A Horse With No Name

cavalo

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Can


O Can é um dos ícones do rock alemão dos anos 70. Contemporâneos do Kraftwerk e um dos marcos do chamado "krautrock", esse grupo foi considerado um dos mais interessantes nomes do rock progressivo, embora esse termo seja por demais limitante à banda. Sua mistura de rock, minimalismo, jazz e longas viagens mostrava que o Can era muito mais sofisticado do que Pink Floyd e Yes, por exemplo, e ficando mais próximos dos ingleses King Crimson, Gentle Giant e Soft Machine. Um de seus líderes é Holger Czukay, músico extraordinário e que deu uma palestra no Brasil em janeiro de 1986 para alguns felizardos. Sua obra é recheada de momentos belos e estranhos, e entre todos eles fulgura o clássico Tago Mago. Seu som anárquico e completamente experimental influenciou várias bandas nascentes do movimento punk, como PiL, Gang of Four, The Fall e é uma das alegrias confessas de The Edge. Por isso, é mais do que hora de abordamos esses alemães malucos e geniais.

"Nunca fomos um grupo de rock normal. O Can sempre foi uma comunidade anarquista." A frase dita por um de seus fundadores, Irmin Schmidt, retrata o que foi essa banda alemã, uma das mais importantes e relevantes dos anos 70. Talvez pela enorme fama que o Kraftwerk conseguiu, poucos conseguiram enxergar ou apurar os ouvidos com o som do Can, um dos maiores nomes do "krautrock". Basicamente os grupos de "krautrock" eram considerados iguais aos de rock progressivo feito especialmente na Inglaterra. Mas havia uma diferença. Os grupos alemães estavam mais preocupados com a parte rítmica e em criar músicas hipnóticas, ao contrário das bandas inglesas, que abusavam de solos imensos e voltavam seus temas para a Idade Média. Os mais importantes grupos de "krautrock" foram, além do Can, o Kraftwerk, o Faust, o Neu!, Amon Düul II e o Cluster.

1968 | DELAY (1981)

01 | Butterfly
02 | Pnoom
03 | Nineteen Century Man
04 | Thief
05 | Man Named Joe
06 | Uphill
07 | Little Star of Bethlehem

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A história do Can começa em 1968, na cidade de Colônia. Cinco jovens resolvem se encontrar para montar um grupo. O anfitrião, Irmin Schmidt (pianista), recebe Holger Czukay (baixista), David Johnson (flautista), Jaki Liebezeit (baterista) e Michael Karoli. Todos eram músicos já renomados e que haviam tido experiências anteriores. Em pauta, a criação de um novo conceito sonoro, totalmente radical para aqueles tempos. Uma mistura de rock, com elementos de free jazz (a grande paixão de Liebezeit), eletrônica, colagem, etc...

A primeira aparição do Can consta meses depois, em junho, no Schloss Noervenich em uma exibição de arte moderna. Essa apresentação acabaria sendo lançada em 1984 em um edição limitada de duas mil cópias em fita cassete com o nome de Prehistoric Future, em Paris, pelo selo Tago Mago.

Neste show a banda tocou sob o nome Inner Space e utilizando os instrumentos de um grupo chamado Organisation, do qual faziam parte Ralf Hütter e Florian Schneider, que anos depois formariam o Kraftwerk. Nessa mesma época, Irmin recebeu a visita do escultor norte-americano Malcolm Mooney, que acabou entrando no grupo e conduziu os alemães mais próximos dos limites do rock. Em seguida, David Johnson deixa o grupo e Jaki e Malcolm aparecem com um novo nome: Can.

Assim, em 1969, lançam o primeiro disco, Monster Movie. Gravado apenas em dois canais, o trabalho já trazia uma concepção totalmente inusitada para a década de 60. O disco foi gravado no mesmo local de seu primeiro show e produzido pelo próprio grupo. Eram quantro composições, sendo que a última, "You Doo Right", tinha mais de 20 minutos.

1969 | MONSTER MOVIE

01 | Father Cannot Yell
02 | Mary, Mary so Contrary
03 | Outside my Door
04 | Yoo Doo Right


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Holger conta que nenhuma gravadora quis bancar o lançamento do disco que tinha uma outra capa e que eles mesmos bancaram a edição com a Scheisshouse Records. Além de Monster Movie, o disco Technical Space Composer's Crew do Canaxis5 foi o outro lançamento do selo.

Em 1970, o grupo lança o segundo disco Soundtracks, em que o Can mostra algumas trilhas sonoras da qual participou: Deadlocks, Cream, Mädchen Mit Gewalt, Deep End e Bottom - Ein Grosser Graublauer Vogel.

Esse trabalho marca o fim da participação de Malcolm que voltou para os Estados Unidos para se tratar de seus inúmero problemas psicológicos. Das sete faixas do disco, Malcolm colocou a voz em apenas duas: "Soul Desert" e "She Brings the Rain". Nas outras quatro faixas em que se necessitava de um cantor, o grupo apresentou um novo vocalista; o japonês Kenji "Damo" Suzuki.

1970 | SOUNDTRACKS

01 | Deadlock
02 | Tango Wiskyman
03 | Deadlock (Titelmusik)
04 | “Don’t Turn the Light on,” Leave me Alone
05 | Soul Desert
06 | Mother Sky
07 | She brings the Rain

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Holger e Jaki haviam conhecido Damo em Munique, onde vivia como mascate nas ruas da cidade, tentando coletar dinheiro para voltar à sua terra natal. Damo havia participado da produção do musical Hair, documentário que marcou todo o movimento hippie dos anos 60. E no mesmo final de semana em que conheceu os dois membros do Can, Damo foi convidado para tocar com a banda, no clube Blow Up, na própria Munique. E, apesar da performance caótica e ainda mostrando que o grupo necessitava evoluir muito, é considerado uma das mais belas apresentações da carreira do Can.

Vale registrar que todo o período vivido com Malcolm pode ser melhor conhecido no disco Can - Delay 1968, lançado originalmente em 1981.

E o grupo mostrou a tão prometida evolução com o próximo lançamento, o mais importante de sua carreira e um dos discos mais importantes do rock alemão e que influenciou dezenas de bandas inglesas e até americanas: Tago Mago.

Muitos consideram, de fato, o primeiro disco do Can, já que o primeiro teve uma produção caótica e Soundtracks é uma coletânea das trilhas-sonoras dos anos de 1969 e 1970.

1971 | TAGO MAGO

01 | Paperhouse
02 | Mushroom
03 | Oh Yeah
04 | Halleluhwah
05 | Aumgn
06 | Peking O
07 | Bring me Coffee or Tea

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O disco é o testamento da capacidade da banda: moldado pelos ritmos frenéticos e quebrados pensados por Czukay e Liebezeit, os cincos assinam as composições em uma viagem que mistura mistério, psicodelias, climas orientais e longas viagens ao desconhecido. Tago Mago foi eleito um dos melhores discos do ano pelos críticos ingleses e franceses e a voz de Damo parecia ser perfeita para as experimentações dos quatro outros integrantes.

O ano de 1971 também foi especial para o Can, pois marcou a construção do estúdio próprio, o Inner Space, em Weilerswist, perto de Colônia. A partir de então, todos os discos do grupo seriam lá produzidos e em 1978 ele mudaria de nome: Can Studios.

Em 1972, o grupo conseguiria o primeiro grande sucesso comercial em seu país com o disco Ege Bamyasi, graças à faixa "Spoon" que havia sido usada no filme Das Messer. Outra canção do disco foi usada em outra película: "Vitamin C", utilizada pelo diretor Samuel Fuller em Tote Taube in der Beethovenstrasse. O disco marca uma maior interação com as primeiras e primárias baterias eletrônicas, instrumento que já havia sido utilizado na faixa "Peking O", de Tago Mago.

1972 | EGE BAMYASI

01 | Pinch
02 | Sing Swan Song
03 | One More Night ck
04 | Vitamin C
05 | Soup
06 | I’m So Green
07 | Spoon

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O próximo disco do grupo, Future Days, marca a saída do cantor japonês Damo Suzuki, que se torna Testemunha de Jeová e deixa o Can da mesma maneira como havia entrado: de modo surpreedente e abrupto.

Com a saída de Damo, algumas mudanças se processam na banda, que busca internamente um novo vocalista. Michael Karoli é considerado o titular do posto, embora nos anos seguintes, vários convidados tenham deixado sua voz, incluindo Tim Hardin.

1973 | FUTURE DAYS

01 | Future Days
02 | Spray
03 | Moonshake
04 | Bel Air


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Em 1974, o grupo faz, em Berlim, o concerto mais longo de sua carreira, e muito provavelmente, um dos mais longos da história: doze horas e meia em cima de um palco, em uma apresentação que começou às oito da noite e só terminou às oito e meia da manhã. No mesmo ano é lançado dois discos: Limited Edition e Soon Over Babaluma.

1974 | SOON OVER BABALUMA

01 | Dizzy Dizzy
02 | Come sta, La Luna
03 | Splash
04 | Chain Reaction
05 | Quantum Physics

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Em 1975, o grupo começa uma nova era. Reduzido a um quarteto, o Can lança um de seus discos mais inovadores e bem produzidos, Landed.

O grupo acaba sendo considerado o mais moderno e revolucionário do planeta pelos críticos ingleses. Cuidadosamente elaborado, Landed, mostra um avanço significativo na produção e no desenvolvimento de idéias e em conceitos.

1975 | LANDED

01 | Full Moon On The Highway
02 | Half Past One
03 | Hunters And Collectors
04 | Vernal Equinox
05 | Red Hot Indians
06 | Unfinished

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Em 1976 é a vez de um novo disco Flow Motion, que pela primeira vez consegue uma música de sucesso na Inglaterra: "I Want More". Nesse mesmo ano, o Can lança mais dois discos: a coletânea Opener e o disco duplo Unlimited Edition, que nada mais era as mesmas canções do disco Limited Edition e outras que não haviam sido lançadas.

1976 | FLOW MOTION

01 | I Want More
02 | Cascade Waltz
03 | Laugh Till You Cry, Live Till You Die
04 | …and More
05 | Babylonian Pearl
06 | Smoke (E.F.S No 59)
07 | Flow Motion

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Em 1977 o grupo ganha dois novos integrantes: Rosko Gee (baixo) e Reebop Kwaku Baah (percussão), ex-membros do Traffic, com isso, Holger ficaria encarregado de "sons especiais", utilizando um rádio de ondas curtas. A idéia era criar novos impulsos através de sinais de rádio, mas a idéia não vingou dentro do Can.

Holger acabou deixando o grupo em maio de 1977, após o final da turnê. O show final foi realizado na cidade de Lisboa, em Portugal, para 10 mil pessoas e o grupo deixou um ponto de interrogação para os seus fãs. Seria possível o grupo sobreviver sem um dos seus mais brilhantes colaboradores?

1977 | SAW DELIGHT

01 | Don’t say No
02 | Sunshine day and Night
03 | Call me
04 | Animal Waves
05 | Fly by Night

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Em 1978 é lançada a compilação Cannibalism No. 1 e Out Of Reach, o primeiro disco sem Holger. O disco é considerado um fracasso pelos próprios membros: "algumas pessoas disseram que gostaram dele, mas eu não vi nenhuma mágica durante as gravações", afirmou Irmin.

Enquanto isso, Holger começava uma carreira-solo lançado o disco Movies, utilizando sua idéia de ondas curtas. Nesse disco, Holger conta com ex-companheiros do Can, como Michael Karoli, Irmin Schmidt, Jaki Leibezeit, e Reebop Kwaku Baah, além de John Foxx, do grupo inglês Ultravox e do famoso produtor alemão Conny Plank. O disco levou dois anos para ser concluído e Holger confessa que por várias vezes achou que iria abandonar o projeto, mas foi estimulado por Foxx a continuar as gravações.

1978 | OUT OF REACH

01 | Serpentine
02 | Pauper’s Daughter and I
03 | November
04 | Seven Days Awake
05 | Give Me No “Roses”
06 | Live Inobe God
07 | One More Day

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Sem Holger, o Can resolveu encerrar suas atividades. Mais do que uma banda interessada em fazer sucesso, havia uma grande unidade entre os músicos e Irmin confessa que ficou muito difícil trabalhar sem tão precioso colaborador. A saída encontrada foi cada um seguir uma carreira-solo, enquanto a influência do Can era espalhada por todo planeta.

Em 1978, Holger editou o disco Can e viu vários grupos punks revelarem sua admiração pelo som de sua antiga banda. Pete Shelley, guitarrista dos Buzzcocks, afirmava que sem Marc Bolan e Michael Karoli jamais teria empunhado uma guitarra. Mark E. Smith, do Fall, confessou ter assistido alguns shows do grupo e era fascinado com a hipnose que provocavam. E também o grupo americano Pere Ubu, admitia ter chupado muito de seu "caos criativo" ouvindo e vendo os alemães.

1979 | CAN

01 | All Gates Open
02 | Safe
03 | Sunday Jam
04 | Sodom
05 | Aspectacle
06 | Ethnological Forgery Series No. 99
07 | Ping Pong
08 | Can Be

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Holger passou pelo Brasil em janeiro de 1986 dando algumas palestras em que teve pouca presença de público e onde falou de sua idéias e concepções. E em 1987 conta que recebeu uma carta que faria o Can se reunir novamente.

"Malcolm Mooney nos escreveu uma carta dos Estados Unidos perguntando se não podíamos nos reunir novamente. Ele contava que havia tentado uma carreira na América, mas que não havia tido nenhum sucesso e queria fazer uma nova tentativa. Disse que estava ansioso em descobrir como se comportaria em frente a um novo microfone e se isso o deixaria doente novamente, quando nos deixou. Acabamos indo para o sul da França, onde Michael Karoli havia montando um estúdio e a velha química parecia ter voltado. Assim nasceu Rite Time, um disco forte e que considero o meu favorito entre todos que gravamos."

1989 | RITE TIME

01 | On The Beautiful Side Of A Romance
02 | The Without Law Man
03 | Below This Level (Patient’s Song)
04 | Movin’ Right Along
05 | Like A New Child
06 | Hoolah Hoolah
07 | Give The Drummer Some
08 | In The Distance Lies The Future

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Em 1999 é lançado um CD duplo contendo gravações ao vivo entre os anos de 1971 e 1977, Can Live Music (Live 1971-1977), acompanhado de vários shows para promovê-lo.

1995 | THE PEEL SESSIONS

01 | Up The Bakerloo Line With Anne
02 | Return To BB City
03 | Tape Kebab
04 | Tony Wanna Go
05 | Geheim (half past one)
06 | Mighty Girl

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1999 | LIVE MUSIC: 1971-1977

01 | Jynx
02 | Dizzy Dizzy
03 | Vernal Equinox
04 | Fizz
05 | Yoo Doo Right
06 | Cascade Waltz
07 | Colchester Finale
08 | Kata Kong
09 | Spoon

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O grupo terminou logo depois e hoje cada um leva sua vida separadamente.

Fonte | Mofo

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ludov

A banda surgiu após o fim dos Maybees, grupo que era composto por todos os componentes da banda atual, exceto por Paulo "Chapolin", que substituiu o antigo baterista que tinha ido para o exterior. A banda Maybees cantava em inglês, mas devido à vontade dos integrantes de renovarem às suas próprias carreiras acabaram terminando a banda.

Os ex-integrantes reecontraram-se alguns meses depois e perceberam que a mesma relação artística que os havia unido no passado ainda existia pois havia muita disposição para a criação de uma banda renovada; a partir de então compõem e cantam somente em português.

No início da carreira, a banda começou a ganhar espaço na MTV Brasil e já foram apresentados dois clipes no Disk MTV. Ganharam um prêmio no Video Music Brasil da MTV de 2004 com o clipe "Princesa". Já em 2005, concorreram em três categorias com "Kriptonita".

Em 14 de julho de 2009, lançam seu terceiro álbum de estúdio, chamado Caligrafia, com a sua apresentação das suas músicas pela Internet, através do site da banda. Seu primeiro single é a música Reprise.

Mais sobre Ludov | AQUI

2005 | O EXERCÍCIO DAS PEQUENAS COISAS

01 | Sério
02 | Estrelas
03 | O Dia em que Seremos Felizes
04 | Dorme em Paz
05 | Esquece e Vai Sorrir
06 | Sete Anos
07 | Kriptonita
08 | Supertrunfo
09 | Gramado
10 | Mais uma Vez
11 | Elastano
12 | Todo Esse Ar
13 | Tudo Bem, Tudo Bom
14 | É Só Saudade
15 | Princesa

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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pink Anderson

Pink Anderson (12 de Fevereiro de 1900 - 12 de Outubro de 1974) foi um cantor e guitarrista de blues, nascido em 12 de Fevereiro de 1900 em Lawrence, Carolina do Sul. Em 1914 juntou-se a Dr. Kerr da “Indian Remedy Company” para entreteter as multidões (cantando, dancando e contando anedotas) enquanto Kerr tentava vender uma mistura com qualidades medicinais.

Em 1916, Anderson conhece Simmie Dooley em Spartanburg, com quem aprendeu a cantar o “blues”. Quando Anderson não viajava com Dr. Kerr, ele e Dooley tocavam em pequenos ajuntamentos em Spartanburg e arredores.

Após o afastamento de Dr. Kerr em 1945, Anderson ficou-se por Spartanburg afinando o seu talento musical com a guitarra e harmónica. Problemas de coração forçaram Anderson a retirar-se em 1957.

Anderson gravou algumas músicas nos anos 60 e entrou em 1963 no filme The Bluesmen.

Syd Barrett formou uma banda nos anos 60 chamada Pink Floyd, usando os primeiros nomes de Anderson e de Floyd Council. Barrett aparentemente possuía uma gravação de um dos LP’s de Anderson.

1961 | VOL. 1: CAROLINA BLUESMAN

01 | My Baby Left Me This Morning
02 | Baby, Please Don't Go (Joe Williams)
03 | Mama Where Did You Stay Last Night
04 | Big House Blues
05 | Meet Me In The Bottom (Brownie McGhee)
06 | Weeping Willow Blues (Paul Carter)
07 | Baby I'm Going Away
08 | Thousand Woman Blues
09 | I Had My Fun
10 | Every Day In The Week
11 | Try Some Of That (Bonus Track)

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1962 | VOL. 2: MEDICINE SHOW MAN

01 | I Got Mine
02 | Greasy Greens
03 | I Got A Woman 'Way Cross Town
04 | Travelin' Man
05 | Ain't Nobody Home But Me
06 | That's No Way To Do
07 | In The Jailhouse Now
08 | South Forest Boogie
09 | Chicken
10 | I'm Going To Walk Through the Streets Of...

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1963 | VOL. 3: THE BLUES OF PINK ANDERSON
Ballad & Folksinger


01 | The Titanic
02 | Boweevil
03 | John Henry
04 | Betty And Dupree
05 | Sugar Babe
06 | The Wreck Of The Old 97
07 | I Will Fly Away
08 | The Kaiser (The Boys Of Your Uncle Sam)
09 | In The Evening

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1992 | GOSPEL, BLUES AND STREET SONGS, 1961
Gary Davis & Pink Anderson


01 | John Henry
02 | Every Day in the Week Blues
03 | The Ship Titanic
04 | Greasy Greens
05 | Wreck of the Old '97
06 | I've Got Mine
07 | He's in the Jailhouse Now
08 | Blow Gabriel
09 | Twelve Gates to the City
10 | Samson and Delilah
11 | Oh Lord, Search My Heart
12 | Get Right Church
13 | You Got to Go Down
14 | Keep Your Lamp Trimmed and Burning
15 | There Was a Time That I Was Blind

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1992 | VA - SINNERS & SAINTS, 1926-1931

T C I Section Crew
01 | Track Linin
02 | Section Gang Song
Freeman Stowers
03 | Railroad Blues Listen
04 | Texas Wild Cat Chase Listen
05 | Medley Of Blues (All Out And Down: Old Time Blues: Hog In The Mountain)
06 | Sunrise On The Farm
'Beans' Hambone - El Morrow
07 | Beans
08 | Tippin` Out
'Big Boy' George Owens
09 | Kentucky Blues
10 | The Coon Crap Game
Will Bennett
11 | Railroad Bill
12 | Real Estate Blues
Lonnie Coleman
13 | Old Rock Island Line
14 | Wild About My Loving
Nugrape Twins
15 | I Got Your Ice Cold Nugrape
16 | There`S A City Built Of Mansions
17 | The Road Is Rough And Rocky
18 | Pray Children If You Wan`T To Go To Heaven
19 | Nugrape - A Flavor You Can`T Forget
20 | Can`T You Watch Me For One Hour
Blind Roger Hays
21 | On My Way To Heaven
22 | I Must Be Blind, I Cannot See
Pink Anderson And Simmie Dooley
23 | Every Day In The Week Blues Listen
24 | C.C. And O. Blues Listen
25 | Papa`S `Bout To Get Mad Listen
26. Gonna Tip Out Tonight Listen

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2006 | VA - CLASSIC AFRICAN-AMERICAN BALLADS
from Smithsonian Folkways


01 | Mouse on the Hill (Warner Williams)
02 | Casey Jones (K.C.Douglas)
03 | John Hardy (Lead Belly)
04 | Railroad Bill (John Jackson)
05 | Stewball (Memphis Slim and W. Dixon)
06 | John Henry (Sonny Terry and Brownie McGhee)
07 | St. James Infirmary (Snooks Eaglin)
08 | Staggerlee (Stackolee) (John Cephas and Phil Wiggins)
09 | Lost John (Convicts at the Ramsey and Retrieve State Farms)
10 | Betty and Dupree (Josh White)
11 | Old Riley (Lead Belly)
12 | The Race of the Jim Lee and Katy Adam (Jazz Gillum, M. Slim and A. Stidham)
13 | The Titanic (Pink Anderson)
14 | Frankie and Johnny (Big Bill Broonzy)
15 | White House Blues (Earl Taylor and the Stony Mountain Boys)
16 | Louis Collins (John Jackson)
17 | Bad Lee Brown (Woody Guthrie)
18 | Luke and Mullen (Horace Sprott)
19 | Duncan and Brady (Dave Van Ronk)
20 | Gallis Pole (Lead Belly)
21 | Boll Weevil (Pink Anderson)
22 | Delia's Gone (Josh White, Jr.)

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lenine

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, é um cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista e músico brasileiro.

Ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Letras.

Filho de um velho comunista e de uma católica praticante, criou-se porém uma espécie de détente na família. Até os 8 anos, os filhos eram obrigados a ir à missa com a mãe. Depois disso, ficavam por conta do pai: Marx era leitura obrigatória. Aos domingos, ouvia-se música de todo tipo - canções napolitanas, música alemã, música folclórica russa, Glenn Miller, Tchaikovsky, Chopin, Gil Evans, e mais tarde, Hermeto Pascoal e os tropicalistas.

Foi para o Rio de Janeiro no final dos anos 1970, pois naquela época havia pouco espaço ou recursos para música no Recife. Morou com alguns amigos, compositores. Dividiram por algum tempo um apartamento na Urca, depois uma casinha numa vila em Botafogo, famosa por ter sido moradia de Macalé e Sônia Braga. Depois foram para Santa Teresa.

Lenine teve seu som gravado por Elba Ramalho, sendo ela a primeira cantora de sucesso nacional a gravar uma música sua. Depois vieram Fernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros.

Produziu "Segundo", de Maria Rita; "De uns tempos pra cá", de Chico César; "Lonji", de Tcheka (cantor e compositor do Cabo Verde); e "Ponto Enredo", de Pedro Luís e a Parede.

Trabalhou em televisão com os diretores Guel Arraes e Jorge Furtado. Para eles, fez a direção musical de "Caramuru, a Invenção do Brasil" que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Participou também da direção do musical de "Cambaio", musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.

Lenine ganhou dois prêmios Grammy Latino: um pelo “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".

2008 | LABIATA

01 | Martelo Bigorna
02 | Magra
03 | Samba e Leveza
04 | A Mancha
05 | Lá Vem a Cidade
06 | O Céu é Muito
07 | É Fogo
08 | É o que Me Interessa
09 | Ciranda Praieira
10 | Excesso Exceto
11 | Continuação

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domingo, 19 de outubro de 2014

October Project

O October Project foi fundado no longíquo ano de 1989 e inicialmente contava com Marina Belica nos teclados e vocais, Emil Adler no piano e David Sabatino nas guitarras. A letrista Julia Flanders não era membro oficial, mas aparecia em todas as fotos promocionais e era amiga de longa data de alguns integrantes. Após alguns ensaios o pontapé decisivo foi dado ao convidarem a versátil e belíssima cantora Mary Fahl para fazer parte do conjunto.

Mary Fahl definiu o estilo musical que seria seguido nos dois álbuns seguintes com sua voz poderosa e única. Contratados pela Epic em 1993, o disco de estréia é um dos melhores debut de todos os tempos por sua consistência ímpar. Inclassificável, este álbum possui melodias belíssimas intercaladas com a graciosa e sensível voz de Fahl. Hora pop, hora new age, mas sempre com uma técnica acima da média. Gerou dois ótimos singles e clipes: Bury My Love e Return to Me. Além disso, supreendentemente a música Wall of Silence, que não foi lançada em single, fez muito sucesso no Brasil. A Lonely Voice é uma das melhores. Apesar de tudo, não vendeu como merecia.

Em 1995 é lançado o segundo disco. Este é um pouco mais focado no pop e trás elementos novos na sonoridade com passagens instrumentais mais longas e calmas, no entanto menos elaboradas que o anterior. A entrada do percussionista Urbano Sanchez tornou a banda com um som comum demais. Adam & Eve é o ponto alto deste ótimo disco que também não vendeu como o esperado, o que acabou por encerrar o contrato da gravadora. Uma semana depois a banda se dissolveria.

Em 1999, Flanders e Adler lançam um EP sob o nome infame de November Project chamado A Thousand Days. Em 2003, Belica, Adler e Flanders tentan reativar a banda e lançam um EP constrangedor chamado Different Eyes. Sem Mary Fahl, o October Project parece uma banda cover de segunda categoria, apesar das ótimas letras e boa voz de Belica. É o fim oficial do October Project, uma banda tão promissora…

1993 | OCTOBER PROJECT

Bury My Lovely
Ariel
Where You Are
A Lonely Voice
Eyes Of Mercy
Return To Me
Wall Of Silence
Take Me As I Am
Now I Lay Me Down
Always
Paths Of Desire
Be My Hero

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1996 | FALLING FATHER IN

Deep As You Go
Something More Than This
Sunday Morning Yellow Sky
Adam & Eve
Johnny
Funeral In His Heart
After The Fall
One Dream
Dark Time
Falling Farther In
If I Could

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2003 | DIFFERENT EYES

The Mind's Eye
Long After Tomorrow
See With Different Eyes
If I Turn Away
Forget You
When The Wind Blows

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Charles Bradley

Ele faz um tipo de som ao estilo de artistas como Darondo, Spanky Wilson, Sharon Jones e outros ‘negões e negônas’ de respeito do soul jazz, mas o fato é que Charles Bradley era um ilustre desconhecido até pouquíssimo tempo atrás. Eis que um single da Menahan Street Band lançado em 2008 apresentou o cantor ao mundo, e o resto é história.

E que história de vida, não é mesmo, Charlie? No Time For Dreaming é um excepcional álbum de soul music para apaixonados pela old school do gênero. A sonoridade do CD é totalmente vinculada à era de ouro da música negra, e temos a impressão de que se trata de um álbum esquecido nos porões do tempo.

Olhando a estampa do coroa dá pra dizer que ele parece uma mistura de Tony Tornado com James Brown, e apesar de estar estreando em um álbum, o soul man de 62 anos é o que podemos chamar de veterano iniciante. A história é longa, mas vale a pena passar os olhos pelo texto abaixo.

Charles nasceu em Gainesville, Flórida, em 1948, mas foi criado no Brooklyn, em Nova York. Viveu boa parte da sua infância nas ruas. Um dos seus primeiros contatos com a música foi quando teve a oportunidade de ir a um show de James Brown no lendário Apollo. Em seu site, Charles diz que aquele show mudou sua vida. Mas como na vida nada são flores, as dificuldades levaram Charles a sair do Brooklyn, até encontrar emprego em um bar, no estado de Maine. Aprendeu a cozinhar, e até montou uma banda. Era o começo da sua perseguição ao sonho de ser um artista.

Na mesma época, Charles chegou a sentir o gosto dos palcos e fez algumas apresentações. Naquele momento ele sabia que estava destinado a ser um cantor. Porém, o destino tratou de impedir o seu sonho: seus companheiros foram para Guerra do Vietnã, enquanto ele foi forçado a encontrar um trabalho como chef de cozinha em um hospital para doentes mentais.

Quase uma década depois, Charles Bradley decidiu abandonar tudo e partiu para o oeste em busca de seu sonho musical. Percorreu os EUA, indo de Nova York para a Califórnia de carona, chegando até o Canadá. Foi parar no Alasca, onde encontrou emprego como chef de cozinha. Passado um tempo, decidiu fazer o caminho de volta, dessa vez de avião. Na Califórnia, ficou mais de vinte anos trabalhando como chef, e às vezes conseguia uma ou outra apresentação como músico, mas nada que o fizesse apostar sua fichas em uma carreira de verdade. Até que perdeu o emprego e decidiu retornar ao Brooklyn para ficar perto da sua família.

Com o dinheiro que economizou, Charles encheu um caminhão com seus equipamentos musicais, comprados ao longo dos anos, para novamente tentar a sorte na Big Apple. Fez várias apresentações em clubes locais, e um bom tempo depois, enquanto se apresentava como Black Velvet, foi visto por Gabriel Roth, co-produtor da Daptone Records, o qual instantaneamente reconheceu seu talento e o levou diretamente para os estúdios. Charles conseguiria então o seu primeiro single.

Depois, conheceu o compositor e guitarrista Thomas Brenneck. Juntos lançaram dois singles e montaram uma nova banda – a Menahan Street Band. Resumindo, Charles finalmente teve oportunidade de mostrar seu talento. Foi quando em 2008 lançou um single comemorativo, e entre os músicos presentes estava o então desconhecido Charles Bradley. A música “The World (Is Going Up In Flames)” ganhou forma e vida na sua voz, seu talento foi reconhecido e o lançamento do álbum era questão de tempo.

Da capa com visual retrô a aquilo que ouvimos vazar das caixas de som, No Time For Dreaming é um senhor disco de soul. Além das canções, rolam algumas vinhetas ou temas instrumentais pela Menahan Street Band, que faz interlúdios espertos e dá refresco e beleza ao contexto do trabalho.

Só preciso de dois sons pra convencer o leitor/ouvinte do requinte da obra: tasque no player “The World (Is Going Up In Flames” ou “Heartaches and Pain”, última faixa do CD, e você saberá do que estou falando.

Que Charles Bradley não pare por aí!

Por Márcio Grings

2010 | NO TIME FOR DREAMING

01 | The World (Is Going up in Flames)
02 | The Telephone Song
03 | Golden Rule
04 | I Believe in Your Love
05 | Trouble in the Land
06 | Lovin' You, Baby
07 | No Time for Dreaming
08 | How Long
09 | In You (I Found a Love)
10 | Why is it so Hard?
11 | Since Our Last Goodbye
12 | Heartaches and Pain

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Arzachel


Entre 1966 a 1969, o movimento psicodélico vivia seu período áureo e diversos músicos aproveitavam a efervescência cultural da época para criarem projetos audaciosos e irreverentes que se tornaram ao longo do tempo obras relevantes e originais. Um nome que se destacou neste período foi o de Steve Hillage, que fez história com o Gong anos depois, mas que já em 1969 montou o Arzachel ao lado de Dave Stewart.

Surgido das cinzas do grupo Uriel, o Arzachel lançou seu primeiro álbum em 1969, um disco de rock progressivo com pitadas psicodélicas muito bem executadas. Todos os integrantes da banda usaram codinome para a gravação. Simon Sasparella e Steve Hillage (guitarra e vocais); Njerogi Gategaka e Mont Campbell (baixo e voz); Basil Dowling e Clive Brooks (bateria); Sam Lee-Uff é Dave Stewart (orgão).

“Arzachel” é um disco muito climático, francamente progressivo com destaque para o orgão de Sam Lee-Uff. Começa com “Garden of Earthly Delights”, uma canção típica do período psicodélico. Influências marcantes de Move e do Pink Floyd fase Sid Barret junto a uma boa dose de criatividade e talento fazem com que o álbum se destaque entre os grandes da época.


“Azathoth”, a segunda música, tem uma introdução próxima da musica clássica. Um órgão que se espalha de forma bastante interessante pela canção seguido de uma melodia quase bíblica mostra a versatilidade do Arzachel. Muito provavelmente idéias musicais de Hillage, aqui disfarçado de Simeon Sasparella. “Queen St. Gang”, a terceira faixa, é um bonito número instrumental caracterizado por uma melodia bem gostosa, principalmente pelo acompanhamento do orgão. O lado A do vinil ainda traz “Leg”, um poderoso do blues executado com levada pesada e totalmente psicodélica.

O lado B é ótimo, apenas duas canções de tirar o fôlego, onde os caras simplesmente detonam. Os dez minutos de “Clean Innocent Fun” exibem toda a força musical e criativa do quarteto. Psicodelismo, hard rock e progressivo se misturam numa introdução simplesmente fantástica. O trabalho das guitarras já mostra o quão bom era Steve Hillage, que faria muito sucesso nos anos seguintes com seus projetos paralelos.

Com 16 minutos de duração, “Metempsychosis”, a sexta é última música, lembra bastante algumas passagens de “Interestelar Overdrive”, canção do primeiro álbum do Pink Floyd, e fecha o único disco do Arzachel. Steve Hillage e Dave Stewart se juntariam mais tarde na banda Khan e gravariam ainda mais um excepcional disco de progressivo na década de 1970.

“Arzachel” foi relançando em 2002 pela Akarma Records. Um detalhe curioso pode ser encontrado no encarte, que além da apresentação de cada músico da banda, traz informações, como por exemplo, sobre o time que o baterista torce (no caso, Totthemham), crenças sobre como a musica pode influenciar no desempenho sexual ou ainda falar sobre as qualidades pessoais de cada um dos instrumentistas. Definitivamente, um rock raro.

Por: Wagner Xavier

1969 | ARZACHEL

01 | Garden of Earthly Delights
02 | Azathoth
03 | Queen St | Gang
04 | Leg
05 | Clean Innocent Fun
06 | Metempsychosis


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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

André Christovam

André Christovam ser considerado o principal artista de blues do Brasil é uma possibilidade a ser discutida, mas ele foi sem dúvida o primeiro. É acima de tudo um músico exemplar que traz na bagagem mais de 29 anos de estrada. Um estudioso da história e um profundo conhecedor dessa linguagem musical. Uma vida de muita dedicação à guitarra e a experiência de ter divido o palco com algumas das maiores lendas da música popular no século vinte.

André descobre o músico dentro dele quando ouve no Natal de 1972 a canção Sunshine of Your Love do grupo inglês Cream e inicia um romance com a guitarra através do violão erudito poucos dias depois essa experiência. Seu momento de definição ocorre em 1974, quando ganha uma aposta que fez com o fotógrafo Sérgio Amaral em uma partida de futebol de botões. O pagamento foi o disco "The London Howlin' Wolf Session", que tinha a participação dos guitarristas Eric Clapton e Hubert Sumlin. Um disco tão especial que acabaria sendo a maior influência em sua decisão de seguir o caminho do blues.

No início do ano de 1976 inicia com Nelson Brito e Paulo Zinner o Fickle Pickle, um trio com um som pesado, mas com um interessante tempero bluseiro. GIT

Percorre com esse time todas as agruras que os músicos noviços precisam percorrer: centenas de horas de ensaio e depois noites e mais noites tocando em todos os espaços imagináveis da cidade de São Paulo muitas vezes a troco de nada!

Com doze anos de carreira musical e uma longa temporada de estudos no Guitar Institute of Technology na Califórnia seguida de uma outra mais curta com o Fickle Pickle pela Europa, além de uma bem sucedida carreira como “sideman” após ter gravado e excursionado com Kid Vinil e Os Heróis do Brasil, Rita Lee & Roberto de Carvalho, Raul Seixas e Marcelo Nova, André começa a gravar no final de 1988 o álbum "Mandinga", seu primeiro disco pelo selo Eldorado. Um trabalho que pelo ineditismo de ter todas as suas letras em português, torna-se um marco da discografia do blues nacional.

O lançamento e o início da tour brasileira foram em maio do ano seguinte. O palco de estréia foi o do Festival Internacional de Blues de Ribeirão Preto, um evento inesquecível que pela primeira vez trazia ao país a nata do Blues mundial, entre eles Albert Collins, guitarrista Texano que foi uma de suas maiores influências principalmente após a experiência de ter sido seu roadie, durante sua estada nos Estados Unidos. Sucesso instantâneo? Sabemos que essas coisas nem sempre acontecem... Mas as portas começariam a se abrir... E como de costume a primeira oportunidade apareceu por meio de um convite do mesmo Albert Collins para que André seguisse com ele rumo ao Texas para tocar no "Benson & Hedges Blues Festival", em Dallas, sendo assistido por mais de 12 mil pessoas. Esse evento foi uma autêntica congregação de estrelas que trouxe ao mesmo palco numa única noite além de Albert Collins, John Lee Hooker, Etta James, The Fabulous Thunderbirds e B.B. King. E a boa repercussão de sua passagem pelo Texas lhe proporcionou a participação na quarta edição do Free Jazz Festival, ao lado de John Lee Hooker e John Mayall no Rio de Janeiro.

Coninue lendo em: andrechristovam.com.br

1989 | MANDINGA

01 | Sebo Nas Canelas
02 | Confortável
03 | Duvido (Mas Tô Tentando)
04 | Blind Dog
05 | Mandinga
06 | So Long Boemia
07 | Genuíno Pedaço Do Cristo
08 | Dados Chumbados
09 | Palhaço De Gesso

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1990 | A TOUCH OF GLASS

01 | Wolf & Sheep
02 | Leave My Money Alone
03 | Santa Cecília
04 | The Stumble -
05 | Love Jar Blues
06 | Edo
07 | Flag Pole
08 | Tintagel
09 | One Kind Favor
10 | Oh! Captain My Captain
11 | Brown Candles
12 | Oh! Captain My Captain (Reprise)

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

The Beach Boys


Shut Down Volume 2 é o quinto álbum de estúdio da banda de rock americana The Beach Boys, e o primeiro dos quatro que a banda lançaria em 1964. O volume "2" do álbum refere-se à compilação de hot rod, Shut Down, lançada pelo selo da banda, Capitol Records em 1963. O disco incluía "409" e "Shut Down", mas não era um álbum do The Beach Boys.

Gravado quando a "Beatlemania" estava começando a chegar ao território americano (e em breve afetar profundamente o líder Brian Wilson), Shut Down Volume 2 foi feito para consolidar a posição da banda como a maior banda na América. Em vez disso, a invasão do The Beatles foi tão avassaladora que o álbum atingiu # 13 nos Estados Unidos (embora, eventualmente, tenha ganhado disco de ouro).

Parte da culpa pelo fato do álbum não ter chegado ao "Top 10" deveu-se possivelmente ao fato dele possuir algumas faixas bem fracas, algumas delas sendo consideradas, por comum acordo, puro "enchimento". A adição da homorística "Cassius" Love Vs. "Sonny" Wilson" (uma "luta" entre Brian e Mike) serve para ilustrar a necessidade de encher o álbum.

No entanto, os pontos altos do Shut Down Volume 2 estão, indiscutivelmente, entre os mais fortes momentos da banda até agora: "Fun Fun, Fun", "Don't Worry Baby" (resposta de Brian a sua música predileta "Be My Baby", de Phil Spector, gravada por The Ronettes)," The Warmth of the Sun" (escrita em apenas algumas horas depois assassinato de JFK) e um cover de Frankie Lymon, Why Do Fools Fall In Love ". "Pom, Pom Play Girl" apresenta Carl Wilson em seu primeiro vocal principal numa canção dos Beach Boys.

Shut Down Volume 2 foi comercializado como "hot rod" após o sucesso do antecessor Little Deuce Coupe, mas os Beach Boys não foram capazes de manter o tema da forma consistente com que conseguiram anteriormente, sinalizando que Brian Wilson e Mike Love já estavam esgotando o repertório de canções sobre automóveis e teriam que mudar de marcha em breve.

A fotografia da capa, tirada pelo fotógrafo da Capitol George Jerman, mostra a banda (agora com Al Jardine fazendo sua estréia) posando ao lado de uma seleção de carros - nomeadamente, Corvette Sting Ray possuído por Dennis Wilson e Pontiac Grand Prix, de propriedade por Carl.

Texto | Wikipédia

1964 | SHUT DOWN VOLUME 2

01 | Fun, Fun, Fun
02 | Pom Pom Play Girl
03 | This Car Of Mine
04 | In The Parkin' Lot
05 | Cassius Love Vs. Sonny Wilson
06 | Shut Down, Part II
07 | Why Do Fools Fall In Love
08 | The Warmth Of The Sun
09 | Don't Worry Baby
10 | Denny's Drums
11 | Keep An Eye On Sum­mer
12 | Louie Louie

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