound Of Music
09. Transmission
10. She's Lost Control
11. Ian Curtis & Stephen Morris Interviewed By Richard Skinner

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2001 | LES BAINS DOUCHE
(Live | 18 December 1979)


01. Disorder
02. Love Will Tear Us Apart
03. Insight
04. Shadowplay
05. Transmission
06. Day Of The Lords
07. 25 Hours
08. These Days
09. A Means To An End
10. Passover
11. New Dawn Fades
12. Atrocity Exhibition
13. Digital
14. Dead Souls
15. Autosuggestion
16. Atmosphere

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2001 | REMAINS

01. Inside the Line
02. Gutz
03. At a Later Date
04. The Kill
05. You’re No Good for Me
06. At a Later Date (live)
07. Leaders of Men
08. Walked in Line
09. Failures
10. Novelty
11. No Love Lost
12. Transmission
13. Ice Age
14. Warsaw
15. Shadowplay
16. Atrocity Exhibition
17. Something Must Break
18. Transmission
19. She’s Lost Control
20. Transmission
21. Passover (live)
22. New Dawn Fades (live)
23. Love Will Tear Us Apart

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2004 | NO MORE CEREMONIES
Live at the Lyceum Theatre, London 29-02-80

01. Incubation
02. Wilderness
03. Twenty Four Hours
04. The Eternal
05. Heart And Soul
06. Love Will Tear Us Apart
07. Isolation
08. Komakino
09. She's Lost Control
10. These Days
11. The Atrocity Exhibition

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2005 | LET THE MOVIE BEGIN
(Live)


01. Love Will Tear Us Apart
02. Ian Curtis Interview
03. Leaders Of Men
04. Steve Morris & Ian Curtis Interview
05. Failures
06. Ian Curtis Interview
07. Novelty
08. Martin Hannett Interview
09. New Dawn Fades
10. Ian Curtis Interview
11. Ice Age
12. Steve Morris & Ian Curtis Interview
13. Shadowplay
14. Ian Curtis Interview
15. Passover
16. Martin Hannett Interview
17. Transmission
18. Steve Morris & Ian Curtis Interview
19. At A Later Date
20. Ian Curtis Interview
21. Digital
22. Bernard Sumner Interview
23. Colony
24. Ian Curtis Interview
25. Auto Suggestion
26. Dead Souls

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2008 | THE BEST OF

CD 1
01. Digital
02. Disorder
03. Shadowplay
04. New Dawn Fades
05. Transmission
06. Atmosphere
07. Dead Souls
08. She's Lost Control
09. Love Will Tear Us Apart
10. These Days
11. Twenty Four Hours
12. Heart And Soul
13. Incubation
14. Isolation

CD 2
01. Exercise One
02. Insight
03. She's Lost Control
04. Transmission
05. Love Will Tear Us Apart
06. Twenty Four Hours
07. Colony
08. Sound Of Music
09. Transmission (Something Else)
10. She's Lost Control (Something Else)
11. Ian Curtis & Stephen Morris (interviewed by Richard Skinner)

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