A Horse With No Name

cavalo

domingo, 29 de março de 2015

Som Imaginário


Um grupo mineiro, que fazia rock progressivo e acompanhava Milton Nascimento. Esse seria um resumo bem rápido e incompleto do Som Imaginário, banda que durou apenas três discos de altíssima qualidade e que deixou uma imensa marca na música brasileira. Apesar da pouca produção e tempo de vida, o Som Imaginário é um desses clássicos que poucos se lembram, mas muitos adoram.

A história da banda começou ainda na década de 60, no Rio de Janeiro, quando Wagner Tiso e Milton Nascimento integravam o grupo W Boys, já que quase todos os integrantes tinham a letra "W", no nome. Por causa disso, o então baixista Milton Nascimento virou Wilton Nascimento. Na luta da noite carioca, fizeram amizade com o baterista Robertinho Silva e o baixista Luiz Alves. Os três músicos resolveram que seriam banda de apoio de Milton, que já começava a carreira de cantor.

Em seguida, dois outros músicos foram incorporados, o guitarrista Frederyko e o percussionista Laudir de Oliveira, que pouco tempo ficou. Além dos dois, entraram também o organista Zé Rodrix e o guitarrista Tavito.

Juntos, estrearam o show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário", primeiro no Teatro Opinião e depois, no Teatro da Praia, ambos no Rio de Janeiro. Eles também tinham, ainda, as presenças de Nivaldo Ornelas, no sax e Toninho Horta, na guitarra. Foi mais ou menos essa época, que Laudir saiu, entrando em seu lugar - ainda que não de maneira fixa - um percussionista que ganharia fama mundial: Naná Vasconcelos. Quando o espetáculo foi para São Paulo (Teatro Gazeta), Naná não estava mais presente.

O grupo logo chama a atenção da gravadora Odeon, que assina com o grupo. Músicos inteligentes, talentosos e antenados, o Som Imaginário exige liberdade de criação dentro do estúdio, o que é aceito pela gravadora. Em 1970 lançam o primeiro LP, Som Imaginário.

O primeiro disco mostra um som pouco ouvido pelo Brasil. Com temas bem trabalhados, faixas maravilhosamente tocadas e um tema de Milton Nascimento - que ainda cantou, mesmo sem ser creditado, o primeiro LP mostrava uma banda com ouvidos atentos ao que vinha do exterior. A banda trazia alguns convidados, como o guitarrista mineiro Marco Antônio Araújo, na faixa "Nepal". Marco, inclusive, dividia um apartamento com Tavito e Zé Rodrix, chamado de "Família Matadouro", já que o local vivia lotado de garotas.


Logo após o lançamento, participam do disco Milton, de Milton Nascimento.

No ano seguinte, lançam o segundo LP, igualmente batizado Som Imaginário, e acompanham Gal Costa, em show do Teatro Opinião, com Naná, novamente, na percussão.

O segundo disco era igualmente brilhante, com Frederyko assumindo a liderança do grupo, que já não contava com Zé Rodrix, que saíra para formar o trio Sá, Rodrix e Guarabyra.

Participam do filme Nova estrela, em 1971, e também de um programa da TV Globo, Som Livre Exportação, além de vários shows alternativos pelo Brasil afora, sendo o mais famoso o Festival de Guarapari, que entraria para a história como o "Woodstock brasileiro".

Em 1973, lançam o último LP, o histórico Matança do Porco, instrumental, com quase todos os temas assinados por Wagner Tiso, além de participação de Milton.

Matança do Porco é considerado o disco mais progressivo da curta carreira da banda e o mais belo. A faixa-título havia sido escrita para o filme Os Deuses e os Mortos, de Ruy Guerra.

O grupo ainda participou do espetáculo "Milagre dos Peixes", que resultaria em um álbum e pode ser considerado o último disco do Som.

Fonte | Mofo

1970 | SOM IMAGINÁRIO

01. Morse
02. Super God
03. Tema Dos Deuses
04. Make Believe Waltz
05. Pantera
06. Sábado
07. Nepal
08. Feira Moderna
09. Hey, Man
10. Poison

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1971 | SOM IMAGINÁRIO

01. Cenouras
02. Você Tem Que Saber
03. Gogó
04. Ascenso
05. Salvação pela Macrobiótica
06. Uê
07. Xmas Blues
08. A Nova Estrela

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1973 | MATANÇA DE PORCO

01. Armina
02. A - 3
03. Armina (Vinheta 1)
04. A Nº 2
05. A matança do porco
06. Armina (Vinheta 2)
07. Bolero
08. Mar azul
09. Armina (Vinheta 3)

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1974 | MILAGRE DOS PEIXES (AO VIVO)
Milton Nascimento & Som Imaginário


01. A Mantança Do Porco
02. Bodas
03. Milagre Dos Peixes
04. Outubro
05. Sacramento
06. Nada Será Como Antes
07. Hoje é Dia de el Rey
08. Sabe Você
09. Viola Violar
10. Cais
11. Clube Da Esquina
12. Tema Dos Deuses
13. A Última Sessão de Música
14. San Vicente
15. Chove lá Fora
16. Pablo

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quinta-feira, 26 de março de 2015

Liverpool


Com atitutude e visual "Jefferson Airplane", e responsável por verdadeiras viagens sonoras nos palcos, transitou na fronteira do tropicalismo com a psicodelia universal, secundando os Mutantes em criatividade e, especialmente, qualidade instrumental.

Integravam o grupo, Mimi Lessa (guitarra), Edinho Espíndola (bateria), Fughetti Luz (cantor), Pekos (baixo) e Marcos (base).

Gravou o único álbum em 69, pelo selo Equipe, contendo elaboradas canções com fuzz-guitar no talo, a exemplo de Voando, Impressões Digitais e Olhai Os Lírios do Campo.

No início dos anos 70, ainda gravou mais dois compactos, um (duplo) para a trilha do filme Marcelo Zona Sul, e outro, sob o nome de Liverpool Sound, com as músicas Fale e Hei Menina.

Com o fim do grupo, seus integrantes, menos Pekos, juntam-se ao ex-A Bolha, Renato Ladeira, para formar o Bixo da Seda, que retornou ao rock and roll "stoniano" das origens da banda.

Por | Senhor F

1969 | POR FAVOR, SUCESSO

01. Por Favor Sucesso
02. Que Mania
03. Cabelos Varridos
04. 13o. Andar
05. Blue Haway
06. Você Gosta
07. Olhai os Lirios do Campo
08. Voando
09. Planador
10. Água Branca
11. Impressões Digitais
12. Paz e Amor
13. Tão Longe de Mim

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1970 | MARCELO ZONA SUL
Trilha Sonora do Filme


01. Renata
02. Dança da Chuva
03. Canção da Volta
04. Marcelo
05. Fossa de Marcelo
06. Excinting Posters


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1971 | LIVERPOOL SOUND
(Compacto)


01. Hei Menina
02. Fale






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1976 | ESTAÇÃO ELÉTRICA
(Bixo da Seda)


01. Vênus
02. Já Brilhou
03. É Como Teria Que Ser
04. Carrocel
05. Bixo Da Seda
06. 7 De Ouro
07. Gigante
08. Um Abraço Em Brian Jones
09. Trem

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terça-feira, 24 de março de 2015

Supertramp | Crime Of The Century


Terceiro álbum do Supertramp levou-os a uma condição de protagonistas do rock progressivo

Por | Bruno Chair

Nos primeiros anos da década de 70, o rock progressivo vivia o seu período de auge. Citando apenas bandas inglesas, temos o Pink Floyd em 1973 lançando The Dark Side of the Moon, o Yes em 1972 com Close to the Edge, o Genesis em 1973 com Selling England by the Pound. Temos outros álbuns dessas bandas, que fizeram tanto sucesso quanto estes. Temos outras bandas da cena inglesa como Emerson, Lake and Palmer, Gentle Giant, King Crimson. Temos uma cena de rock progressivo na Holanda, na Alemanha, na Itália, até no Brasil.

O Supertramp, inserido neste contexto do rock progressivo inglês, demorou um pouco mais para emplacar. Os dois primeiros álbuns da banda, Supertramp (1970) e Indelibly Stamped (1971) embora apresentem algumas músicas bonitas, como “Surely” e “Rosie Had Everything Planned”, não alcançou uma coesão musical, e por conta dessa falta de um estilo específico acabou não emplacando. A impressão que fica é que está faltando algo a mais, para encaixar aquilo que já parecia ser muito bom.

Acontece que esse início de dois álbuns um tanto complicado do Supertramp repercutiu financeiramente: Stanley Miesagaes, holandês que patrocinava talentos como Rick Davies, decidiu cair fora e retirar toda a sua grana. O resultado foi que Rick Davies e Roger Hodgson, integrantes remanescentes da banda, ficaram com uma dívida milionária para saldar com a gravadora A&M, com quem possuíam contrato. Após servirem até como banda de apoio para Chuck Berry, decidiram retomar o projeto de um novo álbum, para garantir o pagamento das despesas e, quem sabe, respirar um pouco – tanto financeiramente quanto musicalmente.

Com o intento de gravar o novo álbum, Davies e Hodgson começaram a busca por novos integrantes. Assim, foram incorporados ao Supertramp Dougie Thompson (baixo), Bob C. Benberg (bateria) e John Anthony Helliwell (saxofone, clarinete). O Supertramp ressurgia então, após dois anos, para tentar novamente alcançar sucesso, como algumas bandas conterrâneas. Essa formação, por sinal, seguiu junta por muitos e muitos anos, tendo inclusive Helliwell um papel central na banda: além de tocar sax e clarinete, fazia backing vocals e era o mestre de cerimônias oficial da banda.

Davies e Hodgson, ainda à frente da banda, escreveram todas as canções de Crime of the Century. Interessante ressaltar como estes dois cantores complementam-se, tanto no que tange a voz quanto as referências musicais. Rick Davies vem de uma família de trabalhadores, mais simples; Roger Hodgson é proveniente de uma família mais “erudita” (muitas aspas aqui, por favor). Enquanto Rick Davies conhecia muito jazz e blues, Roger Hodgson apreciava o pop e a psicodelia. Ou seja, as referências dos dois de mundo e de música era bem distinta. Ademais, enquanto Davies é barítono, Hodgson é soprano. Essa diferença vocal é bastante perceptível, e os dois integrantes souberam utilizar essa distinção com propriedade, genialidade.


Pois bem. A demo chegou a gravadora, e como o trabalho parecia muito bom, a A&M decidiu dar um tempo mais longo para que a banda produzisse o álbum. Ken Scott foi escalado para produzir Crime of the Century, e vinha de um trabalho de produção excelente com David Bowie e o Ziggy Stardust, álbum de 1972. Paul Wakefield ficou responsável pela capa do álbum, e criou uma das artes mais sensacionais já produzidas, com aquelas mãos empunhando uma barra de ferro: preso no espaço, um grande contrassenso que um crime do século acaba ocasionando.

O resultado de Crime of the Century foi extremamente positivo, tanto em qualidade musical quanto em resultado financeiro e reconhecimento do Supertramp como banda do cenário progressivo. O álbum emplacou canções nas paradas inglesas (“Dreamer”) e americanas (“Bloody Well Right”), teve uma vendagem razoável para a época e recebeu críticas muito elogiosas, tanto do cenário rock, pop e do rock progressivo. É um álbum que apresenta um Supertramp como banda de rock progressivo, porque possui músicas com influências de jazz, blues, rock, psicodelia e experimentalismo.

Dos álbuns mais conhecidos do Supertramp, é o mais complexo. A incrementação dos metais deu um toque todo especial à banda, algo que a diferenciou das demais da época. A dicotomia de vozes Davies/Hodgson também surpreeende. O uso de teclado/sintetizador versus piano, idem. A gravação das linhas de baixo de Dougie Thomson neste álbum ficaram excelentes. Como outra marca deste disco, está o tom mais sombrio das músicas, se compararmos ao produzido posteriormente pela banda. Em Crisis? What Crisis? ainda há este elemento sombrio e contestatório, que vai perdendo espaço para um ambiente mais festivo e pop. Não desmerecendo a mudança da banda, é óbvio.

Este álbum passa no teste do tempo? Embora o rock progressivo seja um estilo bastante datado, muitos dos álbuns produzidos na década tornaram-se imortais. Os álbuns do Pink Floyd, Yes e Genesis citados no primeiro parágrafo da resenha são alguns dos exemplos. Pode-se dizer que este é o álbum imortal do Supertramp, pela sua qualidade e como registro do espírito do tempo. Por estes motivos, as mãos presas pelo espaço ainda podem acenar para os ouvintes da boa música, solicitando dele ouvidos e olhos atentos.

1974 | CRIME OF THE CENTURY

01. School
02. Bloody Well Right
03. Hide In Your Shell
04. Asylum
05. Dreamer
06. Rudy
07. If Everyone Was Listening
08. Crime of the Century

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sábado, 21 de março de 2015

Bango


O grupo Bango gravou apenas um disco, no início dos anos setenta, para logo em seguida dissolver-se. Integravam o Bango os músicos Fernandinho (guitarra solo), Elydio (baixo), Roosevelt (piano e orgão), Max (bateria) e Aramis (guitarra, violão e vocais), egressos dos Canibais. O disco do Bango foi originalmente lançado pela gravadora brasileira Musidisc.

O som da banda é um mix de Mutantes, hard rock e progressivo, com forte presença de fuzz-guitars, teclados (órgão, especialmente) e vocais em português e inglês. Com qualidade internacional, o disco contém um variado repertório, com rock pesado, rock rural à la '2001', dos já citados Mutantes, e canções pop.

Os destaques do disco são as faixas ‘Inferno no Mundo’ (fuzz-guitars no talo), ‘Rolling Like a Boat’ (um rock & boogie, com tecladinhos garageiros), ‘Motor Maravilha’ (a mais forte influência dos irmãos Baptista) e ‘Rock Dream’ (hard pesadão, com vocais agudos e berrados). Na última faixa, ‘Ode To Billy’, um solo de bateria toma um bom tempo da música e do disco.

Inédito em CD no Brasil, o disco foi relançando em vinil na Alemanha, pelo selo Shadocks, com sede em Berlim.

Texto de Fernando Rosa

1971 | BANGO

01. Inferno no Mundo
02. Mas Senti
03. Rollin' Like a Boat
04. Motor Maravilha
05. Marta, Zeca, o Prefeito, o Padre, o Doutor e Eu
06. Rock Dream
07. Geninha
08. Only
09. Vou Caminhar
10. Ode to Billy

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quarta-feira, 18 de março de 2015

Tono


A pluralidade é uma das principais características da banda carioca Tono. Além da clara mistura de gêneros que a banda traz, existe uma relação de versatilidade entre os integrantes: todo mundo toca, todo mundo canta, todo mundo compõe. Nesta tônica o grupo já lançou três álbuns de estúdio. O primeiro “Tono Auge” (2009), o segundo é o “Tono” (2010) e o mais recente “Aquário” (2013).

O guitarrista Bem Gil, filho de Gilberto Gil, diz que a idéia é não ter nenhum tipo de censura estética, deixando se levar às experiências sonoras, sem se privar de nenhuma referência. Em Aquário, o samba se faz presente, a bossa nova se faz presente, assim como a música eletrônica e o indie. Ou seja, música pop no seu sentido mais amplo.

O álbum Aquário contou com as participações de Gilberto Gil, na faixa “Da Bahia”, e Maria Luiza Jobim, filha caçula de Tom Jobim, na única música não autoral do disco, “Chora Coração”, versão da banda para uma música do álbum “Matita Perê”, no maestro Antônio Carlos Jobim.

Por | Infinitas

2009 | AUGE

01 | Sonhador Sonâmbulo
02 | Papapa
03 | Quando Você Dança
04 | Se Você Não Sabe
05 | Intuição
06 | Você Magoou
07 | Misturo as Cores
08 | Ande
09 | Loramorena
10 | Motel
11 | Silêncio
12 | Sonhador Sonâmbulo (Rabotnik Remix)

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2010 | TONO

01 | Não Consigo
02 | Me Sara
03 | Sem Falsas Esperanças
04 | Corte no Pé
05 | So In
06 | Aquele Cara
07 | Ele Me Le
08 | Mariposa
09 | Da Terra Pro Sol
10 | Distante Demais
11 | Samba do Blackbarry
12 | Nega Música

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2013 | AQUÁRIO

01 | Murmúrios
02 | Sonho Com Som
03 | Como Vês
04 | Tu Cá Tu Lá
05 | Chora Coração
06 | Leve
07 | Do Futuro (Dom)
08 | UFO
09 | Pistas De Luz
10 | Da Bahia
11 | A Cada Segundo

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domingo, 15 de março de 2015

Henry McCullough


Henry Campbell Liken McCullough, guitarrista , vocalista e compositor irlandês, conhecido por seu trabalho como membro do Spooky Tooth, Paul McCartney & Wings, The Grease Band and Sweeney's Men. Ele também se apresentou e gravou como artista solo e músico de estúdio.

Mind Your Own Business foi o primeiro disco solo de Mccullough e foi lançado pelo selo Dark Horse de George Harrison, reunindo um cast respeitável composto por músicos como Alan Spenner, Alex Korner, Steve Marriott, Jim Leverton, entre tantos.

Este álbum se tornou praticamente uma obscuridade instantânea, fazendo McCullough retornar aos seus tempos de músico de estúdio. Assim como nas prateleiras das lojas, Mind Your... era até então um destes discos virtualmente impossíveis de se achar na rede; uma das maiores raridades deste mundão de músicas.

Fonte | OnlyGoodSong | Wikipédia

1975 | MIND YOUR OWN BUSINESS

01. You'd Better Run
02. Sing Me A Song
03. I Can Drive A Car
04. Baby What You Do To Me
05. Country Irish Rose
06. Lord Knows
07. Down The Mine
08. Oil In My Lamp
09. Mind Your Own Business
10. I'm In Heaven

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sexta-feira, 13 de março de 2015

Lamp Of The Universe


Banda psicodélica da nova zelandia com uma sonoridade trippy psicodélica, estilo oriental, ácido, hipnótico e relaxante. Na verdade trata-se de um projeto solo do baixista e vocalista da banda Datura, Craig Willianson.

Guitarras elétricas com muito wah-wah, sintetizadores, influencia raga indiano com presença de tabla, cítara e outros instrumentos indianos!! A música soa incrivelmente spacey com todos os instrumentos encharcados de reverberação e longas suítes.

Texto | Luiz Carlos Menegon

2001 | THE COSMIC UNION

01 | Born in the Rays of the Third Eye
02 | Lotus of a Thousand Petals
03 | In the Mystic Light
04 | Give Yourself to Love
05 | Freedom in Your Mind
06 | Her Cosmic Light
07 | What Love Can Bring
08 | Tantra Asana

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terça-feira, 10 de março de 2015

Jimmy Page


"Outrider", lançado em 19 de junho de 1988, conta com músicas fortemente calcadas no Blues, claro que com o toque genial de Page.

Na realidade, era para ser dois discos, lançados com um intervalo de tempo. Porém, a casa de Page foi assaltada, e entre os itens roubados, estavam as demo tapes do que seria o 2º disco.

Page levou a sério seu disco solo, sem firulas e sem enfeitar muito, partindo da inspiração do Blues ao Rock básico, claramente com influências do Led Zeppelin.

A crítica pegou um pouco no pé, devido o disco contar com 3 vocalistas: o amigo de longa data Robert Plant e os blueseiros John Miles e Chris Farlowe, é também neste disco que tocaram e gravaram pela 1ª vez com Jason Bonham, filho do finado baterista do Led Zeppelin, John.

E o álbum conta com três instrumentais, mostrando toda a qualidade de Page como guitarrista, e que não se perdeu após o fim de sua antiga banda.

Texto | Bart Fabri

1988 | THE OUTRIDER

01. Wasting My Time
02. Wanna Make Love
03. Writes of Winter
04. The Only One
05. Liquid Mercury (Instrumental)
06. Hummingbird
07. Emerald Eyes (Instrumental)
08. Prison Blues
9. Blues Anthem (If I Cannot Have Your Love...)

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domingo, 8 de março de 2015

Blind Faith

Estamos em 1969, vivendo em um mundo que presencia os momentos finais dos Beatles, onde os Stones ainda não são gigantes e o Led Zeppelin dá seus primeiros passos. Neste contexto vivia um garoto inglês que, apesar da pouca idade, já era chamado de deus, e cuja simples presença em qualquer projeto sacudia não apenas a cena musical, mas o próprio mundo. Esse garoto se chamava Eric Clapton.

Depois de fazer parte dos Yardbirds e apresentar a música dos negros americanos para os garotos brancos ingleses, gravar um dos álbuns mais importantes da década ao lado dos Bluesbrakers de John Mayall e levar o rock aos seus limites junto com Jack Bruce e Ginger Baker no Cream, Clapton encontrava-se em uma encruzilhada: ele podia entrar em uma banda, formar o seu próprio grupo ou seguir carreira solo. Todas eram possibilidades.

O Blind Faith surgiu quase que por acaso. Em busca de diversão, Clapton convidou o amigo Steve Winwood, e juntos começaram a levar algumas jams. Ginger Baker ficou sabendo da empreitada, e quis se juntar à dupla. A princípio Clapton foi contra, pois era da opinião que a presença de Baker transformaria o que era para ser uma simples reunião de amigos em algo muito maior, mas foi vencido pela insistência do baterista e de Winwood. Dos ensaios regados a longos improvisos foram surgindo as primeiras idéias para algumas músicas próprias, assim como a necessidade de um baixista para completar o grupo. Rick Grech, do Family, foi convidado e aceitou de imediato. Assim nascia o Blind Faith, o primeiro supergrupo da história do rock.

A notícia que os quatro estavam compondo juntos logo vazou, gerando uma enorme expectativa na imprensa e nos fãs, que logo profetizaram que Clapton, Winwood, Baker e Grech gravariam um dos melhores álbuns que o rock haveria de ver nascer.

Apesar dos exageros, eles não estavam errados. A crença absoluta, que levou os quatro a batizarem o grupo como Blind Faith, se concretizou com o lançamento do auto-intitulado debut, em julho de 1969. O álbum está cravado sobre dois sólidos alicerces: a belíssima “Can´t Find My Way Home” e a antológica “Presence Of The Lord”. A primeira é nada mais nada menos que o melhor registro de Steve Winwood, uma das mais belas vozes que o rock deu ao mundo. Sobre o violão de Clapton, Winwood nos entrega uma belíssima linha vocal, alternando momentos em que usa sua voz de forma natural a falsetes antológicos. O resultado é estupendo, justificando em sua plenitude os pré-conceitos sobre o grupo.

Já “Presence Of The Lord” é a conversa de Clapton com Aquele com o qual era comparado. Cantada de forma magnífica por Winwood, transformou-se em uma das mais emblemáticas canções do guitarrista, tanto pela sua letra belíssima quanto pelo solo inesquecível repleto de wah-wah, onde Clapton parece querer mostrar que, apesar do advento de Hendrix, ainda possuía algumas cartas na manga.

Além de “Can´t Find My Way Home” e “Presence Of The Lord”, mais quatro faixas completam o disco de estréia do Blind Faith. “Hard To Cry Today”, a faixa de abertura, é um hard como só se fazia no final dos sessenta, e cuja receita se perdeu com o tempo. “Well All Right” coloca groove no som do grupo, com um resultado final que antecipava os caminhos ensolarados que Clapton trilharia em álbuns como “461 Ocean Boulevard”. O belo solo de violino executado por Rick Grech em “Sea Of Joy” é outro momento inesquecível, enquanto a longa “Do What You Like” traz solos individuais de cada integrante, com destaque para Ginger Baker.

Além da música, “Blind Faith” trazia mais um atrativo. Sua capa, onde a filha de Baker posava com o peito nu e segurando um avião para lá de fálico, causou grande polêmica na época, gerando inclusive a proibição da venda do disco nos Estados Unidos, o que levou a gravadora a lançar uma versão exclusiva para o mercado americano, com uma foto do grupo no lugar da capa original.

Após o lançamento do álbum, o grupo, cercado por empresários, agendou e realizou uma turnê pelos EUA. A pressão aumentou, os compromissos também, e, ao perceberem, os quatro estavam novamente vivendo aquilo que não queriam viver quando se reuniram para tocar juntos. O que era para ser um prazer se transformou em obrigações sem fim, e isso levou os quatro a decretarem o fim da banda.

Passados quase quarenta anos de seu lançamento, “Blind Faith” ainda é um dos pontos mais altos da carreira de Eric Clapton, Steve Winwood, Ginger Baker e Rick Grech. Um álbum que vale a pena ser (re)descoberto, juntamente com o ao vivo “London Hyde Park 69”, que saiu também em vídeo e mostra a apresentação dos caras no lendário parque inglês.

Para quem quiser conhecer, uma boa pedida é a versão estendida lançado há pouco tempo e repleta de faixas extras, traçando o documento definitivo sobre o Blind Faith. Muito mais que recomendável, histórico.

Por: Ricardo Seelig

1969 | BLIND FAITH
(Deluxe Edition 2001)

01 | Had To Cry Today
02 | Can't Find My Way Home
03 | Well All Right
04 | Presence Of The Lord
05 | Sea Of Joy
06 | Do What You Like
07 | Sleeping In The Ground
08 | Can't Find My Way Home (Electric Version)
09 | Acoustic Jam (Previously Unreleased)
10 | Time Winds
11 | Sleeping In The Ground (Slow Blues Version)

Disc 2
01 | Jam No.1: Very Long & Good Jam
02 | Jam No.2: Slow Jam #1
03 | Jam No.3: Change Of Address Jam
04 | Jam No.4: Slow Jam #2

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Silvinha


Começou a cantar com o coral de músicas folclóricas organizado por sua mãe, professora de música em São João del Rei (MG), apresentando-se em rádios e programas culturais, por volta de 1963. Mais tarde, incluiu no repertório do coral músicas dos Beatles e de Rita Pavone, artistas dos quais gostava.

Em 1965, a convite de Aldair Pinto, foi para Belo Horizonte (MG), para atuar no programa de televisão Programa só para Mulheres, seguindo dois anos depois para o Rio de Janeiro RJ, sendo lançada no programa do Chacrinha. Contratada pela TV Excelsior de São Paulo (SP), cantou durante algum tempo no Programa dos Incríveis, e logo depois passou a apresentar no programa de TV O Bom, do cantor Eduardo Araújo, com quem se casou. Ainda em 1967 gravou pela primeira vez, as músicas Vou botar pra quebrar e Feitiço de broto (ambas de Carlos Imperial), pela Odeon. No ano seguinte excursionou com show da Rhodia, cantando na Fenit, em São Paulo, e no Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro, além de outras capitais do país. Ao retornar foi contratada pela TV Tupi para voltar a participar do Programa dos Incríveis, mas seis meses depois estava na TV Record.

Gravou três LPs na Odeon, nos anos de 1968, 1969 e 1971. Contratada pela RCA Victor de 1972 a 1975, participou esse ano do show Pelos Caminhos do Rock ao lado de Eduardo Araújo, no Teatro Bandeirantes, de São Paulo, e gravou quatro compactos simples. Em 1975 mudou para a gravadora Copacabana.

Depois de alguns anos afastada dos palcos, Silvinha começou a fazer algumas vocalizações e backing vocals esporádicos em jingles e discos, até que, em 1978, a cantora que deveria gravar uma peça faltou, sendo Silvinha chamada para a substituição. A partir de então, passou a ser uma das cantoras mais requisitadas para gravação de jingles. Durante mais de 20 anos foi uma das vozes mais ouvidas no Brasil em campanhas para Mc Donald’s, Coca-Cola, Unibanco, Varig, entre outras.

Afastada da publicidade, passou a se dedicar à gravadora Number One (sua e do marido). Em 2001, lançou o CD Suave é a Noite, com músicas românticas. Em 2007, lançou um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda, e vinha trabalhando na divulgação desse trabalho.

Quando morreu, estava internada havia 21 dias no Hospital 9 de Julho, em decorrência de complicações do câncer de mama contra o qual lutou 12 anos. Foi enterrada em Itapecerica da Serra.

Texto de Fernando Rosa, originalmente publicado na revista ShowBizz.

1971 | SILVINHA

01. Voce Já Morreu e Se Esqueceu de Deitar
02. O Que Fazer para Te Esquecer
03. Estou Pedindo Baby
04. Deixa a Cinza Deste Inverno Passar
05. Prá Toda a Geração
06. Paraíba
07. Risque
08. Seu Amor Ainda é Tudo Pra Mim
09. Leve a Vida
10. É Minha Opinião
11. Nossos Filhos Serão Pais

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quarta-feira, 4 de março de 2015

Gentle Giant



:: Um exemplo de amor e arte ::

Por: Karine Mira

Nascida nos anos 70, Gentle Giant é certamente a banda de rock ‘n’ roll que como um todo, mais impressiona qualquer músico sensato. Com 5 integrantes, soa como uma orquestra e um coral simultâneos.

Lançaram todos seus álbuns sem ramelar em nenhum, honrando sempre o titulo prog. Há quem diga que decaíram depois de Playing The Fool, gravado ao vivo em 1977, mas eu não vejo dessa forma, só acho que eles ficaram menos clássicos. Mas nunca perderam sua essência.

E o que é o prog? Quem ousaria defini-lo com precisão? Metamórfico, forte, desafiador, inovador e profundo?

O Giant sempre foi prog, e acabou na hora que tinha que acabar, sem aparentes brigas ou vaidades desequilibradas...uma verdadeira irmandade de músicos. Eles nunca mudaram porque sempre foram pura mudança. Do psico-prog às encantadoras trilhas de castelos medievais.

A característica mais marcante da banda é o uso de linhas melódicas que eu chamaria de “melodias transpostas”. Contrapontos inacreditáveis. São como um emaranhado da linha de cada instrumento ou voz, onde uma vem e em seguida é atropelada pela outra, mas ela não se machuca e já atropela a a que também esta à sua frente, e esta por sua vez cai num ataque repentino ressurgindo mais uma vez num ponto inesperado!

Não é apenas complexíssimo de se executar tais coisas, mas ainda também de compreendê-las, ou apenas assimila-las dentro da própria mente.

E que tipo de criatura cria algo como isso?

Além da criatividade e virtuose, eles transpiram uma alegria que poucos músicos conseguem passar, e porque não dizer,... sentir? Ao vivo mostram paz e comprometimento total com sua arte.

1970 - GENTLE GIANT

01. Giant
02. Funny Ways
03. Alucard
04. Isn’t It Quiet And Cold?
05. Nothing At All
06. Why Not
07. The Queen

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1971 - ACQUIRING THE TASTE

01. Pantagruel’s Nativity
02. Edge Of Twilight
03. The House, The Street, The Room
04. Acquiring The Taste
05. Wreck
06. The Moon Is Down
07. Black Cat
08. Plain Truth

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1972 - OCTOPUS

01. The Advent Of Panurge
02. Raconteur Troubadour
03. A Cry For Everyone
04. Knots
05. The Boys In The Band
06. Dog’s Life
07. Think Of Me With Kindness
08. River

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1972 - THREE FRIENDS

01. Prologue
02. Schooldays
03. Working All Day
04. Peel The Paint
05. Mister Class And Quality?
06. Three Friends


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1973 - IN A GLASS HOUSE

01. The Runaway
02. An Inmate’s Lullaby
03. Way Of Life
04. Experience
05. A Reunion
06. In A Glass House


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1974 - THE POWER AND THE GLORY

01. Proclamation
02. So Sincere
03. Aspirations
04. Playing The Game
05. Cogs In Cogs
06. No God’s A Man
07. The Face
08. Valedictory

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1975 - FREE HAND

01. Just The Same
02. On Reflection
03. Free Hand
04. Time To Kill
05. His Last Voyage
06. Talybont
07. Mobile

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1975 - CAPITOL STUDIOS
(Bootleg)


01. Cogs In Cogs
02. Proclamation
03. Funny Ways
04. Experience
05. So Sincere
06. The Advent Of Panurge
07. Mister Class and Quality

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1976 - IN'TERVIEW

01. In’terview
02. Give It Back
03. Design
04. Another Show
05. Empty City
06. Timing
07. I Lost My Head

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1977 - PLAYING THE FOOL

01. Just The Same/Proclamation
02. On Reflection
03. Excerpts From Octopus
04. Funny Ways
05. The Runaway/Experience
06. So Sincere
07. Free Hand
08. Breakdown In Brussells (Sweet Georgia Brown)
09. Peel The Paint/I Lost My Head

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1977 - ORPHEUM THEATRE, BOSTON
(Bootleg)

01. The Runaway/Experience
02. On Reflection
03. Just The Same
04. Playing The Game
05. Memories of Old Days
06. For Nobody
07. Funny Ways
08. Free Hand

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1977 - THE MISSING PIECE

01. Two Weeks In Spain
02. I’m Turning Around
03. Betcha Thought We Couldn’t Do It
04. Who Do You Think You Are?
05. Mountain Time
06. As Old As You’re Young
07. Memories Of Old Days
08. Winning
09. For Nobody

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1978 - GIANT FOR A DAY

01. Words From The Wise
02. Thank You
03. Giant For A Day!
04. Spooky Boogie
05. Take Me
06. Little Brown Bag
07. Friends
08. No Stranger
09. It’s Only Goodbye
10. Rock Climber

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1980 - CIVILIAN

01. Convenience (Clean And Easy)
02. All Through The Night
03. Shadows On The Street
04. Number One
05. Underground
06. I Am A Camera
07. Inside Out
08. It’s Not Imagination–Ending Of The Album (“That’s All There Is”)

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terça-feira, 3 de março de 2015

Alussa Fallax


Alussa Fallax é uma banda da cena italiana que infelizmente produziu uma única obra prima. Seu álbum “Intorno Alla Mia Cattiva educazione” é um prog sinfônico com flautas, Mellotron e belas passagens de violão. Lembra bem o estilo do Locanda delle Fate, embora com passagens mais escuras.

1974 | INTORNO ALLA MIA CATTIVA EDUCAZIONE

01 | Soliloquio
02 | Non Fatemi Caso
03 | Intorno Alla Mia Cattiva Educazione
04 | Fuori di Me, Dentro di Me
05 | Riflessioni al Tramonto
06 | Il Peso delle Tradizioni
07 | Carta Carbone
08 | Perché Ho Venduto il Mio Sangue
09 | Per Iniziare una Vita
10 | È Oggi
11 | È Così Poco Quel Che Conosco
12 | Ciò Che Nasce Con Me
13 | Splendida Sensazione

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R.E.M.

Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Um frenesi de cobertura da mídia em relação às condições climáticas fez com que meados de 1988 passassem a ser apelidados de "greenhouse summer" (verão estufa). Em novembro do mesmo ano, o R.E.M. lançou seu sexto álbum de estúdio. O seu título demonstrava as novas preocupações sociais da esquerda liberal e a música elevou este quarteto a um nível de sucesso capaz de lotar estádios. E apesar de todos os acordes e refrões energéticos, o hábil bandolim de Peter Buck ainda pode ser ouvido em três notáveis baladas.

A mensagem de Green fica evidente logo na capa, onde folhagem, anési de árvore e postes telegráficos competem entre si. O fundo é manchado de laranja - uma referência ao agente químico Agent Orange usado pelas forças dos EUA no Vietnã para arrasar um terço da cobertura florestal daquele país. A referência continua na música "Orange Crush".

As preocupações ecológicas também estão presentes no misterioso "I Remember California". É uma visão estranha da costa ocidental que menciona carcajus, submarinos Trident e engarrafamentos de trânsito antes de fechar com os versos um pouco herméticos: "At the end of the continent / At the edge of the continent". Em seguida vem o single "Stand", com seu verso melancólico, "If wishes were trees, the trees would be falling".

Ainda que a turnê seguinte do R.E.M. tenha promovido o Greenpeace e a Anistia Internacional, Green não é um manifesto político em forma de rock. Em "World Leader Pretend" as preocupações de Stipe são expressas na primeira pessoa e "Turn You Inside Out" fala de seus embates com os dilemas da fama.

"O R.E.M. é a melhor banda do mundo?" - perguntou Andy Gill, fazendo uma resenha deste álbum na revista Q. Ele decidiu que sim, e milhões de pessoas concordaram.

1988 | GREEN

01. Pop Song 89
02. Get Up
03. You Are Everything
04. Stand
05. World Leader Pretend
06. The Wrong Child
07. Orange Crush
08. Turn You Inside Out
09. Hairshirt
10. I Remember California
11. Untitled

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domingo, 1 de março de 2015

Duke Ellington & Louis Armstrong



O compositor e bandleader Ellington conduziu um das orquestras mais notáveis e autodefinidas do jazz durante 50 anos. Não só manteve uma visão musical consistente onde pode desenvolver o seu trabalho como um compositor, mas se sustentou durante décadas com um núcleo leal de solistas que construiram suas próprias marcas na história do jazz.

Dentro do contexto de direção de uma banda, Ellington se tornou figura única no mundo do jazz ao produzir um songbook da canção popular americana comparável em amplitude e profundidade ao que foi gerado por Gershwin, Rodgers, Berlim e Arlen.

Canções como "Mood Indigo", "Solitude", "In A Sentimental Mood", "Don't Get Around Much Anymore" e muitos outros foram executados amplamente e se tornaram standards americanos.

Ellington nasceu em 29 de abril de 1899, e cresceu em um ambiente de classe-média em Washington, D.C. Ele começou a tocar piano com sete anos nos estilos de ragtime e stride. Ele veio para New York com os Washingtonians, e logo assumiu liderança quando Snowden partiu.

Ellington ficou com um grupo de instrumentistas que permaneceriam com ele durante anos e o seguiriam até o topo: Sonny Greer, Otto Hardwick, Arthur Whetsol e Fred Guy. Antes do final dos anos vinte, entraram para o grupo: Harry Carney, Johnny Hodges e Cootie Williams, cada um permanecendo com Ellington até nos anos sessenta.

Os anos de formação da banda de Ellington cobrem de 1924 até 1935. Na seção rítmica a tuba e o banjo foram substituídos pelo baixo e violão e Lawrence Brown trouxe um som único para o trombone. O período também rendeu uma combinação de sucessos para Ellington, como "Rockin'In Rhythm", "Black And Tan Fantasy", "Creole Love Call, que permaneceriam no seu repertório até o fim.

O período de maturidade começa em meados dos anos trinta e atinge o auge no período de 1940-45. As presenças de Jimmy Blanton no baixo e de Ben Webster no sax-alto foram fundamentais na construção de "Ko Ko", "Concerto For Cootie", "Jack The Bear", "Cotton Tail", "Harlem Airshaft" e "Take The A Train", todas gravadas pela RCA.

Este período de intensa criatividade estende até sua composição mais ambiciosa de Ellington, o épico "Black, Brown And Beige", concebido em 1943. Depois da guerra, seu som sobreviveu, mas a intensidade compositional caiu muito até o final da década, Ellington perdeu muito das suas distintas vozes.

O período moderno, ou a Era de Newport começa em 1951 quando Sonny Greer foi substituído por Louis Bellson e a banda ganhou uma nova agilidade rítmica. Bellson ficou durante aproximadamente três anos, no final sendo substituído por Sam Woodyard.

Mas a flutuação rítmica da banda sempre era fixa com um rasto moderno e melhorias sutis inspiradas em sua musicabilidade. Quando Johnny Hodges voltou depois de uma ausência de cinco anos, Ellington sentiu-se revigorado e pronto para seguir adiante.

O desempenho histórico de "Diminuendo And Crescendo In Blue" no Newport Jazz Festival de 1956 abriu uma era nova de prosperidade para Ellington que reavivou a composição e produziu uma sucessão de trabalhos estimulantes, de "Such Sweet Thunder" (1957) para "The Far East Suite" (1966).

Durante os anos finais da banda, início de 60 até 1974, a morte cortou fora o que tinha parecia ser imutável. Duke Ellington morreu de câncer no dia 24 de maio de 1974, mas a banda continuou de forma irregular, sob a direção de seu filho Mercer Ellington.

Texto: Clube de Jazz

1961 | LOUIS ARMSTRONG & DUKE ELLINGTON
The Great Summit | The Master Takes

01 | Duke’s Place
02 | I’m Just a Lucky So and So
03 | Cottontail
04 | Mood Indigo
05 | Do Nothin’ Till You Hear from Me
06 | Beautiful American
07 | Black and Tan Fantasy
08 | Drop Me off in Harlem
09 | Mooche
10 | In a Mellow Tone
11 | It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got…
12 | Solitude
13 | Don’t Get Around Much Anymore
14 | I’m Beginning to See the Light
15 | Just Squeeze Me
16 | I Got It Bad (And That Ain’t Good)
17 | Azalea

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