A Horse With No Name

cavalo

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Folque


Jenn Mortensen | vocals
Lars Heljesen | vocals, guitar
Øyvind Rauset | fiddle
Morten Bing | mandolin, dulcimer, guitar
Eilif Amundsen | bass, banjo
Morten Jacobsen | drums


1978 | DANS, DANS, OLAV LILJEKRANS

01. Dans, Dans, Olav Liljekrans
02. Holterilen
03. Blind-Fredriks Vise
04. Liti Kari
05. Beire Ti'e No?
06. Kjalstadguten
07. Margjit Og Tarjei Risvollo
08. Sol Bakom Skyan
09. St. Stefans Vise

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Fito Paez | Circo Beat

Circo Beat é o álbum sucessor do El amor después del amor, que é o álbum mais vendido da história do rock argentino. Assim, as expectativas eram grandes antes mesmo do lançamento deste álbum. Com hits de ampla difusão nas radios, como "Mariposa Tecknicolor" e "Tema de Piluso", o álbum teve uma vendagem de 350.000 copias, tornando-o assim o segundo álbum com maior exito no ano de 95, na Argentina.

A faixa "Tema de Piluso" foi escrita pelo Fito Páez em homenagem ao seu conterrâneo, o falecido humorista Alberto Olmedo.

Nesse álbum, Fito parece fazer uso da mesma fórmula conceitual de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, disco antológico dos Beatles lançado em 1967. Além de canções que se emendam e se articulam, o disco traz referências à obra dos Beatles e também à Commedia dell'arte. A canção Circo Beat, por exemplo, abre o disco imitando o anfitrião da Commedia dell'arte e, ao mesmo tempo, é similar às boas-vindas que a "Banda dos Corações Solitários do Sargento Pimenta" faz na abertura do disco dos Beatles.

Já ao final da penúltima canção o anfitrião retorna, encerrando a apresentação – tal como acontece em Sgt. Peppers (reprise) no disco dos Beatles. E ambos os álbuns são concluídos com canções reflexivas, Nada del mundo real no caso de Fito e a genial A Day in the Life pelos Beatles. Além disso, outras referências podem ser encontradas no naipe de metais em El jardin donde vuelan los mares, no caleidoscópio citado em Si Disney despertase, nos fragmentos de letras em inglês usados por Fito, no tom memorialista de Normal 1 e Lo que el viento nunca se llevo e ainda no fato de Mariposa Tecknicolor estar na mesma posição de With a Little Help from My Friends e poder ser lida como uma resposta a essa canção dos Beatles.

Outro fato interessante a se perceber, é que ambos os discos possuem 13 faixas.

Por fim, o nome do disco (Circo Beat), que parece ser um jogo de palavras que aludem a atmosfera circense de ambos os álbuns, junto a uma referência aos Beatles (chamados aqui carinhosamente de 'Beat').

Texto | Wikipédia

1994 | CIRCO BEAT

01. Gotta Find a Way
02. Castle of Thoughts
03. Fatback
04. Double Cross
05. Timepiece
06. Wicked Truth
07. Gimmie Your Head
08. Fantastic Piece of Architecture
09. Melvin Laid an Egg

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Egberto Gismonti


Esse é um disco que vale muito a pena conhecer, pois mostra Egberto no início de suas experimentações com orquestras. A música de abertura (Janela de Ouro) é um excelente exemplo das experimentações “gismontísticas”, com belíssimos arranjos e um bom gosto visceral.

Outro destaque é a elegância da sequência "Ciclone", "Indi" e “Sonho”, essa que posteriormente teve ótimas versões com letras (tanto em inglês quanto em português) de artistas como Elis Regina, Airto Moreira e Toots Thielmans. "Pêndulo" tem um arranjo bastante interessante, trabalhando com a idéia de dinâmica no som. Queria muito saber quem são os instrumentistas que tocam junto, especialmente o baixista (o cara merece aplausos).

É complicado escrever sobre essa obra sem se rasgar de elogios... Então pra evitar esse ato absolutamente desnecessário e redundante, prefiro que escutem e tirem suas próprias conclusões. por isso repito: Vale muito a pena conhecer esse disco!

Texto retirado do blog | Casa Forte Brasil

1970 | SONHO 70

01. Janela de Ouro
02. Parque Laje
03. Ciclone
04. Indi
05. Sonho
06. O Mercador de Serpentes
07. Lendas
08. Pêndulo
09. Lírica nº 1

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Caetano Veloso

Pela primeira vez, o nome de Caetano Veloso estampava sozinho a capa de um long play. Não está errado quem diz que o disco, apesar dos bons momentos, é mais revolucionário que bem-sucedido. Contudo, trata-se de um início importante, uma vez que o álbum homônimo de 1968 estabelece as diretrizes da obra que, desde então, vem sendo construída pelo compositor.

A canção de abertura, “Tropicália”, pode ser entendida como manifesto do projeto tropicalista, iluminando, em consequência, todo o repertório do disco. A emblemática “Alegria, Alegria” irrompe pouco depois, realizando, na prática, a síntese cultural anunciada na canção-manifesto. Destacam-se, também, as faixas “Onde Andarás”, parceria com o poeta Ferreira Gullar, “Soy Loco por Tí América”, de Gilberto Gil e José Carlos Capinam, e “Eles”, representação irônica e perspicaz do conservadorismo brasileiro.

A idéia de ter guitarras e teclados transitando em meio a canções nitidamente escritas para acompanhamento ao violão resulta em uma sonoridade confusa, indeterminada. Os instrumentos elétricos ainda soam, aqui, como enxertos necessários à realização da estética tropicalista. No entanto, vale ressaltar a importância dessa iniciativa diante da pretenção MPBista de isolar a cultura nacional em busca de uma essência fantasiosa e politizante (haja vista que, em 1967, tivemos uma “Passeata Contra a Guitarra Elétrica” em São Paulo).

Caetano Veloso nos apresenta um disco cuidadosamente pensado, ainda que não satisfatoriamente realizado. As canções, ambiciosas em seu aspecto poético, não encontram uma contraparte musical adequada. Enfim, as indeterminações do disco são resultado de uma tensão não resolvida, ou mal resolvida, entre os elementos locais e universais que alimentaram sua feitura.

Por | Pedro Martins

1968 | CAETANO VELOSO

01. Tropicália
02. Clarice
03. No Dia Em Que Eu Vim-Me Embora
04. Alegria, Alegria
05. Onde Andarás
06. Anunciação
07. Superbacana
08. Paisagem Útil
09. Clara (com Gal Costa)
10. Soy Loco Por Tí, América
11. Ave Maria
12. Eles

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Exuma


Macfarlane Gregory Anthony "Exuma" McKay



1970 | EXUMA

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1970 | EXUMA II

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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Bloodrock


Bloodrock é uma banda formada no Texas, EUA, inicialmente um trio tocavam covers e no fim dos anos 60 resolvem gravar material próprio.

Descobertos pelo produtor Terry Knight que pra quem não está associando o nome a pessoa foi o cara que em 63 levou o som dos Stones pra américa quando DJ e produziu o Grand Funk Railroad mais tarde. Terry Knight produziu os três primeiros discos dos caras lançando-os no circuito de festivais ao lado do Grand Funk e a banda fez enorme sucesso arrebatando mais fãs a cada show.

Apesar de não tocarem nas rádios os caras acabaram se tornando uma essencial banda cult principalmente para as tropas americanas que serviam no Vietnan. A banda se tornou mais conhecida com a música “DOA” que na tradução livre quer dizer “Mortos na Chegada” sobre um acidente de avião, música essa que se tornou seu único grande hit alcançando a posição 36 da Bilboard em janeiro de 71.

A banda era considerada tecnicamente competente mas seu produto foi considerado pouco original pelos críticos levando-os a não obter o sucesso esperado o que acabou acarretando seu fim precoce. O som dos caras é caracterizado pelo peso característico das bandas da epóca como Grand Funk Railroad, Black Sabbath e Sir Lord Baltmore. As letras eram cínicas e vulgares tratando de temas como alienação, vingança e o modo de vida americano, temas que serial fartamente abordadas na cena Punk Rock mas que pareciam fora de lugar em plena era pós-Woodstock. As músicas que foram eleitas como favoritas pelos fãs foram “Kool-Aid Kids,” “Gotta Find a Way”, “Castle of Thoughts”, “Breach of Lease”, “Cheater”, “D.O.A.”, e “Lucky in the Morning.”

No fim de 72 depois de 4 bons discos o vocalista original Jim Rutledge sai da banda e é substituido por Warren Ham que mais tarde veio a formar uma banda de rock cristão de nome Kerry Livgren ’s Christian. Com ele a banda lançou dois discos que foram “Passage” e “Whirlwind Tongues” onde os caras se afastaram bastante do Hard pesadão inicial indo em direção ao progressive rock, pop e jazz, uma reminiscência de artistas como Jethro Tull, Todd Rundgren e Traffic.

Durante as performances ao vivo com Warren Ham a banda evitava tocar as músicas com temas mais mórbidos como “Whiskey Vengeance” e “DOA”.
Curiosamente a banda enveredou por temas esquerditas ou mesmo marxistas em canções como “The Power”. Em 2000 saiu uma versão em CD tripla que inclui os dois discos com Warrem Ham e mais um álbum não lançado anteriormente de nome “Unspoken Words” gravado em meados de 1974 antes de sua dissolução oficial.

Em 2005 os caras se reuníram para um concerto com quatro dos seis membros originais (Jim Rutledge, Lee Pickens , Ed Grundy, Nick Taylor, Chris Taylor no lugar do baterista original Rick Cobb) em benefício do tecladista Stevie Hill, doente, não me pergunte do que, esse show com grande sucesso de público aconteceu em Ft.. Worth, Texas. Não há notícia de que dessa reunião saia novo álbum.

Texto retirado de | História do Rock

1970 | BLOODROCK

01. Gotta Find a Way
02. Castle of Thoughts
03. Fatback
04. Double Cross
05. Timepiece
06. Wicked Truth
07. Gimmie Your Head
08. Fantastic Piece of Architecture
09. Melvin Laid an Egg

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1970 | BLOODROCK 2

01. Lucky in the Morning
02. Cheater
03. Sable and Pearl
04. Fallin
05. Children’s Heritage
06. Dier Not a Lover
07. D.O.A.
08. Fancy Space Odyssey

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1971 | BLOODROCK 3

01. Jessica
02. Whiskey Vengeance
03. Song for a Brother
04. You Gotta Roll
05. Breach of Lease
06. Kool-Aid-Kids
07. A Certain Kind
08. America, America

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1971 | USA

01. It’s a Sad World
02. Don’t Eat the Children
03. Promises
04. Crazy ’bout You Babe
05. Hangman’s Dance
06. American Burn
07. Rock & Roll Candy Man
08. Abracadaver
09. Magic Man
10. Erosion

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1972 | LIVE

01. Castle of Thoughts
02. Breach of Lease
03. Lucky in the Morning
04. Kool-Aid-Kids
05. D.O.A.
06. You Gotta Roll
07. Cheater
08. Jessica
09. Gotta Find a Way

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1972 | PASSSAGE

01. Help is on the Way
02. Scottsman
03. Juice
04. The Power
05. Life Blood
06. Days and Nights
07. Lost Fame
08. Thank You Daniel Ellsberg
09. Fantasy

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1974 | WHIRLWIND TONGUES

01. It’s Gonna Be Love
02. Sunday Song
03. Parallax
04. Voices
05. Eleanor Rigby
06. Stilled By Whirlwind Tongues
07. Guess What I Am
08. Lady of Love
09. Jungle

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1989 | DEAD ON ARRIVAL

01. Gotta Find a Way
02. Wicked Truth
03. Melvin Laid an Egg
04. Lucky in the Morning
05. Sable and Pearl
06. Jessica
07. Breach of a Lease
08. It’s a Sad World
09. Hangman’s Dance
10. D.O.A (Live)
11. Help is on the Way
12. Scotsman
13. Eleanor Rigby (The Beatles Cover)
14. Stilled in Whirtwind Tongues

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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Cilibrinas do Éden


No mundo da música, se tornam folclore as histórias de “álbuns perdidos”, discos que foram gravados, mas não foram lançados durante anos, ou mesmo só “vazaram” para o público através de edições piratas. “Smile”, dos Beach Boys, “Cocksucker Blues”, dos Rolling Stones (esse, no caso, apenas um single), “The Ties That Bind”, de Bruce Springsteen & E Street Band, “Tecnicolor”, d’Os Mutantes e “Black Album”, do Prince, são alguns exemplos que nos levam a preciosidade presente neste texto.

Em 1972, Rita Lee estava confusa. Ela já tinha dois discos solos na bagagem que não cortavam o cordão umbilical com Os Mutantes – o primeiro, “Build Up”, de 1970, havia sido produzido por Arnaldo Baptista e Rogério Duprat, e o segundo, “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, de 1972, era um disco d’Os Mutantes creditado a ela – mas havia finalmente deixado a banda (ou, segundo a própria, convidada a se retirar) e não queria aceitar o conselho do diretor da gravadora Phillips, André Midani, de sair em carreira solo.

Rita era amiga de Lucia Turnbull, uma paulistana que, como ela, havia morado dois anos em Londres, e também participado das gravações de “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida” fazendo vocais. Com Lucia, Rita Lee decidiu formar a dupla Cilibrinas do Éden, buscando uma sonoridade calcada em violões e nos doces vocais de ambas, que soavam maravilhosamente bem juntos. “Cilibrina”, na gangue d’Os Mutantes, era a palavra código para maconha.

A dupla negociou um contrato com a gravadora, e logo foi escalada para tocar no mega-show Phono 73, um festival de música realizado no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 10 e 13 de maio de 1973, que reuniu todo o elenco de contratados da Phillips, ou seja, o “crème de la crème” da música brasileira da época (a lista, imensa, trazia Caetano, Chico Buarque, Elis Regina, Jorge Ben, Raul Seixas, Wilson Simonal, Fagner, Erasmo Carlos, Gal Costa, Jards Macalé, Ronnie Von, Odair José e muitos, muitos outros).

E a estreia da Cilibrinas do Éden, numa quinta-feira, 10 de maio, abrindo para Os Mutantes, não poderia ter sido… pior. Com músicas desconhecidas, vaias retumbantes soaram durante a apresentação das moças no Anhembi. Rita sacou ali que o público não aceitaria bem um som tão acústico, e tratou de montar uma banda mais rock n’ roll, afinal, os tempos não estavam para sutilezas. Rita encontrou o Lisergia, grupo do guitarrista Luis Sérgio Carlini e do baixista Lee Marcucci, e partiu para o processo de composição e gravação do álbum d’as Cilibrinas.

O disco deveria se chamar “Tutti Frutti”, e as gravações ocorreram ao vivo em dezembro de 1973, no estúdio Eldorado, em São Paulo, sob coordenação de Liminha, em sua primeira produção. O resultado não agradou André Midani, que preferia muito mais Rita Lee solo do que um novo grupo, e vetou o projeto antes do disco ir para a fábrica. Antonio Bivar, então habitué da corte de Rita, conta que a produção foi caótica, divertida e amadora, e se a gravação não chegou ao mercado, tem como mérito ter servido para formar o que seria o embrião da nova banda de Rita Lee, a Tutti Frutti.

A única música aproveitada das sessões d’As Cilibrinas, e regravada para o LP de estreia de Rita Lee com o Tutti Frutti (“Atrás do Porto Tem uma Cidade”, 1974) foi “Mamãe Natureza”, justamente o primeiro clássico de sua carreira solo. Nesse disco, uma música foi o pivô da saída de Lucia Turnbull da banda: “Menino Bonito” tinha uma levada totalmente a lá Cilibrinas, com duas vozes e violões. Qual não foi a surpresa quando o disco ficou pronto, e à revelia da banda, a produção (de Mazola) apagou a voz de Lucia deixando apenas a de Rita com acompanhamento de pianos e cordas.

O sucesso só viria para Rita Lee e o Tutti Frutti, sem Lucia, no ano seguinte, em outra gravadora (Som Livre), e com outro LP (“Fruto Proibido”, de 1975, produzido por Andy Mills, também produtor de Alice Cooper), mas isso já é outro capítulo. Lucia Turnbull ainda participaria do disco/turnê “Refestança”, de Rita com Gilberto Gil, em 1977, e teria um certo reconhecimento emplacando “Aroma”, disco de 1980 lançado pela EMI-Odeon (e até hoje não relançado em CD).

Como um bom “álbum perdido”, a estreia d’As Cilibrinas do Éden circulou durante anos em fitinhas K7, nas mãos dos fãs mais descolados, e quase foi lançado oficialmente nos anos 2000 pelo pesquisador Marcelo Fróes, que esbarrou em questões financeiras, pois Lucia Turnbull, segundo entrevista ao jornal Folha de São Paulo, não aceitou a proposta de divisão de valores, alegando que o disco é de uma banda, não só de Rita, e o projeto foi engavetado.

Texto | André Fiori

1973 | CILIBRINAS DO ÉDEN

01. Cilibrinas Do Éden
02. Festival Divino
03. Bad Trip (Ainda Bem)
04. Vamos Voltar ao Princípio Porque Lá é o Fim
05. Paixão da Minha Existência Atribulada
06. Gente Fina é Outra Coisa
07. Nessas Alturas dos Acontecimentos
08. E Você Ainda Duvida
09. Minha Fama de Mau
10. Mamãe Natureza
11. Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Minha Vida
12. Mande um Abraço Para a Velha

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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Arthur Verocai


O estilo de Athur Verocai pode ser comparado a Tim Maia e Jorge Ben. As músicas tem um toque de folk, mais do que uma pitada de funk, solos ao estilo de jazz, incríveis arranjos com 20 instrumentos de cordas, uma mistura de teclados em um clima de trilha sonora.

"Eu costumava ouvir Blood Sweat and Tears, Chicago, Stan Kenton, Wes Montgomery, Jimmy Web, Frank Zappa, Herbie Hancock, Bill Evans e Miles Davis, Milton Nascimento, Bossa Nova, entre outros" explica Arthur Verocai. "No Brasil, nós temos muitas influências musicais, e naquela época não havia um estilo que dominava o mercado. Nesse sentido, meu disco reflete uma busca e uma experimentação musical. Eu estava com um espírito bastante aventureiro nesse álbum e isso me levou a explorar novos caminhos para a melodia, harmonia e rítmo."

Verocai chegou para as gravações do disco de 1972 com alguns sucessos nas suas costas. Em 1971 havia produzido o disco "Agora", de Ivan Lins, fortemente influenciado pelo soul americano. Além disso, ele havia contribuído com alguns arranjos para gravações de Jorge Ben. "Eu também produzi dois LPs para a cantora Célia, pela Continental, e o presidente da gravadora ficou bastante satisfeito com os resultados. Ele me convidou para gravar um álbum com as minhas próprias composições e eu aceitei com a condição que eu pudesse escolher os músicos. A sessão de cordas completa era composta por 12 violinos, 4 violas e 4 violoncelos, sempre com um ou dois percussionistas. A ideia de misturar cordas com música contemporânea veio do meu desejo de percorrer novos caminhos. Eu acredito que o álbum é muito rico, tanto na quantidade, como na qualidade dos músicos." No time, lendas como Robertinho Silva, Pascoal Meireles, Luiz Alves, Paulo Moura, Edson Maciel, Oberdan Magalhães (Banda Black Rio), Nivaldo Ornelas (que acompanhava Milton Nascimento) e Toninho Horta.

Nascido Arthur Cortes Verocai, no Rio de Janeiro, em 17/6/1945, ele estudou música com Léo Soares, Darci Villaverde, Nair Barbosa da Silva, Roberto Menescal e Vilma Graça. Em 1966 Leny Andrade incluiu a música "Olhando o Mar" em seu disco "Estamos Aí". Dois anos depois Verocai participou do evento Musicanossa, que reuniu compositores, músicos e cantores em apresentações no teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro, paro o qual ele escreveu seus primeiros arranjos. As gravações ao vivo incluem as canções "Madrugada" e "Nova Manhã", compostas em parceria com Paulinho Tapajós.

Até 1968, Verocai ainda trabalhava como Engenheiro Civil. Mas, mesmo assim ele conseguia tocar e participar como arranjador nos maiores festivais brasileiros. Ele trabalhava com artistas como Paulinho Tapajós, Elis Regina e os Golden Boys. Em 1969 Verocai engrenou de vez na carreira de músico e arranjador. Nessa época, ele arranjou discos do Terço, Jorge Ben, Elizeth Cardoso, Gal Costa, Quarteto em Cy, MPB 4, Célia, Guilherme Lamounier, Nélson Gonçalves, Marcos Valle, entre outros. Também assinou a produção musical dos espetáculos "É a Maior" e "O Rio Amanheceu Cantando". Em 1970 ele começa a compor músicas incidentais e de abertura para programas de TV.

O disco de 1972 permitiu a Verocai levar seu interesse por música instrumental ainda mais longe. "Eu sempre quis compor trilhas sonoras em grande estilo, como no cinema, mas isso não era possível com meu trabalho na TV", diz ele. "Minha oportunidade apareceu quando eu estava gravando esse álbum. Eu criei uma célula rítimica em um violão junto com a linha melódica. Eu adicionei a linha de baixo, bem como bateria e percussão não convencionais, junto com uma leve orquestração de 4 trompetes e uma flauta, e um toque delicado das cordas (12 violinos, 4 violas e 4 violoncelos). Ao final da composição, Oberdam Magalhães tocou e cantou com sua flauta." O resultado é a faixa "Sylvia".

"Presente Grego" é talvez a faixa mais funk do álbum. "Essa música foi influenciada pelo soul e pelo funk americanos", diz Verocai. "Por volta de 1972, muitos músicos da minha geração tinham várias influências, que permitiam nos distanciar da música mais convencional. "Presente Grego" é uma expressão que vem do Cavalo de Tróia, um presente dos gregos que escondia os guerreiros que derrotariam os troianos. Como nossa ditadura militar que, sob a aparência de um governo correto, praticava a censura e a opressão", explica ele.

Somados aos elementos de funk e soul, o disco tem vários solos de artistas obviamente influenciados pelo jazz. Confira em "Pelas sombras" ou "Karina", onde os saxofones passeiam sobre os rítmos brasileiros. "Minhas preferências musicais vão de Bach e Villa-Lobos aos músicos de jazz como Tom Jobim, Milton Nascimento, Miles Davis, Herbie Hancock, Oscar Peterson, Wes Montgomery e Bill Evans", diz Verocai.

Nos anos que se seguiram ao lançamento desse álbum, Arthur Verocai se tornou um músico publicitário, criando jingles para clientes como Brahma, Fanta, Petrobrás, e Souza Cruz, chegando a ganhar o prêmio "Colunistas" por diversos trabalhos.

Lançou apenas mais dois álbuns com músias inéditas, em 2002 e 2008.

O limbo em que a carreira musical de Verocai havia caído foi rompido a partir de uma redescoberta de sua obra por (pasmem) rappers americanos, virando cult e sampleado por artistas como Ludacris e Little Brother. Como resultado, Verocai foi convidado para a gravação de um DVD em Los Angeles, com uma banda de 30 músicos brasileiros, para uma platéia de 1200 pessoas. O DVD faz parte do projeto Timeless, que reuniu alguns arranjadores que tiveram seus trabalhos resgatados pelo hip hop em CDs e DVDs.

Texto adaptado do site da | Gravadora Ubiquity

1972 | ARTHUR VEROCAI

01. Caboclo
02. Pelas Sombras
03. Sylvia
04. Presente Grego
05. Dedicada a Ela
06. Seriado
07. Na Boca do Sol
08. Velho Parente
09. O Mapa
10. Karina (Domingo no Grajaú)

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Plebe Rude


Banda formada nos anos 80 por Philippe Seabra, Gutje, André X e Jander Bilaphra. Phillipe Seabra nasceu em Washington DC, EUA e em Brasília criou a Plebe Rude, que juntamente com outras bandas da cidade, fizeram grande sucesso no cenário do rock brasileiro dos anos 80. Vivendo atualmente entre NY e Brasília, o músico tem uma banda chamada Daybreak Gentleman e continua seus trabalhos com a Plebe Rude.

1985 | O CONCRETO JÁ RACHOU
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Em Brasília, fizeram parte da turma da Colina, integrada por outras bandas como Aborto Elétrico (que posteriormente deu origem Capital Inicial e Legião Urbana), Blitx 64, Metralhas e outras. O estilo da banda, repleto de críticas sociais e políticas, reflete toda a cultura da época, porém com uma preocupação maior nas composições e elaboração dos arranjos e melodias. Por estes fatores, é considerado uma mistura do rock com a influência inglesa e sua invasão oitentista do new wave.

Plebe Rude era umas das mais famosas bandas de Brasília, uma marco importante foi quando a Plebe Rude e a Legião Urbana fizeram um show num festival de rock em Patos de Minas em 5 de Setembro de 1982, primeiro show da recém formada Legião Urbana, abrindo para a Plebe Rude. Após as apresentações, acabaram sendo presos por causa de suas letras, Plebe Rude por uma música chamada "Voto em Branco" e Legião Urbana pela "Música Urbana 2", mas todos acabaram soltos após a polícia local ser informada por eles mesmos que eram de Brasília, temendo que fossem filhos de políticos.

1987 | NUNCA FOMOS TÃO BRASILEIROS
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Plebe Rude chamava muita atenção por onde passava. Tocaram em todas as danceterias importantes do eixo Rio-São Paulo e ainda no legendário Circo Voador. E numa destas apresentações no Circo Voador conheceram Herbert Viana, que haviam “homenageado” na música “Minha Renda”. No princípio, o encontro entre os plebeus e o paralama foi tenso, mas logo Herbert sacou todo o inteligente sarcasmo da Plebe Rude e a partir daquele momento tornou-se um dos que mais ajudaram a Plebe a estourar nacionalmente.

Atualmente conta com Philippe Seabra, nas vozes e na guitarra, Clemente Nascimento, dos Inocentes, também nas Vozes e na Guitarra, André X, no baixo e nos vocais, e Marcelo Capucci na bateria.

Texto | Wikipédia

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Kátya Teixeira


Cantora, compositora e instrumentista, vinda de uma família de músicos, Kátya Teixeira empreende sua viagem musical em perfeita sintonia com a energia telúrica. Fortemente influenciada pelo folclore e pela música latina, seu trabalho faz uma síntese ecológica. Nesta busca, ela consegue um admirável encontro com a riqueza musical oculta ou esquecida.

Seguindo a trilha de uma proposta musical definida, que é a de pesquisar e mesclar a cultura dos povos de todo o mundo como um reflexo de Brasil, ela apresenta um repertório variado, harmonizando voz, violão e rabeca, acompanhada de violões e bandolim e percussão, obtendo assim timbres e nuances, num espetáculo de grande beleza.

Neste trabalho de garimpagem e alquimia musical, nota-se elementos de uma lírica compreensão do homem e da terra. Vez ou outra, as músicas nos remetem a literatura de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos... No show, temos a impressão de que se está de fato viajando, já que a sequência das músicas segue uma lógica de verdadeiro passeio pelos ritmos das diferentes regiões do país.

Esta curiosa jornada desperta a emoção não só pela beleza, mas também pela coragem de realizar um trabalho tão sério de resgate de raízes. Faz acreditar num país rico. Poucos se aventuram a enveredar tão profundamente na verdadeira MÚSICA BRASILEIRA - rica, complexa, surpreendente e digna.

Fonte | Site Oficial

1997 | KATXERÊ

01. Katxerê
02. Kararaô
03. Aluarados
04. Mãe Áurea
05. Brincando de Roda
06. A Lua Girou
07. Fonte Motriz
08. Dia de Festa
09. Nas Teias da Renda
10. Passarinheiro
11. Alagoando
12. Rebuliço
13. Anauê
14. Chapada dos Guimarães
15. Marianinha
16. Nove Luas

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2003 | LIRA DO POVO

01. Ayvu
02. Alegria Da Criação | Adeus Oh Serra Da Lapa
03. Canto de Fé | Eu sou da lira
04. Maracatu de Brejão dos Negros
05. Cantiga Beiradeira
06. Senhora Rainha | Sabiá piô/Vila Nova/ Guerrear
07. Rainha das Águas | Canoa Branca
09. Desejo
10. Você vai lá pro sertão | Língua Trovador
11. De Kekeke
12. Joaninha
13. Estrela D´Alva
14. Tava Durumindo | Candombe de Jequitibá
15. Tá Caindo Fulô | Balainho De Fulô/ Adeus, Adeus/ Quando a Festa Acabar
16. A Rosa Também Se Muda

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2011 | FEITO DE CORDA E CANTIGA

01. Vem Comigo
02. Coração Poeta
03. Açoite
04. Eu Brasileiro
05. Estrela de Ouro
06. Água D’Água
07. Bruxa do Livramento
08. Don’Ana
09. Modificar
10. Maria, Estrela e Geraes
11. No Umbigo da Viola
12. Receita Pra Pegar Saci
13. Vida Aventureira
14. Barca de Noé
15. Requengá
16. Mãe das Raças
17. O Convite

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2013 | 2 MARES
com Luiz Salgado

01. Asas do Mar
02. Nossa Senhora da Guia
03. Tema Incidental Duas Ventarolas
04. Meu São Gonçalinho
05. São Gonçalo do Brasil. O Santo Que Mudou de Vida
06. Tema Incidental: Eu Subi Lá No Alto do Tempo
07. Vinde Meninas
08. Alegria da Criação
09. As Sete Mulheres do Minho
10. Tia Luzia, Tio José
11. Mineira
12. pena de Colibri
13. Tema Incidental: Sete Mulheres
14. Deusa da Lua
15. Folia de Reis
16. Grândola, Vila Morena

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2016 | CANTARIAR
21 Anos

01. Dois Sertões
02. Os Grilos São Astros
03. Encantado
04. O Canto das Águas Serenas
05. Fotossíntese
06. Roxa Cor da Saudade
07. Canteiros do Coração
08. Flor de Algodão
09. Vento Viajeiro
10. Além de Olinda
11. Canto Lunar
12. A Lua Girou
13. Canto Cego
14. Dia Santo
15. Teus Olhos

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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Judee Sill


Nascida em Oakland, Califórnia, perdeu o pai, Milford "Bun" Sill, morto devido a uma pneumonia em 1952, e o irmão ainda bem jovem. Sua mãe, alcoólatra, se casou novamente com Ken Muse, responsável pela animação de Tom e Jerry. Judee nunca aceitou o fato de sua mãe ter se casado com ele. Ela não simpatizava com o jeito autoritário de Ken. Como que para vingança, passou a andar com turmas rebeldes, se envolveu com crimes e drogas (heroína). Correram boatos que Judee chegou a se prostituir para bancar o consumo de drogas. Foi presa uma vez, e na cadeia, conseguiu largar o vício.

Decidiu também começar a compor, era uma pianista e guitarrista talentosa. Ela foi influenciada em suas composições por Bach e Ray Charles.

Fez uma viagem de carro cruzando os EUA, com duas garotas, quando tinha 19 anos. Nessa viagem, obteve mais contato com o mundo musical. Quando voltou, conheceu David Geffen, que contratou Judee para gravar um disco pela sua nova gravadora - Asylum Records. Através de Geffen, Judee conheceu Graham Nash, que produziu o primeiro single para seu disco - "Jesus Was a Crossmaker".

Seu primeiro disco, de nome Judee Sill, foi aclamado pela crítica, mas era pouco comercializável.

Perfeccionista confessa, Judee podia levar um ano para escrever uma música. Algumas canções ficaram conhecidas por gravações feitas por outros artistas, como "Jesus Was a Crossmaker", que foi regravada pelo The Hollies, e "Lady-O", pelo The Turtles. O segundo disco, Heart Food, foi lançado em 1973. Infelizmente continha o mesmo problema que o primeiro, não conseguindo portanto muitas vendas.

Sua fama foi diminuindo, até que ela desapareceu quase que por completo do cenário musical. Não se tem certeza do que aconteceu depois, mas é certo que ela retornou para o vício da heroína, e também deve ter se envolvido com cocaína. Infelizmente, morreu de overdose em 23 de novembro de 1979, aos 35 anos.

Fonte | Wikipédia

1971 | JUDEE SILL

01. Crayon Angel
02. The Phantom Cowboy
03. The Archetypal Man
04. The Lamb Ran Away With The Crown
05. Lady-O
06. Jesus Was A Cross Maker
07. Ridge Rider
08. My Man On Love
09. Lopin' Along Thru The Cosmos
10. Enchaanted Sky Machines
11. Abracadabra
12. The Pearl (Original Version)
13. The Phoenix (Original Version)
14. Intro-The Vigilante (Live)
15. Lady-O (Live)
16. Enchanted Sky Machines (Live)
17. The Archeypal Man (Live)
18. Crayon Angels (Live)
19. The Lamb Ran Away With The Crown (Live)
20. Jesus Was A Cross Maker (Live)
21. Jesus Was A Cross Maker (Home Demo)

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1973 | HEART FOOD

01. There's a Rugged Road
02. The Kiss
03. The Pearl
04. Down Where the Valleys are Low
05. The Vigilante
06. Soldier of the Heart
07. The Phoenix
08. When the Bridegroom Comes
09. The Donor
10. Jig
11. The Desperado (Outtake)
12. The Kiss (Demo)
13. Down Where the Valleys are Low (Demo)
14. The Donor (Demo)
15. Soldier of the Heart (Demo)
16. The Phoenix (Demo)
17. The Vigilante (Demo)
18. The Pearl (Demo)
19. There's a Rugged Road (Demo)

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2005 | DREAMS COME TRUE

Disc 1
01. That's The Spirit
02. I'm Over
03. Apocalypse Express
04. The Living End
05. Things Are Lookin' Up
06. The Good Ship Omega
07. Last Resort
08. Til Dreams Come True
09. Living End (Studio Demo)
10. I'm Over (Studio Demo)
11. Til Dreams Come True (Instrumental)

Disc 2
01. Dead Time Bummer Blues
02. Sunny Side Up Luck
03. Emerald River Dance (Home Recording)
04. Waterfall
05. North County
06. Farmer's Daughter (The Chickens In The Garden)
07. The Wreck Of The FFV (Fast Flying Vestibule)
08. 500 Miles
09. Oh Boy The Magician (Instrumental)

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2007 | LIVE IN LONDON
The BBC Recordings 1972-1973

01. Jesus Was A Crossmaker
02. Lady-O
03. The Lamb Ran Away With The Crown
04. Enchanted Sky Machines
05. The Kiss
06. Down Where The Valleys Are Low
07. There's A Rugged Road
08. The Phoenix
09. The Donor
10. Soldier Of The Heart
11. Interview
12. Enchanted Sky Machines
13. The Kiss
14. Down Where The Valleys Are Low
15. The Phoenix
16. Jesus Was A Cross Maker
17. The Kiss
18. Down Where The Valleys Are Low

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Jurema | Mestiça


A historiadora, cantora e compositora Jurema Paes lança seu segundo disco, Mestiça, em que se apoia sem purismos em ritmos tradicionais brasileiros, como a chula e o maxixe. Batuques africanos se misturam a efeitos sonoros, samplers e outras técnicas de estúdio.

A produção do disco teve início em 2013, quando a cantora começou a juntar o repertório. Chegou a reunir mais de cem músicas. Dessas selecionou 11 composições dos autores Tiganá Santana, Elomar, Roberto Mendes, Nizaldo Costa, Marcos Vaz, Zeca Baleiro e Patrício Hidalgo. O cantor e compositor Elomar é antigo conhecido de Jurema, pois o pai da cantora, o também compositor Fábio Paes, é parceiro de Elomar de longa data. “Ele é como se fosse um tio de segundo grau”, conta Jurema. Do repertório do cantador estão em Mestiça as canções “Chula no Terreiro” e “Imbuzeiro”.

Assim como as de Elomar, as canções em Mestiça bebem nas tradições dos trovadores, em matrizes ancestrais. Jurema canta em inglês, espanhol, francês e quimbundo, língua natural de Angola usada por Tiganá Santana na sua composição “Nkongo”. Os arranjos misturam atabaques, melodias vocais com samples e técnicas de estúdio contemporâneas. “Maxixe e chula, Proteus e Pro Tools, cantos de trabalho, rodas de cantoria, partidos-altos, cidades baixas. Tudo está na música urdida por Jurema”, defende Zeca Baleiro, que participa do disco.

O álbum conta ainda com Chico César, Lenna Bahule, Letieres Leite e Tiganá Santana e foi gravado em São Paulo e mixado na Suécia, contato realizado por meio de Tiganá. Jurema diz que o trabalho de estúdio teve muita importância no resultado final, que aponta para uma nova sonoridade na música brasileira atual. “Os próprios produtores trabalham também com a engenharia de som. Esses profissionais estão buscando uma sonoridade do Brasil do século XXI”, diz.

Por | Itamar Dantas

2014 | MESTIÇA

01. Ogum de Ronda
02. Imbuzeiro (com Chico Cesar & Tiganá Santana)
03. Não Pedi
04. Nkongo (com Chico Cesar)
05. Le Mali Chez La Carte Invisible (com Tiganá Santana)
06. Fulorá
07. Elizabeth Noon
08. Água da Chuva
09. Maxixe Nagô
10. La Canã
11. Chula no Terreiro (com Zeca Baleiro)
12. Nkongo Remix (com Chico Cesar & Tiganá Santana)

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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Linda Perhacs


Linda Perhacs lançou seu primeiro álbum em 1970, mas não conseguiu alcançar um bom exito nas vendas, o disco não recebeu tanta importância e foi esquecido no tempo.

Anos depois o Parallelograms foi redescoberto e ganhou popularidade graças ao surgimento da New Weird America e a Internet. Suas canções têm sido destaque em trilhas sonoras de muitos filmes, incluindo Daft Punk's Electroma.

Em dezembro de 2013, a Asthmatic Kitty Records anunciou para março de 2014 (44 anos apos o lançamento do Parallelograms) o lançamento do segundo álbum de Linda Perhacs.

The Soul Of All Natural Things foi gravado em 2012 e 2013, e contou com os produtores Fernando Perdomo e Chris Price. Outros colaboradores do álbum incluem Julia Holter e Ramona Gonzalez.

1970 | PARALLELOGRAMS

01. Chimacum Rain
02. Paper Mountain Man
03. Dolphin
04. Call Of The River
05. Sanday Toes
06. Parallelograms
07. Hey, Who Really Cares?
08. Moons And Cattails
09. Morning Colors
10. Porcelain Baked. Over Cast. Iron Wedding
11. Delicious
12. If You Were My Man (Demo)
13. If You Were My Man (Alternate Take)
14. Hey, Who Really Cares? (With Intro)
15. Chimacum Rain (Demo)
16. Spoken Intro To Leonard Roseman
17. Chimacum Rain (Demo)
18. BBC Interview (2005)
19. I Would Rather Love (Previously Unreleased)

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2014 | THE SOUL OF ALL NATURAL THINGS

01. The Soul Of All Natural Things
02. Children
03. River Of God
04. Daybreak
05. Intensity
06. Freely
07. Prisms Of Glass
08. Immunity
09. When Things Are True Again
10. Song Of The Planets

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Crosby, Stills, Nash & Young | Déjà vu


"A gente achava que podia mudar o mundo."
Graham Nash, 2002


Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Para seu segundo álbum, David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash chamaram o amigo Neil Young, discípulo do Buffalo Springfield, que tinha acabado de lançar After The Gold Rush, um de seus trabalhos mais importantes.

Foram quase 800 horas de gravação, em circunstâncias nada auspiciosas. A namorada de Crosby, tinha morrido num acidente de carro em setembro de 1969 - e ele não se recuperou, buscando consolo na heroína. Bebidas e cocaína abundavam no estúdio; o grupo brigava o tempo inteiro - o bem-humorado Young vivia ausente - e Nash foi forçado a assumir o papel de pacificador. De algum jeito, eles acabaram fazendo uma obra-prima que captou o espírito da cultura da Costa Oeste dos Estados Unidos no início dos anos 70.

"Carry On" - como "Suite: Judy Blues", do álbum de estréia do CSN, em 1969 - é uma maravilha camaleônica, com harmonias arrepiantes, uma das melhores músicas já feitas para curar a ressaca na manhã de domingo. "Our House" e "Teach Your Children" comprovam o dom de Nash para fazer melodias simples e cativantes. "Almost Cut My Hair" traz Crosby em sua luta contra o autoritarismo, com sua voz gutural em contraponto às harmonias vocais puras, características do grupo. A majestosa "Helpless" é a homenagem de Young aos amplos espaços abertos de seu Canadá natal, enquanto "Country Girl" é uma peça admirável, com arranjos ambiciosos.

Com seus vocais incomparáveis, sua dinâmica musicalidade e a perfeita carpintaria das canções, não é de admirar que o álbum tenha sido catapultado ao primeiro lugar nos Estados Unidos.

1970 | DÉJÀ VU

01. Carry On
02. Teach Your Children
03. Almost Cut My Hair
04. Helpless
05. Woodstock
06. Deja Vu
07. Our House
08. 4 + 20
09. Country Girl
a. Whiskey Boot Hill
b. Down, Down, Down
c. Country Girl (I Think You’re Pretty)
10. Everybody I Love You

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

David Bowie | A Trilogia de Berlim


Enquanto viveu na Alemanha, Bowie gravou três dos mais importantes discos de sua carreira.


A Trilogia de Berlim reúne os três discos que David Bowie gravou enquanto vivia na capital alemã. Ele trocou a Inglaterra e os EUA por Berlim para tentar se afastar das drogas, e também pelo interesse crescente pela música pré-eletrônica que então vinha sendo produzida no país (Kraftwerk, kraut rock, Neu!, Conny Plank). Lá, dividiu um apartamento com seu amigo Iggy Pop - outro que também precisava de "novos ares'.

Foi em Berlim que Bowie produziu juntamente com Tony Visconti e Brian Eno três álbuns clássicos de sua discografia: Low (77), "Heroes" (77) e Lodger (79). Durante este período extremamente fértil, ajudou Iggy a gravar seus dois primeiros discos solo (The Idiot e Lust For Life) e também excursionou com o cantor pela Europa e pelos EUA como seu tecladista e backing vocal em 1977. De todos os álbuns, apenas "Heroes" foi totalmente gravado na cidade, mas o termo "trilogia de Berlim" é usado pelo próprio Bowie para descrever esta época.

Esta transformação artística de Bowie já dava seus primeiros passos no álbum que precedeu a trilogia (Station To Station, 1976), onde seu novo personagem, o Thin White Duke (cujo nome "coincidentemente" era o alter-ego ideal para esta época cocainômana), desfilava influências do kraut rock aliados ao soul/funk de sua fase pós Ziggy Stardust/Alladin Sane.

(Nota: quem quiser conhecer a fundo esse período na carreira de Bowie pode comprar o livro Bowie in Berlin: A New Career in a New Town de Thomas Jerome Seabrook, ou o documentáro Under Review 1976-79 - The Berlin Trilogy que reúne entrevistas e vídeos raros desta fase, intercalados por críticas de especialistas). Vamos aos discos.

1977 | LOW | DOWNLOAD

"Sem o disco Low, nós não teríamos o Joy Division, o Human League, o Cabaret Voltaire e muito menos o Arcade Fire. A lenda ainda vive", profetiza um crítico do site Pitchfork Media.

A melhor forma de ouvir Low é em sua versão original, em vinil, dada a diferença de sonoridades e enfoque de cada lado do disco: o lado A é formado por canções pequenas e fragmentadas com influências que precediam o electro, o punk rock e a new wave, enquanto o lado B é composto apenas por longas faixas instrumentais - e é neste lado que o dedo mágico de Eno pesa mais forte.

Os vocais de Bowie ainda sentem os abusos cometidos por ele em seu até então recente vício em cocaína, e soam como gelo seco - o que não deixa ofuscar o brilho de canções como "Always Crashing in the Same Car" e "Be My Wife", dois grandes petardos de sua carreira. Low também acerta em cheio em outras faixas hoje consideradas clássicas como "Sound + Vision" e "Breaking Glass".

Embora requeira um audição mais cuidadosa, o lado B de Low mostra um Bowie amadurecido e ávido por mudanças. "Art Decade" e "Weeping Wall" são pura improvisação jazzy mesclada com os experimentos ambient de Eno, enquanto "Warszawa" explora a sensação vazia que Bowie sentiu ao visitar a cidade de Varsóvia em 1973 - sentimento este que percorre todo o disco, que se chamou Low justamente por causa dos altos e baixos que o músico sentia longe das drogas durante a gravação do mesmo.

Embora o álbum seguinte seja considerado pela maioria como o ápice da fase alemã de Bowie, este é um trabalho que merece todo o respeito, e sua experiência permanece atual.

1977 | "HEROES" | DOWNLOAD

O segundo álbum da trilogia é o que mais tem a cara da cidade, dividida em dois por um opressivo muro. Faixas como "Joe the Lion", "Beauty and the Beast" e "The Secret Life of Arabia" são, no mínimo, pontos altos de sua carreira.

Não há como ignorar uma faixa como "Heroes", uma de suas melhores criações até hoje. A velha história de dois jovens que se amam e que se encontrar através do muro de Berlim ganha força especial na voz desesperada e apaixonada de Bowie: a frase "nós podemos ser heróis, nem que seja por apenas um dia" resume tudo. Esta canção histórica ganhou várias versões ao longo dos anos, em especial a cantada por Debbie Harry e seu grupo Blondie.

O álbum possui algumas faixas instrumentais como "Sense of Doubt" e "Neuköln", ambas com um clima mais introspectivo e de guerra-fria, mas o restante do álbum projeta uma atitude muito mais positivista e esperançosa do que Low. "V2-Schneider" é uma bem humorada homenagem à Florian Schneider, um dos líderes do Kraftwerk. A faixa é marcada pelo saxofone intencionalmente fora de ritmo de Bowie, que começou a tocá-lo na hora errada mas, gostando do resultado final, resolveu continuar assim mesmo.

Um dado interessante é que o próprio Kraftwerk fez uma homenagem à dupla Bowie/Iggy em um de seus maiores clássicos, a faixa "Trans-Europe Express" (77), onde eles declamam os versos "From station to station / back to Düsseldorf City / Meet Iggy Pop and David Bowie".

Várias faixas de "Heroes" foram incluídas no filme Christianne F. (77), com Bowie interpretando ele mesmo na película. O compositor Phillip Glass recriou "Heroes" e Low com músicos de uma orquesta americana nos anos 90 em seus álbuns Heroes Symphony e Low Symphony.

Bowie conta que o nome do disco é escrito entre aspas para dar ênfase à ironia existente no conceito do que é heroismo.

1979 | LODGER | DOWNLOAD

O último álbum da trilogia foi gravado parte na Suíça, parte em Nova Iorque e tem uma sonoridade mais acessível dos que os outros dois, sem grandes viagens instrumentais e com uma veia pop bem mais carregada - ainda que sem perder o experimentalismo. Na época foi recebido friamente pela crítica e fez menos sucesso que Low e "Heroes", e hoje em dia é considerado um dos álbuns mais injustiçados do músico.

E não é pra menos: só a faixa "Boys Keep Swinging" (devidamente acompanhada do clipe em que Bowie aparecia "contracenando" com três hilárias personas-bowiescas travestidas) já vale metade do álbum, resgatando suas idéias sobre sexualidade e gênero de álbuns anteriores. Na mesma linha rocker, chega "Look Back In Anger", outro grande trabalho.

Lodger também tem aventureira e exótica, puxada por faixas como "African Night Flight" e "Yassassin (Turkish for Long Live)". A faixa "DJ" era uma bem humorada crítica ao universo dos disc-jockeys, e seu vídeo, dirigido por David Mallet (grande favorito de Bowie, trabalhando com ele em diversos outros) trazia o músico destruindo um estúdio de gravação.

Apesar de completar 30 anos, a trilogia berlinense causou efeitos em todas as gerações seguintes de músicos que escutaram estes discos, e até hoje se mostra relevante. Seja tirando experiências da própria vida que Bowie levava na época (a luta contra as drogas e a canalização do vício para uma produção criativa - crises tão comuns e viscerais) ou como influência sonora (sua esperta mistura de gêneros e sua vontade de brincar como experimentalismo), Low, "Heroes" e Lodger formam uma verdadeira trinca de ouro da música moderna que continuará inspirando músicos e artistas por muito tempo.

Por | Alisson Gøthz