A Horse With No Name

cavalo

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Jeff Buckley

Cerca de seis anos de atividade e apenas um álbum de estúdio. Podemos resumir assim a curtíssima trajetória musical do cantor norte-americano Jeff Buckley, que morreu afogado em 1997, aos 30 anos de idade. Já em termos de significância, é difícil resumir tamanha qualidade musical presente em "Grace" (1994), seu único registro de estúdio.

Apesar de ter sido introduzido ao melhor do rock clássico ainda pequeno, Buckley preferiu apostar em um estilo único, uma sonoridade que até hoje pode provocar dor de cabeça em qualquer pessoa que tente rotular a sua música. Mas, falando por alto, seu estilo é um rock alternativo influenciado por gêneros diversos, que vão do folk ao blues. Além do mais, Buckley é dono de uma voz que pode ser facilmente reconhecida por qualquer pessoa que já tenha ouvido pelo menos uma de suas músicas.

Logo nos primeiros segundos da faixa de abertura "Mojo Pin", o ouvinte é transportado para o universo de Buckley, através de uma voz praticamente sussurrada (que, por sinal, é bem frequente neste álbum), e uma guitarra bastante suave, que eventualmente acaba ganhando força em pequenos trechos da música. Tais nuances sonoras também podem agradar bastante aquelas pessoas que normalmente prestam mais atenção nas letras, visto que há uma perfeita sintonia entre os arranjos de cada música e a temática das mesmas.

E falando em letras, é interessante observar como o tom "deprê" de Buckley soa realmente sincero em cada palavra dita, fazendo o ouvinte acreditar que o cantor viveu todas aquelas histórias, ou pelo menos histórias relacionadas ao tema de cada música. Sutilezas desse tipo ficam ainda mais evidentes a cada audição de "Grace", e fazem até o ouvinte esquecer que as maravilhosas "Lilac Wine", "Corpus Christi Carol" e "Hallelujah" são covers.

Tarefa praticamente impossível é citar a melhor ou a "pior" faixa do álbum. A faixa-título "Grace" traz boas e agradáveis variações ao longo da música, enquanto que "Last Goodbye" e "Lover, You Should've Come Over" se mostram um pouco mais "básicas", podendo agradar facilmente até aquele ouvinte adepto de sons mais acessíveis. Outros momentos mais alternativos e impecáveis residem nas "sombrias" "So Real" e "Dream Brother". E para não dizer que falta rock em "Grace", a pesada "Eternal Life" cumpre seu papel com maestria, sem soar deslocada da proposta do álbum.

Jeff Buckley nunca atingiu o sucesso comercial merecido, mas conquistou apreciadores de diversos estilos com a sua música única, sempre tocada com muita emoção e sinceridade. Temos aqui um caso raro de artista que conseguiu se destacar de uma forma tão impressionante com apenas um álbum de estúdio. Aspectos negativos? Simplesmente... nenhum!

Por | Fábio Cavalcanti

1994 | GRACE

01 | Mojo Pin
02 | Grace
03 | Last Goodbye
04 | Lilac Wine
05 | So Real
06 | Hallelujah
07 | Lover, You Should've Come Over
08 | Corpus Christi Carol
09 | Eternal Life
10 | Dream Brother

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domingo, 27 de janeiro de 2013

T. Rex


Tente dissociar o T. Rex do glam rock. Isso é impossível, e a resposta é simples: poucos grupos na história do rock estão tão ligados a um estilo como a banda de Marc Bolan e o rock purpurinado. O grupo, formado em Londres em 1967, lançou as bases, definiu o glam e teve um impacto ainda maior que outro gigante que dava seus passos naquela época: o Ziggy Stardust de David Bowie.

Electric Warrior é o segundo disco do T. Rex (a banda já havia gravado quatro álbuns antes, mas como Tyranossaurus Rex) e foi lançado em 24 de setembro de 1971. Na época, a banda era formada por Bolan nos vocais e na guitarra, Steve Currie no baixo, Mickey Finn na percussão e Bill Legend na bateria. Produzido pelo lendário Tony Visconti, brother de Marc Bolan e um dos caras mais ativos e importantes do rock setentista, responsável por álbuns clássicos do Badfinger, Gentle Giant, Iggy Pop, Thin Lizzy e mais um monte de gente, Electric Warrior pode ser considerado o disco chave do glam rock. Basta colocar a bolacha para tocar para entender porque.

“Mambo Sun” abre o play com uma malícia e um balanço absolutamente irresistíveis. “Cosmic Dancer” é uma das mais belas canções dos anos setenta, dona de uma melancolia tocante e um arranjo de cordas excelente. “Jeepster”, lançada como single em 1 de novembro de 1971, alcançou o segundo lugar nas paradas britânicas, enquanto o boogie de “Bang a Gong (Get It On)”, o maior sucesso do álbum, se transformou em uma das canções mais conhecidas da carreira do grupo, chegando ao primeiro lugar da parada inglesa.

Há em Electric Warrior um equilíbrio entre canções mais pesadas e festivas com outras mais calmas e contemplativas, fazendo com que o disco leve o ouvinte em uma viagem colorida pelos sentimentos humanos.

Além das músicas, Electric Warrior marcou época também por sua capa, que traz Marc Bolan armado apenas de sua guitarra e por uma parede de amplificadores, como que mostrando seu cartão de visitas.

Em 1972 o T. Rex voltaria a voar alto com The Slider, outro excelente disco, mas o fato é que muito da lenda de Bolan e da força que o grupo possui até hoje provém de Electric Warrior.

arc Bolan faleceria às cinco horas da manhã do dia 16 de setembro de 1977 em um acidente de carro em Londres, deixando um legado de excelentes álbuns e uma influência enorme não apenas sobre o rock e o pop, mas também na moda e no comportamento da juventude dos anos setenta. Se o glam rock pode ser definido em um disco, ele é Electric Warrior.

Por: Ricardo Seelig

1971 | ELECTRIC WARRIOR

01 | Mambo Sun
02 | Cosmic Dancer
03 | Jeepster
04 | Monolith
05 | Lean Woman Blues
06 | Bang a Gong (Get it On)
07 | Planet Queen
08 | Girl
09 | The Motivator
10 | Life's a Gas
11 | Rip Off
12 | There Was a Time
13 | Raw Ramp
14 | Planet Queen (acoustic)
15 | Hot Love*
16 | Woodland Rock*
17 | King of The Mountain Cometh

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

The Doobie Brothers


Em 1972, a sacudida e contagiante Listen To The Music abriu as portas do sucesso em termos mundiais para os Doobie Brothers. Esse single, assim como o álbum que a contém, Toulouse Street, venderam milhões de cópias e apresentaram a muita gente o trabalho dessa banda oriunda da cidade de San Jose, no estado americano da California.

O início de tudo ocorreu no fim dos anos 60, quando o cantor, compositor e músico Skip Spence, ex-Jefferson Airplane e Moby Grape, conheceu o cantor, compositor e guitarrista Tom Johnston. Logo a seguir, ele apresentou ao novo amigo o baterista e percussionista John Hartman. A ideia inicial era montar uma nova versão do Moby Grape, mas logo Spence saiu de cena.

Após alguns meses, Johnston e Hartman conheceram o cantor, compositor e guitarrista Patrick Simmons, que se juntou ao time, assim como o baixista Dave Shogren. Com essa escalação, após tocarem em bares na chamada Bay Area, eles atraíram as atenções da Warner Brothers, e gravaram em 1971 um auto-intitulado álbum de estreia.

Embora contivesse uma música espetacular que ironicamente só fez sucesso aqui no Brasil, a contundente Nobody, o álbum não conseguiu obter a repercussão que merecia. Mesmo assim, a gravadora continuou acreditando na banda, e deu a eles a oportunidade de gravar um novo trabalho, em meio a mudanças em sua formação.

Dave Shogren participou de duas músicas do novo álbum, mas acabou saindo fora. Ele foi substituído por um antigo conhecido de Patrick Simmons, o baixista e vocalista Tiran Porter. De quebra, o time ganhou um segundo baterista, Michael Hossack, o que deu à banda uma de suas marcas registradas e aumentou o seu poder de fogo.

Graças ao estouro de Listen To The Music, Toulouse Street invadiu as paradas de sucesso e mostrou as armas da banda: um vocalista e guitarrista-solo carismático (Tom Johnston), vocalizações personalizadas, uma segura e criativa mistura de rock and roll, soul, country, folk e pop e um guitarrista, cantor e compositor que funcionava como ótimo contraponto à excelência de Johnston, o também ótimo Patrick Simmons.

O segundo álbum dos Doobies quase foi produzido por um amigo ilustre, Pete Townshend, mas o líder do The Who estava particularmente enrolado na época, e a tarefa acabou ficando nas mãos de Ted Templeman, que se incumbiu com extrema categoria da função, que exerceu posteriormente em vários outros trabalhos da banda.

O lado rock and roll do álbum aparece em petardos como Rockin’ Down The Highway e Disciple, enquanto o gospel rock é a marca de Jesus Is Just Alright, que já havia sido gravada anteriormente pelos Byrds no álbum Ballad Of Easy Rider (1969), mas que aqui encontra a sua versão definitiva.

A faceta folk da banda surge na animada Mamaloi e na introspectiva e belíssima Toulouse Street, enquanto o blues dá o tom nas releituras de Cotton Mouth, do duo Seals & Crofts, e Don’t Start Me To Talkin, de Sonny Boy Williamson.

Bom como um todo, Toulouse Street tem uma curiosidade: na parte interna do CD e da capa dupla da versão original em vinil, temos uma foto dos integrantes da banda pelados e envolvidos por um interessante elenco de legítimas “garotas da vida nada fácil”. Cada um esconde o “mr. dick” do seu jeito, com Johnston colocando um chapéu em cima do mesmo.

Por: Fabian Chacur

1972 | TOULOUSE STREET

01 | Listen To The Music
02 | Rockin' Down The Highway
03 | Mamaloi
04 | Toulouse Street
05 | Cotton Mouth
06 | Don't Start Me To Talkin'
07 | Jesus Is Just Alright
08 | White Sun
09 | Disciple
10 | Snake Man

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Flower Travellin' Band

Os nomes nipônicos progressivos apresentados até o momento são recentes. Porém, no início da década de 70, o rock progressivo já era uma marca registrada no Japão. Dezenas (se não centenas) de bandas empregavam a sonoridade clássica misturada ao jazz e muito virtuosismo. Outras, expandiam a sonoridade hard rock através de longas suítes, trabalhadas exaustivamente e que se tornaram clássicos com o passar dos anos.

Esse é o caso da Flower Travellin’ Band. Formado no início de 1970 pelo compositor, vocalista e guitarrista Yuya Uchida, Akira “Joe” Yamanaka (Vocais), Hideki Ishima (guitarra) e George Wada (bateria), o quarteto teve uma carreira muito curta, de apenas três álbuns, mas que modificaram para sempre o destino da música no Japão. As origens da Flower Travellin’ Band estão no jurássico grupo The Flowers, responsável por uma das mais impressionantes maravilhas do mundo prog (que será tratado na próxima semana). Contando com sete membros, o The Flowers deixou de existir justamente pelos custos para se manter o pessoal da banda, deixando aos mortais apenas um álbum, o não tão expressivo Challenge (1969), que traz diversas covers e incapaz de mostrar toda a sonoridade que o grupo exaltava nos shows.

Com o término dos The Flowers, Uchida passou a vagar pelos subúrbios de Tóquio a fim de encontrar novos membros que alavancassem suas ideias, fortemente influenciadas pelo rock britânico de bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Experience e Cream. Foi durante a versão japonesa de Hair que Uchida conheceu Yamanaka, o qual já havia participado do grupo Four Nice Ace. Junto aos remanescentes do The Flowers Ishima e Uwada, participam de um festival chamado Rock’n’Roll Jam 70, onde se consagraram como principal atração.

Decidido a não ser mais um músico, concentrando-se na produção musical do grupo, Uchida levou os novos Flowers a serem convidados pela Capitol Records para ser banda de apoio do tecladista Kuni Kawachi, o que foi registrado no álbum Kirikyogen (1970), um espetáculo sonoro à parte dentro do rock progressivo japonês. Apesar disso, Uchida não ficou agrado com as experiências progressivas, e com a adição do baixista Jun Kosuki, transformou o The Flowers na The Flower Travellin’ Band.

O bastismo do grupo foi ainda em 1970, com o álbum Anywhere, apresentando covers estonteantes para quatro clássicos do mundo da música: “Black Sabbath” (do Black Sabbath), “Louisiana Blues” (Muddy Waters), “House of the Rising Sun” (Animals) e “21th Century Schizoid Man” (King Crimson), além das vinhetas “Anywhere”. A polêmica capa com todos os membros nus, chamou mais atenção do que a pesada musicalidade do grupo, que apresentava um repertório ainda desconhecido para os japoneses, já que essas canções haviam acabado de sair do forno na Inglaterra (com exceção de Louisiana Blues).

Mesmo assim, o grupo cresceu, passando a fazer um show atrás do outro e criando uma legião de fãs por toda a ilha asiática. Isso os levou a assinar contrato com a Atlantic Records, que decidiu investir pesado nos garotos. Uchida, assim, passou a elaborar sua obra-prima, que misturaria o peso rock ocidental com sutilezas da música oriental. Assim, nasce “Satori”. ... (continua)

Por | Mairon Machado

1970 | ANYWHERE

01 | Anywhere
02 | Louisiana Blues
03 | Black Sabbath
04 | House Of The Rising Sun
05 | Twenty-First Century Schizoid Man
06 | Anywhere



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domingo, 6 de janeiro de 2013

Spiritual Beggars


O culto ao hard rock setentista cresceu tanto em todo o mundo que deu origem até a um estilo musical, o chamado stoner metal, que tem nos suecos do Spiritual Beggars, indiscutivelmente, o seu maior representante. Capitaneado pelo multiuso Michael Amott (Carcass e chefão do Arch Enemy), o grupo lançou em 2010 seu sétimo álbum, "Return to Zero", cujo título sistemático aponta para uma significativa mudança de formação: o competente Janne “JB” Christofferson deixou a banda para se dedicar ao seu grupo principal, o igualmente ótimo Grand Magus, sendo substituído por Apollo Papathanasio, vocalista do Firewind.

As desconfianças naturais em relação à performance de Apollo se apagam com o simples toque no botão de play. Assim que o CD começa a rodar somos levados através de uma viagem vertiginosa pelo que de melhor o hard rock setentista produziu. Guitarras com muito peso, riffs inspirados, passagens instrumentais ricas e viajantes, grandes melodias e um vocal que honra a tradição dos monstros sagrados que fizeram a história do gênero são condensados nas doze faixas do disco – que tem como faixa bônus a cover ao vivo de “Time to Live”, do Uriah Heep.

"Return to Zero" tem uma dose maior de melodia em relação aos álbuns anteriores do Spiritual Beggars. O timbre de Apollo, mais limpo que o de JB, faz com que o novo cantor soe como uma amálgama entre David Coverdale e Ronnie James Dio – e isso é um elogio! Os solos de Amott mostram toda a versatilidade do músico inglês, já que soam totalmente diferentes dos que ele executa com o Arch Enemy, carregados de feeling e melodias que bebem no infinito oceano setentista. Outro destaque são as intervenções certeiras de Per Wiberg (Opeth), seja no Hammond ou no piano, como é o caso de “The Road Less Travelled”.

As músicas soam como se o Black Sabbath da primeira metade da década de 1970 tivesse gravado um disco de inéditas em 2010. Após uma breve introdução, “Lost in Yesterday” abre os trabalhos com um riff que é puro Tony Iommi, e parece saída de "Master of Reality", de 1971. “Star Born” traz Apollo soltando a voz de maneira deslumbrante, e é uma das melhores do álbum.

Os bons momentos se sucedem em verdadeiras cascatas sonoras. Os riffs pesadíssimos de Amott dão as cartas em “We Are Free”, enquanto “Spirit of Mind” é uma viagem atmosférica que poucas bandas seriam capazes de conceber hoje em dia.

“Coming Home” conta com grandes melodias de guitarra e um ótimo refrão. Já “Concrete Horizon” parece saída de qualquer um dos três clássicos discos que Dio gravou com o Rainbow de Ritchie Blackmore nos anos setenta. Excelente é pouco! O mesmo vale para “A New Day Rising”, onde o Hammond de Wiberg divide os holofotes com a sempre ótima guitarra de Amott. Enfim, ficar elencando as faixas é um puro exercício em busca de adjetivos que as apresentem ao leitor. O recomendado é ouvir o disco e sentir na pele todo o poder da música do quinteto.

"Return to Zero" marca um recomeço para o Spiritual Beggars, e esse novo ponto de partida é simplesmente sensacional. Um retorno espetacular, que compensa os longos cinco anos desde o álbum anterior, "Demons", de 2005. Agora é torcer para que o sangue novo de Apollo Papathanasio e o fogo que ele injetou na banda façam com que Michael Amott e seus asseclas arrumem um espaço na agenda de suas bandas principais para gravar logo mais um ótimo disco como "Return to Zero".

Por: Whiplash

2010 | RETURN TO ZERO

01 | Return to Zero
02 | Lost in Yesterday
03 | Star Born
04 | The Chaos of Rebirth
05 | We Are Free
06 | Spirit of the Wind
07 | Coming Home
08 | Concrete Horizon
09 | A New Dawn Rising
10 | Believe in Me
11 | Dead Weight
12 | The Road Less Travelled
13 | Time to Live

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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli, Toninho Horta

Um grande disco de música brazuka com elementos de samba e música barroca mineira com Rock Progressivo/Psicodélico, Jazz e Folk.

Músicos do mais alto nível, alguns conhecidos mundialmente como Toninho Horta- guitarrista muito respeitado no Jazz mundial e Robertinho Silva um dos maiores bateristas do Brasil.

Música e Poesia de qualidade.

Músicos Participantes: Beto Guedes, Flavio Venturini, Frederiko, Lô Borges, Mauricio Maestro, Novelli, Toninho Horta, Vermelho, Danilo Caymmi, Fernando Leporace, Lena Horta, Nelson Angelo, Robertinho Silva, Tenorio Jr., Everaldo Ferreira, Paulo Guimaraes and Paulo Jobim.

1973 | BETO GUEDES, DANILO CAYMMI, NOVELLI, TONINHO HORTA

01 | Caso Você Queira Saber
02 | Meu Canário Vizinho azul
03 | Viva Eu
04 | Belo Horror
05 | Ponta Negra
06 | Meio a meio
07 | Manuel, o Audaz
08 | Luíza
09 | Serra do Mar

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